25 de abril, de 2024 | 08:40

Rua do Centro recebe maior painel de grafite de Ipatinga

Isabelly Quintão - Repórter
A rua Almenara, localizada no Centro de Ipatinga, recebe o maior painel de grafite do município. O projeto, intitulado “Muros vivos de Ipatinga”, é promovido por Rodrigo Frami, que é tatuador e trabalha com artes visuais. Quem passar ao lado do 11º Batalhão de Bombeiros Militar, próximo a entrada do Parque Ipanema, verá a figura de uma mulher indígena estampada em um muro, representando a mãe natureza. A pintura foi iniciada quinta-feira (18). Veja, mais abaixo, a entrevista completa.

Rodrigo Frami explicou à reportagem do Diário do Aço que o trabalho tem como objetivo representar a importância que a natureza tem para a sociedade. “Ao representar a mãe natureza, mostramos um pouco da importância da cultura. É o que eu venho buscando há muito tempo”, pontuou.

O artista detalhou que o projeto foi aprovado pela Lei Paulo Gustavo. “A maioria dos grafites que eu tenho espalhado pela cidade são trabalhos que eu fiz custeados do meu próprio bolso. O projeto ‘Muros vivos de Ipatinga’ é um trabalho exclusivo. Dos artistas envolvidos com a pintura e com a arte do município, o meu foi o único aprovado”, contou.

Frami acrescentou que a escolha do local ocorreu por se tratar de um ponto bastante extenso. “Eu escolhi pintar em um muro próximo ao Parque Ipanema por se tratar de um lugar muito grande, que é o maior painel da cidade”.

Valorização da cultura
Para Rodrigo Frami, valorizar artistas locais é fazer com que haja um maior incentivo para a realização de trabalhos que merecem ser apreciados. “Sempre busquei valorizar os artistas, fazer trabalhos grandiosos voltados para a natureza, que agradam desde uma criança até um idoso. Estou tentando resgatar essa cultura, que na nossa cidade é muito desvalorizada”, ressaltou.

Ele também enfatizou que sempre buscou integrar pessoas dentro de atuações culturais. “Meu intuito é formar novos artistas. Já tenho esse empenho de ensinar há muitos anos. Já formei pessoas tanto na pintura quanto na tatuagem. Precisamos mostrar o lado cultural das pessoas”, concluiu.