25 de junho, de 2024 | 06:00
Muitos problemas
Fernando Rocha
Os dois pontos deixados pelo Galo, neste empate de 1 x 1 com o Fortaleza, vão fazer falta mais adiante, diminuindo as suas possibilidades de conquistar o título.
Paulinho fez um belo gol, empatando a partida aos 12 minutos do 2º tempo, expondo o quanto fez falta na goleada sofrida para o Vitória, por conta de uma expulsão infantil na partida anterior contra o Palmeiras, algo que poderia ter sido evitado.
Mas, nada que não possa piorar ainda mais esta fase ruim, pois, além dos desfalques já conhecidos, o técnico Gabriel Milito ganhou novos problemas para escalar o time amanhã, contra o Internacional, em Santa Catarina.
O lateral-direito Saravia, o zagueiro Mauricio Lemos e o atacante Alisson deixaram o campo contundidos, além do meia Igor Gomes, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o que aumenta ainda mais o drama atleticano.
Outra vez
“O futebol é uma caixinha de surpresas”. Este clichê muito usado e conhecido do futebol se encaixa perfeitamente ao que ocorreu com o Cruzeiro, na goleada de 4 x 1 para o Bahia, em Salvador.
O time celeste até jogava razoavelmente bem, saiu na frente do placar, mas acabou cedendo o empate no último lance da primeira etapa.
O pior viria aos 24 minutos do 2º tempo, a expulsão do lateral Marlon, a segunda só neste mês, igualmente desnecessária e irresponsável, após uma entrada violenta no lateral Gilberto, o que influenciou diretamente na derrota e na goleada sofrida.
Depois do jogo, como de outras vezes, Marlon foi para as redes sociais se lamentar e pedir desculpas, mas o prejuízo ao time celeste já estava consumado.
A goleada sofrida em Salvador não estava nos planos de ninguém, mas é preciso tratá-la como um “acidente de percurso” e não desmerecer o bom trabalho feito pelo técnico Fernando Seabra, acima das expectativas para o elenco que tem nas mãos.
FIM DE PAPO
A goleada mexeu com a torcida do Cruzeiro e trouxe de volta, com força total, a boataria sobre uma possível demissão do jovem técnico Fernando Seabra. O nome falado para substituí-lo é do veterano Cuca, que deixou o comando do Athletico(PR). O Cruzeiro tem um jogo a menos e terminou a 11ª rodada, em 8º lugar com 17 pontos, à frente de várias equipes de maior investimento e melhor elenco. Não acho que deveria trocar de técnico agora, mas no futebol justiça e injustiça significam a mesma coisa.
Depois ver o Athletico(PR), pelo terceiro jogo seguido, sofrer gol nos acréscimos, Cuca se mostrou incomodado com os gritos de "vergonha" da torcida. E olha que a tal “vergonha” da torcida era só pelos resultados dentro de campo. Cuca escapou de responder publicamente pelo estupro coletivo de uma menina de 13 anos, mas se diz incomodado com uma cobrança simples e justa da torcida ao seu trabalho como treinador.
Finalmente, os técnicos de Flamengo e Palmeiras, os maiores protagonistas do futebol brasileiro atual, reclamaram publicamente do calendário de jogos. Tite e Abel Ferreira disseram o mesmo que nós, da imprensa, já falamos há anos e décadas. Dois dias de descanso apenas entre os jogos é desumano, inaceitável e, obviamente, causam o aumento das contusões de jogadores. O futebol, há bastante tempo, tornou-se um jogo muito físico e o domingo-quarta-domingo não cabe mais. Se na Europa, onde se joga 60 vezes por ano, isso já tem tido boca no trombone, o que dizer então no Brasil, onde os times mais bem sucedidos jogam até 80 vezes.
Como se não bastassem os vários problemas de contusões, suspensões, além de jogadores servindo a seleções, o técnico Gabriel Milito ganhou mais uma dor de cabeça para montar o time que enfrenta amanhã o Internacional, pela 12ª rodada. Trata-se do goleiro Everson que, além de não passar por uma boa fase, deixou o gramado aos prantos, reclamando das críticas da torcida e de uma contusão na mão. Como escreveu o grande Nelson Rodrigues: ”Para um mau amante até lençol de seda atrapalha”. (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
