26 de maio, de 2024 | 06:00
Porta do inferno
Fernando Rocha
No vídeo, Rizek mostra com absoluta precisão como o VAR fugiu da principal finalidade para o qual foi criado, que é diminuir ou acabar com as injustiças no futebol, ao ampliar este conceito para “buscar a melhor visão do árbitro”, o que para ele foi o mesmo que “abrir a porta do inferno”.
A discussão alcançou temperatura máxima na Inglaterra, onde os clubes foram chamados para decidir em votação se querem ou não o VAR com este atual formato intervencionista nos jogos da Premier League, a mais importante do futebol mundial.
Dois exemplos claros de utilização do VAR para o bem e para o mal foram citados pelo jornalista no seu vídeo: na última terça-feira, o árbitro Ilton Sampaio marcou um pênalti inexistente contra o Vasco, onde a bola não bateu no braço do zagueiro Maicon, lance anulado corretamente por intervenção do VAR; na quarta-feira, em Recife, Paulinho fez um gol para o Galo contra o Sport que foi anulado pelo VAR, que viu uma falta supostamente cometida no meio-de-campo ou no começo da jogada.
A ferramenta VAR surgiu para acabar com a injustiça no futebol, mas, do jeito que está sendo utilizado, passou a ser um instrumento gerador de dúvidas e não de certezas, ou seja, virou “a máxima interferência pelo mínimo benefício”. Concordo e assino embaixo com tudo o que disse o André Rizek.
Choque de realidade
A lua de mel entre a torcida do Galo e o técnico argentino Gabriel Milito parece ter chegado ao fim, após a segunda derrota consecutiva do time sob o seu comando.
Depois da derrota de 2 x 0 para o Peñarol, na Libertadores, agora veio outra de 1 x 0 para o Sport Recife, pela Copa do Brasil, clube que disputa a segunda divisão nacional.
Contra os uruguaios, o Galo de Milito ainda teve o controle da partida e pecou por falhas individuais de seus jogadores, mas em Recife, além de dominado, foi “amassado” pelo Sport, não sendo eliminado da competição com uma goleada por detalhes.
Essa queda de produção da equipe alvinegra serviu como choque de realidade para a torcida e a imprensa alvinegra, que davam o time atual como sendo uma das maravilhas do mundo, o que não condiz com a verdade.
O Galo de Milito tem suas limitações técnicas, elenco curto, carece de reforços, sobretudo, para a lateral-esquerda e o volante, com tendência da situação piorar nas próximas semanas em razão de contusões e perdas de titulares importantes para as seleções que vão disputar a Copa América.
FIM DE PAPO
A nova fase de otimismo e esperança que tomou conta do Cruzeiro, após o empresário Pedro Lourenço assumir o comando da SAF, reflete positivamente em todos os setores da vida do clube. A torcida está confiante na volta do protagonismo para disputar títulos em condições de igualdade com os principais clubes nacionais. Nos bastidores, ex-dirigentes da Raposa, que tiveram passagens marcantes em passado recente, como ex-presidente e ex-senador Zezé Perrela, se manifestaram em apoio à nova direção do clube.
A contratação do goleiro Cássio, um dos maiores ídolos na história do Corinthians, foi um claro sinal do Cruzeiro ao mercado dizendo “voltei”. Não acredito que neste recomeço o clube faça contratações irresponsáveis ou acima de sua capacidade financeira. A contratação do técnico Adilson Batista, o “professor Pardal”, para comandar as categorias de base é uma incógnita, mas a volta do preparador de goleiros Robertinho tem tudo para ser uma jogada de mestre.
Uma semana triste, de muitas perdas para o esporte e o rádio do Vale do Aço. Primeiro nos deixou o empresário e ex-campeão mineiro de Kart, Marco Antônio Cambraia, piloto que marcou a época de ouro do kartismo na região nos anos 80/90, fez parte de uma elite do kartismo mineiro e muito contribuiu para o desenvolvimento do esporte na região, apoiando o Kart Clube de Ipatinga.
Também partiu para o outro plano espiritual o radialista Nicolino Rodrigues, que, durante anos, comandou com enorme sucesso programas sertanejos na Rádio Vanguarda, onde foi também comentarista esportivo. Nicolino também se destacou como treinador de futebol à frente da forte equipe da Aciaria, um time recheado de craques do futebol amador nos anos 80/90. Que Deus conforte os seus familiares e lhe dê uma boa acolhida lá em cima. “O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.” Fernando Pessoa. (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
