05 de junho, de 2024 | 06:18

ALMG vota na quinta-feira proposta de 4,62% de correção salarial para servidores estaduais

Emenda que tratava do aumento do índice de reajuste de 3,62% para 10,67% de correção foi rejeitada por margem apertada de votos dos deputados

Henrique Chendes
Servidores de todo o estado estão mobilizados para reivindicar correção de perdas salariais de anos anteriores Servidores de todo o estado estão mobilizados para reivindicar correção de perdas salariais de anos anteriores

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu, nesta terça-feira (4/6), emenda do governador Romeu Zema ao Projeto de Lei (PL) 2.309/24, de sua autoria, que trata da revisão salarial dos servidores públicos do Estado. A emenda aumenta em um ponto percentual a correção oferecida, que passa de 3,62% para 4,62%, retroativo a 1º de janeiro de 2024.

A emenda vai agora para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), que fará também a análise do PL 2.309/24 em 2º turno. Isso porque foi concluída na reunião desta terça (4) a análise de 1º turno da proposição, com a votação das emendas apresentadas durante a tramitação – votação que havia sido interrompida na última semana.

Na mensagem que acompanha a nova emenda, o governador argumenta que o índice de 4,62% corresponde à inflação de 2023 medida pelo IPCA e que sua aplicação só foi possível a partir da atualização dos estudos de disponibilidade financeira e orçamentária e de esforços para ajuste e melhorias na situação fiscal do Estado.
Henrique Chendes
Emenda que assegurava reajuste de 10,67% para a revisão salarial, compreendendo a inflação 2023 e 2022 foi rejeitada com apenas quatro votos de diferençaEmenda que assegurava reajuste de 10,67% para a revisão salarial, compreendendo a inflação 2023 e 2022 foi rejeitada com apenas quatro votos de diferença

Outras emendas
O PL 2.309/24 foi aprovado com a emenda nº 1, da FFO, que corrige erro na redação do artigo 6º da proposição, o qual trata do vencimento das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica.

Dessa forma, o artigo passa a prever que tal vencimento será reajustado, por lei específica, na mesma periodicidade e no mesmo percentual das atualizações do piso salarial profissional nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, de que trata a Lei Federal 11.738, de 2008.

Além da emenda nº 1, outras 57 propostas de emendas foram apresentadas. Três deixaram de ser recebidas por questões regimentais. As demais receberam parecer pela rejeição, o que foi confirmado em Plenário.

Proposta de correção de 10,67% foi rejeitada
Seis emendas foram destacadas e votadas em separado. Nesses momentos, deputados da oposição se revezaram na tribuna para defender as mudanças, como o índice de 10,67% para a revisão salarial, compreendendo a inflação não apenas de 2023, mas também de 2022 – caso das emendas 17 e 57.

A emenda apresentada pela oposição recebeu 30 votos favoráveis no plenário, contra 34 que quiseram rejeitá-la. “Esse índice concretiza a luta dos servidores porque dá a eles o mínimo a que têm direito”, salientou o deputado Ulysses Gomes (PT). “A correção pelo índice inflacionário foi compromisso do próprio governador, em campanha. Os 10,67% são a estrita legalidade, e as forças de segurança não vão recuar”, afirmou o deputado Sargento Rodrigues (PL).

As demais emendas destacadas previam benefícios para servidores da saúde, da educação e da segurança pública. Outra previa o pagamento dos valores retroativos em parcela única. Servidores lotaram as galerias para acompanhar a votação.

Comissão adia análise do parecer de 2º turno
Em reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária realizada no final da tarde desta terça (4), o relator do PL 2.309/24, deputado Zé Guilherme (PP), distribuiu cópias (avulso) de seu parecer de 2º turno. Ele também convocou nova reunião para as 10h30 desta quarta (5) para votação do texto. A previsão é de que a matéria volte ao Plenário na quinta-feira (6).

Zé Guilherme opina pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1 ao vencido (texto aprovado com modificações no 1º turno). O novo texto incorpora emenda assinada pela totalidade dos deputados da Assembleia, com elevação do índice de revisão de 3,62% para 4,62%. A proposta coincide com a emenda enviada pelo governador.

