07 de junho, de 2024 | 16:50

Esquema de Pirâmide Financeira é alvo de operação policial em Minas Gerais

Divulgação PCMG
Vítimas de todo o estado caíam no golpe atraídas por promessas de rendimentos vantajosos nos investimentos financeiros Vítimas de todo o estado caíam no golpe atraídas por promessas de rendimentos vantajosos nos investimentos financeiros

Na manhã desta sexta-feira (7), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desencadeou a primeira fase da operação Ponzi, visando ao cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e um de prisão. A ação teve como alvo o sócio administrador de uma empresa que, em tese, atuava como plataforma de “investimentos financeiros”. O homem, contra o qual foi expedido ordem judicial de prisão, não foi localizado durante a operação deflagrada em Taiobeiras, região Norte de Minas, e em Indaiatuba, no estado de São Paulo.

No curso dos trabalhos, os policiais apreenderam celulares, aparelhos eletrônicos e diversos cartões de crédito e documentos contábeis das pessoas investigadas. Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a Justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores, além de expedir ordem de sequestro de veículos e imóveis registrados em nome de pessoas físicas e jurídicas investigadas. A medida visa assegurar o ressarcimento dos valores investidos pelas vítimas.

Conforme apurado pela PCMG, a empresa investigada movimentou milhões de reais, causando prejuízos financeiros a um número indeterminado de vítimas em todo o estado mineiro, configurando crime contra a economia popular, uma vez que se obtém lucros vultosos em prejuízos de diversas pessoas. Vítimas caíam no golpe atraídas por promessas de rendimentos vantajosos nos investimentos financeiros

Esquema criminoso
De acordo com a delegada Mayra Coutinho, que conduz a investigação, “Há indícios de que a empresa funcionava em esquema de pirâmide financeira, cujo sucesso apoiava-se no crescimento exponencial por parte de novos investidores, indicando uma população crescente em camada sucessiva, com promessa de rendimentos atrativos e bastante elevados em relação ao praticado normalmente no mercado”.

A delegada ressalta que, inicialmente, os suspeitos ofereciam rendimentos para o capital investido e, assim, os clientes captavam outros, mas, logo depois, a pirâmide se afunilou porque, quanto mais investidores, menos dinheiro ela terá para pagar os rendimentos. Com o desmoronamento da pirâmide, o sócio fechou a empresa, causando prejuízo financeiro a diversas vítimas em Minas Gerais, sendo a maior parte em municípios da região Norte.

Após investigação, a PCMG representou pelas medidas cautelares e os mandados foram cumpridos de forma simultânea, em Taiobeiras e Indaiatuba. “Os alvos são pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao investigado e, as medidas visam angariar outros elementos para subsidiar as provas já coletadas no inquérito policial que está em curso”, explicou Mayra.

Operação
O nome da operação faz referência ao italiano Charles Ponzi, conhecido por ser o mentor do “esquema Ponzi”, famoso golpe de pirâmide financeira ocorrido no século XX nos EUA.

As investigações estão em andamento para identificar mais envolvidos e eventuais vítimas do esquema.
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