13 de junho, de 2024 | 08:00

Servidores da educação em greve ainda aguardam avanço nas negociações

Divulgação
Em Timóteo alunos do Cefet já estão sem aulas há dois mesesEm Timóteo alunos do Cefet já estão sem aulas há dois meses

A greve dos servidores federais de educação completa dois meses nesta semana. Na próxima segunda-feira (17), os Técnicos Administrativos de Educação do Centro Federal de Educação Tecnológica de Timóteo (Cefet-Timóteo) se reúnem em nova assembleia para definir o futuro da paralisação na instituição.

Nesta sexta-feira (14), representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) terão mais uma tentativa de acordo junto ao Ministério da Educação (MEC). Em negociação entre as entidades representativas de técnicos administrativos da Educação Federal em greve e o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), realizada terça-feira (11), o governo federal manteve o reajuste de 0% para 2024 e os percentuais de 9% para 2025 e 5% para 2026. A única diferença, segundo o Andes, é a antecipação para o mês de abril da última parcela, antes prevista para maio daquele ano.

“O governo federal trouxe uma nova proposta aos técnicos e às técnicas, que dialoga pouco com os pleitos colocados pelo movimento grevista. Segue mantido o posicionamento quanto ao 0% em 2024. Será importante uma avaliação profunda por parte das entidades representativas. Seguimos firmes no sentido de que, sem a atenção aos TAE, nossa luta continua!”, afirmou Gustavo Seferian, presidente do Andes-SN.

Avanços
O professor do campus de Timóteo e secretário para Assuntos Profissionais e Jurídicos do Sindicato de Docentes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Sindcefet-MG), Adilson Mendes Ricardo, avalia que as negociações durante a paralisação têm avançado. Entre as conquistas, ele aponta a agenda com o presidente Lula (PT) e os anúncios feitos para o orçamento da educação, que irão melhorar as condições de manutenção e investimentos nas unidades de ensino.

"Na reposição salarial também já aconteceram avanços diante da proposta inicial do governo, que era de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. Com a greve, a proposta do governo passou para 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Continua longe de atender às perdas salariais devido ao congelamento entre 2016 e 2022. Estamos insistindo na negociação e já apresentamos duas propostas com redução dos índices, visando o fim da greve. Agora teremos que aguardar o retorno do governo, previsto para 14/6", declarou.

Cenário
Os professores das unidades federais de ensino deflagraram greve no dia 15 de abril. Cerca de 50 instituições, dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e mais de 500 campi de Institutos Federais aderiram à paralisação. Técnicos Administrativos das instituições federais também estão paralisados desde 11 de março. No Vale do Aço, além do Cefet, o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), campus Ipatinga, também suspendeu o calendário letivo.

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Comentários

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Antônio

14 de junho, 2024 | 15:21

“Resumindo, quem sairá prejudicados são os alunos, dependendo de quando a greve acabar, capaz de perder até o ano letivo.”

Ribamar

13 de junho, 2024 | 16:49

“João,
Você é o exemplo vivo da importância de se ter bons professores.”

João

13 de junho, 2024 | 15:30

“Normal de servidores públicos, visão o capitalismo e dão a mínima aos clientes.”

Xisto

13 de junho, 2024 | 11:22

“Diferente dos borra botas da segurança pública, os servidores da educação persistem no legitimo direito que lhe é devido, as perdas inflacinárias. Parabéns.”

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