O novo texto também estabelece que a ajuda de custo prevista na Lei 22.257, de 2016, será devida ao servidor mesmo nos períodos de afastamento legal do trabalho em virtude de férias regulamentares, férias prêmio, licença luto, licenças para tratamento de saúde e licença-maternidade, licença à adotante e licença-paternidade. Essa ajuda se destina à alimentação. (Com informações da Assessoria de Comunicação da ALMG)

Veja como cada deputado votou na emenda que daria correção de 10,67%



Votaram a favor do aumento do reajuste para 10,67%:

Ana Paula Siqueira (Rede)
Andréia de Jesus (PT)
Arnaldo Silva (União)
Beatriz Cerqueira (PT)
Bella Gonçalves (PSOL)
Betão (PT)
Betinho Pinto Coelho (PV)
Bruno Engler (PL)
Caporezzo (PL)
Coronel Sandro (PL)
Cristiano Silveira (PT)
Delegada Sheila (PL)
Delegado Cristiano Xavier (PSD)
Doutor Jean Freira (PT)
Doutor paulo (PRD)
Eduardo Azevedo (PL)
Elismar Prado (PSD)
Leleco Pimentel (PT)
Leninha (PT)
Leonídio Bouças (PSDB)
Lohanna (PV)
Lucas Lasmar (Rede)
Luizinho (PT)
Mário Henrique Caixa (PV)
Marquinho Lemos (PT)
Mauro Tramonte (Republicanos)
Professor Cleiton (PV)
Ricardo Campos (PT)
Sargento Rodrigues (PL)
Ulysses Gomes (PT)

Votaram contra o aumento do reajuste para 10,67%
Adriano Alvarenga (PP)
Alencar da Silveira Jr. (PDT)
Alê Portela (PL)
Antônio Carlos Arantes (PL)
Bim da Ambulância (Avante)
Bosco (Cidadania)
Carlos Henrique (Republicanos)
Cassio Soares (PSD)
Coronel Henrique (PL)
Dr. Maurício (Novo)
Duarte Bechir (PSD)
Enes Cândido (Republicanos)
Gil Pereira (PSD)
Grego da Fundação (PMN)
Gustavo Santana (PL)
Ione Pinheiro (União)
João Junior (PMN)
João Magalhães (MDB)
Lud Falcão (Podemos)
Maria Clara Marra (PSDB)
Marli Ribeiro (PL)
Nayara Rocha (PP)
Neilando Pimenta (PSB)
Oscar Teixeira (PP)
Professor Wendel Mesquita (Solidariedade)
Rafael Martins (PSD)
Raul Belém (Cidadania)
Roberto Andrade (PRD)
Rodrigo Lopes (União)
Thiago Cota (PDT)
Tito Torres (PSD)
Vítor Junior (PP)
Zé Guilherme (PP)
Zé Laviola (Novo)

Presentes no plenário, mas não votaram na emenda de 10,67%
Charles Santos (Republicanos)
Chiara Biondini (PP)
Doorgal Andrada (PRD)
Doutor Wilson Batista (PSD)
Dr. Jorge Ali (PSB)
João Vitor Xavier (Cidadania)
Tadeu Martins Leite (MBD) - presidente da ALMG, não vota

Estavam ausentes do plenário
Arlen Santiago (Avante)
Celinho do Sintrocel (PTdoB)
Douglas Melo (PSD)
Fábio Avelar (Avante)
Leandro Genaro (PSD)
Macaé Evaristo (PT)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Tião Aranha

05 de junho, 2024 | 19:02

“Rj, não sei que tipo de Socialismo é o seu. De uma coisa tenho certeza: aquele que ue constrói o Poder compartilhando com.a classe trabalhadora - tão apregoado e desejado pela Esquerda não é; porque não tem preparo nem mecanismos condizentes - esse tal objetivo ela não conseguiu. Sobre sua pergunta, o rico foge da cadeia porque tem muito dinheiro pra pagar bons advogados aproveitando todas as brechas da lei. É só ser resiliente pra dar o bote na hora certa com as presas bem próximo do animal / como faz a cascavel quando está dentro do Cupim. Rs.”

Rj

05 de junho, 2024 | 15:33

“? Tião Aranha, o Bolsonaro não pisou no seu pescoço enquanto esteve na presidência ou não sentiu? Qual o jeito que dará para ele ser candidato?!”

Tião Aranha

05 de junho, 2024 | 14:50

“O Zema sabe que ele tem maioria na casa. 'Contra a força não há resistência'. A esquerda hoje é situação, será que eles não vão fazer nada pelos professores? Dilma passou lá por dois mandatos; o Lula é o terceiro mandato. Sem falar do Pimentel que nada fez pro professorado. Tão todos caladinhos. -Será que esses professores que sempre votaram no Zema terá cara pra votar de novo? No meu pescoço só pisa uma vez. Tem um aí que disse que está professor...Engana mesmo direitinho. Quero ver Bolsonaro em 2026. Pra tudo dá-se um jeito. Rs.”

Gildázio Garcia Vitor

05 de junho, 2024 | 10:37

“A direita votar contra ou abster-se de votar, para beneficiar os trabalhadores, não é nenhuma novidade. O que não entendo são as ausências do Celinho do Sinttrocel (PC do B) e da Evaristo Macaé.
Quando até os Camaradas/Companheiros nos faltam numa hora decisiva dessas, fica muito difícil continuar a ter ânimo para a LUTA. Só para o LUTO!
Um dos livros mais interessantes do Roberto Freire é "Sem Tesão não há Solução", lançado no final da década de 1980.”

Envie seu Comentário