12 de maio, de 2024 | 06:00

No embalo

Fernando Rocha *

O Cruzeiro volta hoje a campo, desta vez, pelo Campeonato Brasileiro para enfrentar fora de casa o Atlético-GO, vice-lanterna com apenas um ponto conquistado.

A boa atuação na última quarta-feira, pela Copa Sul-Americana, quando derrotou o Alianza Petrolera, na Colômbia, trouxe mais confiança e tranquilidade ao elenco e ao técnico Fernando Seabra, para dar sequência no trabalho.

Por ter sido o primeiro jogo oficial sob o comando dos novos donos da SAF, havia uma expectativa além do normal para que o time conquistasse a primeira vitória na competição internacional, o que manteve suas esperanças de classificação à próxima fase embora não dependa só dele.

No Brasileiro, ao contrário da Sul-Americana, a campanha após as cinco primeiras rodadas está dentro das expectativas pela qualidade do time: 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota, 7 pontos ganhos, 10º lugar, distante apenas 3 pontos do líder, Athletico-PR, com 10 pontos.

Grande fase
A vitória “magra” de 1 x 0, sobre o Rosário Central, na Argentina, valeu ao Atlético não só a classificação antecipada para as oitavas da Libertadores, mas também a possibilidade concreta de terminar a fase de grupos - à exemplo da campanha vitoriosa de 2013 -, com a melhor campanha geral, para decidir em casa até à semifinal.

O Rosário Central, mesmo já tendo enfrentado no lendário “Gigante Arroyto” alguns “grandes” como Grêmio e São Paulo, além do próprio Galo, nunca havia perdido para um time brasileiro em sua casa, onde a torcida funciona como seu 12º jogador.

Desta vez, pagou caro pela incivilidade e pela ignorância de marginais, que aprontaram contra o Peñarol e agrediram torcedores uruguaios, e até mesmo um atleta do time oriental recebeu uma pedrada no rosto, sendo então punido e obrigado a jogar com o estádio vazio.

Mas, pela boa fase do Galo de Gabriel Milito e sua superioridade técnica indiscutível, mesmo se o Rosário tivesse a torcida no estádio apoiando perderia o confronto.

FIM DE PAPO

As redes sociais são no Brasil um território sem dono, onde é permitido falar de tudo, supor quase tudo, espalhar fake-news à vontade e a verdade acaba em segundo plano. Um assunto que ganhou grande repercussão na última semana foi que o sócio-majoritário da rede de Supermercados BH não seria o empresário Pedro Lourenço, que comprou a SAF de Ronaldo Fenômeno e se tornou dono do Cruzeiro. O verdadeiro dono seria alguém conhecido por Valtinho, que ainda por cima era atleticano.

Claro, os torcedores do Galo deitaram e rolaram com memes de todo tipo zoando os rivais cruzeirenses, pois, afinal de contas, seria cômico caso fosse verdade o fato de um atleticano ser dono do Cruzeiro. Depois de muito disse-me-disse, veio a informação correta: Pedro Lourenço é, sim, o sócio-majoritário da Supermercados BH, a quinta maior rede supermercadista do país, e, além disso, não foi a sua empresa, mas ele, com recursos próprios, quem comprou a SAF e se tornou o dono do Cruzeiro.

O Instituto Galo, comandado pelo presidente Sérgio Coelho, tem sido um dos mais ativos entre os clubes da Série A na mobilização para ajudar as vítimas da catástrofe no Rio Grande do Sul. Foi um sucesso de arrecadação o treino aberto realizado ontem pela manhã na Arena MRV, que recebeu milhares de atleticanos. O Instituto Galo já havia doado R$ 100 mil para o “SOS Rio Grande do Sul”, fundo específico de combate aos danos da tragédia criado pelo governo do RS. Além disso, o Atlético também fez uma doação de R$ 20 mil, arrecadados com leilões das camisas do último jogo contra o Fluminense, para a ONG gaúcha “Parceiros da Esperança”, além da doação de 11 mil litros de leite e 15 mil litros de água.

Meu filho, Fernandinho, casado com uma gaúcha, reside há cerca de dois anos em Santa Rosa, noroeste do Rio Grande do Sul. A bela cidade chamada de “berço nacional da soja” e terra onde nasceu a modelo Xuxa, estava passando ilesa nessa catástrofe até a semana passada, quando uma forte chuva fez o rio que passa por lá transbordar. Várias casas foram destruídas e centenas de desabrigados estão agora, provisoriamente, em abrigos, entre eles a professora da minha netinha, Isabela, que teve a casa destruída e perdeu todos os pertences. Quem puder ajudá-la neste momento mais que difícil pode enviar Pix de qualquer valor para a chave [email protected]. (Fecha o pano!)
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