
12 de junho, de 2024 | 15:07
Brasil pressionou Espanha para que atos racistas contra Vini Jr fossem punidos
No início da semana, Real Madrid anunciou que o Tribunal de Instrução nº 10 de Valência emitiu uma sentença condenatória de acordo com os três jovens acusados de insultar, com gritos e gestos racistas, o jogador Vinicius Junior em partida da La Liga, realizada no dia 21 de maio de 2023 no estádio Mestalla entre o Valencia CF e o Real Madrid CF.
Os três acusados foram declarados culpados de crime contra a integridade moral de Vinicius Junior, agravado por terem agido com motivações racistas, e cada um deles foi condenado a oito meses de prisão e proibido de acessar estádios de futebol por um período de dois anos. Esta é a primeira condenação por atos desta natureza proferida por tribunais criminais da Espanha. Apesar de terem sido condenados à prisão, podem cumprir a pena em liberdade se não cometerem crimes nos próximos três anos.
Após essa decisão, o ge publicou uma matéria mostrando a pressão feita pelo Brasil à Espanha, para que houvesse punição. Há um ano, o embaixador do Brasil na Espanha, Orlando Leite Ribeiro, se reuniu separadamente com Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, Javier Tebas, presidente de La Liga, e Luis Rubiales, então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol. O objetivo das reuniões era entender a distribuição de responsabilidades entre La Liga, RFEF e Real Madrid para cobrar responsabilização nos casos contra Vinicius Junior.
Segundo telegrama do ministro, que está numa série de documentos obtidos via Lei de Acesso à Informação pela agência especializada em transparência pública Fiquem Sabendo e repassados ao ge, ele informou que os três dirigentes concordaram que os ataques não deveriam ocorrer, mas nenhum deles assumiu claramente a responsabilidade. Ao longo de todo o processo, o embaixador e seus auxiliares se encontraram com várias autoridades espanholas para discutir punições, mudanças na lei e oferecer ajuda com base em exemplos do Brasil.
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