21 de maio, de 2024 | 19:00

Siderúrgicas anunciam R$ 100,2 bi em investimentos no Brasil até 2028

Iniciativa ocorre após anúncio de cotas e aumento de tarifas para importação do aço

Welton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Empresas do setor siderúrgico pretendem investir R$ 100,2 bilhões no Brasil até 2028. O valor foi anunciado nesta segunda-feira (20) após reunião entre representantes do segmento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros da área econômica.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (c) participa da reunião para anúncios referentes ao setor da indústria do aço. Foto: Joédson Alves/Agência BrasilPresidente Luiz Inácio Lula da Silva (c) participa da reunião para anúncios referentes ao setor da indústria do aço. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil


Os detalhes sobre os investimentos não foram divulgados. O anúncio ocorre menos de um mês depois de o governo anunciar cotas de importação por um ano para 11 tipos de produtos de aço e taxação de 25% sobre o que exceder os limites. Em fevereiro, o governo tinha restaurado as tarifas de importação para cinco itens.

Por meio das redes sociais, o presidente Lula comemorou a decisão do setor siderúrgico. “Além de lançarmos o Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] nesses 16 meses de governo, após pegarmos um país desestruturado, também recebemos o anúncio de R$ 130 bilhões do setor automobilístico e agora estamos anunciando mais R$ 100 bilhões de investimentos da indústria siderúrgica nos próximos cinco anos", escreveu.

Em entrevista coletiva após a reunião, o vice-presidente Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, classificou a decisão de “anúncio importante” e disse que os investimentos são consequência das políticas do governo de apoio ao setor siderúrgico.

“O resultado são R$ 100 bilhões em investimentos, melhorando a competitividade, gerando descarbonização, emprego e renda", afirmou. Alckmin ressaltou que a imposição de cotas de importação é algo inédito na política industrial brasileira e que o governo tem aplicado outros instrumentos, como tarifas antidumping, sobretaxas para a comercialização de produtos abaixo do preço de custo, e que há dez investigações comerciais em curso.

Segundo o vice-presidente, a política de apoio ao aço ajudará a diminuir a ociosidade no setor siderúrgico. “Houve uma grande preocupação em relação à importação de aço. Nos últimos anos, teve um crescimento muito grande da importação, levando à ociosidade uma indústria de base importante”, acrescentou Alckmin. Ele ressaltou que o aço brasileiro poderá ser usado pela indústria automotiva, que nos últimos meses anunciou investimentos no país.

Repercussão
Segundo o Instituto Aço Brasil, de janeiro a março, o Brasil importou cerca de 1,3 milhão de toneladas de aço, alta de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos anos, o segmento criticava a concorrência desleal do aço estrangeiro, que impedia o aumento da produção brasileira.

Presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Jefferson de Paula ressaltou que o setor investiu R$ 162 bilhões em 15 anos e emprega 2,9 milhões de pessoas. No entanto, as siderúrgicas nacionais operam com cerca de metade da capacidade instalada, tendo produzido 26,6 milhões de toneladas, diante de um potencial de produção de 51 milhões. Segundo Jefferson, no ano passado, 26% do aço consumido no país foi importado, sendo 58% vindo da China.

Também presente ao anúncio, o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Ricardo Alban, comemorou a iniciativa, mas pediu providências em relação a outros segmentos que enfrentam problemas de concorrência com os produtos importados. Ele citou os setores petroquímico, químico, de fertilizantes e da construção civil como áreas que precisam de medidas.
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Comentários

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Feliz

23 de maio, 2024 | 07:15

“Ze doido vc acho que e uma pessoa que nao raciocina .esta conta quem ira pagar vc acha que a copasa .cemig .supermercado.e mais outras coisas ecensiais .para a vida estao cara por que .o governo. Vai so aumentando o imposto .e no final vcs que moram no brasil vao trabalhar nao para adquirir mais sim pra sobreviver.”

Zé Doido

22 de maio, 2024 | 21:17

“Uai, o Brasil não ia virar uma Venezuela?
A Argentina não seria a bola da vez?
Queria ver a cara dos bolsominions ao lerem essa matéria.
Voltem em 2030 milícia dos infernos.”

Antonio Contador

21 de maio, 2024 | 12:39

“Esses comentários são da melhor qualidade, eu não sei o que é pior rafael miranda, ser assalariado mal pago, ou ter estatal que consome os impostos e serve para acolher amigos do rei, o que sei é que a dívida pública está explodindo, governo gasta muito e gasta mal, 5 primeiros meses deste ano DÉFICIT 1 TRILHAO, e ainda que baixar taxa selic na canetada, projeção dívida para fim mandato do atual governo e quase 80% PIB, aja impostos para pagar juros.
Brasileiro não faz conta.”

Tadeu

21 de maio, 2024 | 11:46

“Bom saber que temos vários especialistas no setor econômico e político como leitores.
Admiro também os partidários falastrões. Falam, opninan e até brigam. Mas fica nisso mesmo. Não têm atitudes reais para fazer a diferença. Parabéns.”

Rafael Miranda

21 de maio, 2024 | 08:40

“Fico abismado com os comentários do que seguem o miliciano ladrão golpista. O desgoverno dos últimos anos foi entregar Refinarias a troco de colar de jóias, Era a política de privatizar, privatizar e privatizar!! A que um dia foi uma das maiores e melhores empresas deste país, (Usiminas), hj é ingnorada pela maioria dos trabalhadores. Vejam o resultado daquilo que é privatizar. Péssimos salários, condições muita das vezes desumanas e por aí vai... Mas o que chama mais atenção é o fato de operários, assalariados, pessoas realmente de classe muito fragilizada ir na onda do golpismo!!”

Edimar Silva

21 de maio, 2024 | 08:12

“O choro é livre.
2026 está logo aí.”

Ipatinguense

21 de maio, 2024 | 07:58

“Enquanto lia a notícia e o comentário do Marcelo Dupra (Muuuuuuuuu) lembrava da fala do Posto Ypiranga, digo, Paolo Guede$$$$$: "para o Brasil virar uma Argentina bastam seis meses e para chegar a uma Venezuela apenas um ano e meio". Bem, estamos quase na marca de um ano e meio e a passos largos para virarmos Venezuela.”

Marcelo Dupra

21 de maio, 2024 | 07:48

“Conversando com construtor, ele me falou que a única coisa relativamente barato na construção é a ferragem, restante tudo acima e estourando os custos, agora com restrição importação, mas o que gostaria de opinar na matéria é a retórica, o governo se Ufanando de 130 bilhões investimento da indústria automobilística, agora as siderúrgicas 100 bilhões investimentos até 2028, e piada pronta, no Brasil é assim vamos falando de números, milhões, bilhões, ninguém confere, e VERDADE, 2028, ninguém confere, quem ganha nesta falácia toda é o vendedor de água mineral, que vende água no evento, para molhar a garganta do papudo, pobre Brasil, pobre povo brasileiro.”

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