10 de maio, de 2024 | 06:03

Trabalhador obrigado a rezar ajoelhado no fim de reuniões receberá indenização por danos morais

Com informações do TRT-MG
A Justiça do Trabalho determinou o pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 5 mil, a um trabalhador que era obrigado a rezar ajoelhado no fim das reuniões de serviço. O trabalhador alegou que, ao longo do contrato de trabalho, foi ofendido recorrentemente pelo chefe. A decisão é do juiz titular da 10ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, Marco Antônio Ribeiro Muniz Rodrigues.
Divulgação TRT-MG
O trabalhador alegou que, ao longo do contrato de trabalho, foi ofendido recorrentemente pelo chefeO trabalhador alegou que, ao longo do contrato de trabalho, foi ofendido recorrentemente pelo chefe


A empregadora, que é uma indústria de bebidas, informou que o tratamento dispensado ao profissional jamais fugiu aos padrões de normalidade, por isso não há justificativa para a indenização. Mas uma testemunha ouvida em um processo similar confirmou a versão do ex-empregado.

A testemunha relatou que o tratamento do superior com os empregados não era adequado. “Ele tachava todos os funcionários de forma pejorativa, chamando-os de molambos, incompetentes, preguiçosos, burros, lixo, porcos e outros xingamentos nas reuniões semanais. Além disso, após as reuniões, o supervisor obrigava os funcionários a orar, por vezes, ajoelhados”, contou.

Já a testemunha da empregadora, também ouvida naquele processo, confirmou que eram realizadas as orações, mas afirmou que sempre era salientado que, quem não quisesse participar, estava livre para escolher e que não havia obrigatoriedade de se ajoelhar. Todavia, segundo o julgador, a testemunha enfatizou várias vezes que não era da equipe daquele supervisor, “o que tornava impossível relatar sobre os acontecimentos das reuniões”.

No entendimento do julgador, tem mais valor o depoimento da primeira testemunha, que era da equipe do gestor e que confirmou as agressões verbais e a obrigatoriedade das orações. Assim, observado esse quadro e considerada a gravidade da lesão, o grau de culpa da empregadora e o caráter pedagógico da medida para que novos eventos do mesmo tipo sejam desestimulados, o magistrado deferiu ao autor da ação a indenização por danos morais, fixada em R$ 5 mil. Há recurso aguardando a data do julgamento no TRT-MG.
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Comentários

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Marcos Gilnei Consença

13 de maio, 2024 | 12:55

“Adorava nosso país, nossa República e nossa democracia, até que emergiram das fossas imundas e imorais e trevosas este bolsonaro e seus magos da morte. Haveremos de vencer, nossa nação é mais poderosa do que estas trevas que ainda pairam sobre a pátria do Cruzeiro.”

Ines Lepesqueur

11 de maio, 2024 | 03:12

“Comportamento de Fascista!!
Conheco mtas empresas, ha anos, e muitas escolas, inclusive publicas, que adotaram esse comportamento repugnante impingido por seus superiores a eles.”

Gildázio Garcia Vitor

10 de maio, 2024 | 13:47

“Segundo o grupo Revelação, "Ajoelhou tem que rezar".

"Quando o bicho pegar
Não vai dar nem pra correr
E não adiantará
Ajoelhou, tem que rezar."”

Bill

10 de maio, 2024 | 11:30

“Deus, Pátria e Família. O talibã dos crente!”

Ateu

10 de maio, 2024 | 10:51

“O trabalhador nesse país é humilhado o tempo todo...ameaçado de demissão, explorado e convencido de q tem sorte de ter emprego...”

Emerson

10 de maio, 2024 | 07:57

“Tem que Aumentar a Indenização no mínimo pra 50.000 mil... Chamar as pessoas de porcos de lixos burros tem que ser um Canalha da pior espécie... Nunca testei meus colegas de trabalhos mal sempre com educação... Acho isso o mínimo que devemos fazer respeitar o Próximo... Tinha que ser e preso isso e Humilhar a pessoa...”

Eu Eu Mesmo e Irene

10 de maio, 2024 | 07:33

“A liberdade de processar ou não uma religião é direito fundamental. Ninguém pode ser obrigado a rezar/orar se não quer. Mas a atitude do superior é típica de muitos que se dizem cristãos: primeiro, fazem a merda (que no caso, tratar os funcionários sem respeito), depois pedem perdão.”

Paulo

10 de maio, 2024 | 07:09

“Quanta incoerência, uma pessoa que teme a Deus deveria exalar os frutos do espírito, mas hj em dia ser crente virou modinha, o povo não converte e não abandona o velho homem. O povo perdeu completamente o termor a Deus. Triste fim da humanidade.”

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