17 de abril, de 2024 | 16:53

Aulas no Cefet Timóteo são suspensas em razão de greve de servidores federais

Divulgação
No Cefet-MG Timóteo, movimento já conta com o apoio de 70% do quadro docenteNo Cefet-MG Timóteo, movimento já conta com o apoio de 70% do quadro docente

O Centro Federal de Educação Tecnológica de Timóteo (Cefet-Timóteo) suspendeu as aulas nesta quarta (17) e quinta-feira (18), em virtude da deflagração da greve dos docentes. A categoria pede reajuste salarial e reestruturação de carreiras.

Em comunicado publicado nesta quarta-feira (17), o Conselho Diretor do Cefet-MG aprovou o cancelamento das aulas em todos os campi durante estes dois dias. A direção alega que a suspensão tem como necessidade minimizar os prejuízos acadêmicos e financeiros aos discentes.

Ainda nesta quinta-feira, o Conselho deve se reunir novamente para deliberar sobre a necessidade de suspensão do calendário. O conselho do Cefet-MG afirma acompanhar com atenção as greves deflagradas pelos servidores docentes.

Movimento
O movimento de paralisação foi iniciado dia 15, pelo Sindicado dos Docentes do Cefet-MG (SindiCefet-MG) – e técnico-administrativos – deflagrada no dia 11 de março, conforme Ofício DEC 015/2024, do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes).

Secretário para assuntos profissionais e jurídicos do Sindcefet-MG e professor do Campus Timóteo, Adilson Mendes Ricardo explica que em Timóteo alguns técnicos administrativos já estão em greve desde o dia 11 de março. Segundo ele, esses profissionais representam todo conjunto de servidores que atuam na parte pedagógica, apoio psicológico e parte administrativa da instituição.

Já no grupo de professores, a paralisação ficou decidida em reunião realizada no dia 10/4 para ter início a partir do dia 15. "Esta semana ainda deve ser um quadro de mobilização parcial, principalmente em algumas atividades já programadas e para não haver prejuízo dos alunos. Então, alguns professores devem permanecer em sala durante alguns dias, mas a tendência é que o movimento vá ganhando corpo", apontou.

A suspensão do calendário é uma das solicitações do sindicato feita à diretoria do Cefet. Ainda conforme o secretário do Sindcefet-MG, essa suspensão do calendário irá garantir ao aluno maior segurança com a garantia de reposição das aulas perdidas no período da greve. "Acreditamos que é um movimento legítimo, dado as características de congelamento do nosso salário", argumentou Adilson.

Negociação
A Mesa Nacional de Negociação foi instituída em 2023 visando a reposição histórica das perdas salariais provocada, principalmente, pelo congelamento dos salários dos servidores desde 2016. "Conseguimos uma reposição parcial em 2023 que, porém, não cobria sequer 30% das perdas. Para 2024, o governo federal apresentou zero de reajuste salarial e reajuste nos valores dos auxílio-alimentação, creche e saúde, que também não atendem ao reivindicado. A greve vai permanecer até que o governo federal avance nas negociações, atendendo as nossas reivindicações", esclareceu Adilson Mendes.

Legitimidade
Em nota publicada no site do Cefet, a Diretoria-Geral afirmar reconhecer a legitimidade da greve dos servidores e a justeza das reivindicações, bem como o direito constitucional e individual de cada servidor/a para aderir aos movimentos paredistas. "A instituição tem se mantido em diálogo com cada diretor/a de campus para monitorar a adesão dos/as servidores/as e informar à comunidade escolar as diretrizes institucionais que serão adotadas durante o período".

Cenário Nacional
Mais de 20 instituições federais de ensino estão em greve e outras sete devem aderir a partir da próxima semana. A categoria busca recomposição salarial e do orçamento das instituições federais. Também defendem a reestruturação da carreira, exoneração de interventores nas universidades e a anulação de regras e normas do governo passado, que afetam a educação pública. Das 24 instituições federais em greve, 18 são universidades.
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Comentários

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Santos

18 de abril, 2024 | 08:41

“O direito de greve é legítimo, contudo é, igualmente legítimo que os dias paralisados sejam repostos e que esta reposição seja controlada pela sociedade,. Fica a pergunta, como os técnicos administrativos do CEFET que trabalham remotamente e que não batem ponto, reporão os dias paralisados e como isto ficará comprovado para toda a sociedade?”

Fábio

17 de abril, 2024 | 17:48

“Normal professores capitalista e alunos prejudicados,se fosse terceirizados não tinha este problema,mandava embora e contratava outros.”

Leonardo Soares de Almeida

17 de abril, 2024 | 17:33

“Os excelentes educadores João Batista Queiroz Zuliani e Elder de Oliveira Rodrigues se destacam como os melhores professores desta instituição.”

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