15 de abril, de 2024 | 09:01
Oriente Médio enfrenta perigo de conflito devastador, alerta secretário-geral da ONU
Ricardo Stuckert/Arquivo
O secretário-geral da ONU, António Guterres, abriu o Conselho de Segurança neste domingo (14) alertando que o Oriente Médio "está à beira do abismo"
O secretário-geral da ONU, António Guterres, abriu o Conselho de Segurança neste domingo (14) alertando que o Oriente Médio "está à beira do abismo"
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou nesse domingo (14) que a população do Oriente Médio enfrenta o perigo real de um conflito devastador em grande escala. Ele pediu a máxima contenção e disse que é hora de recuar do abismo”. Israel é frequentemente acusao de atropelar decisões da ONU e desrespeitar acordos, dentre eles, o ataque à embaixada do Irã, na Síria, que resultou em uma dezenas de pessoas, inclusive, diplomatas e militares iranianos, além de cidadãos sírios. Foi em retraliação a esse ataque isralense que o Irã atacou Israel com drones, no fim de semana, levando à escalada do conflito na região.
Por causa disso, em reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, foi convocada por Israel para abordar o ataque iraniano de sábado, Guterres alertou que os civis já estão suportando o peso e pagando o preço mais elevado.
É hora de recuar do abismo. É vital evitar qualquer ação que possa conduzir a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Oriente Médio”, afirmou.
O líder das Nações Unidas reforçou que a paz e a segurança regionais mas também globais”- estão sendo minadas e que nem a região, nem o mundo, podem permitir mais guerras.A mensagem do ex-primeiro-ministro português foi reforçada com o lembrete de que o direito internacional proíbe "ações de retaliação que incluem o uso da força".
O apelo de Guterres é dirigido tanto ao Irã - que justificou o ataque de sábado como ato de retaliação pelo bombardeio do seu consulado em Damasco - quanto a Israel, que disse ter o direito de resposta aos ataques iranianos.
Em seu pronunciamento perante o corpo diplomático, por três vezes Guterres insistiu na "responsabilidade comum" que a comunidade internacional tem para evitar uma escalada entre o Irã e Israel, alcançar um cessar-fogo em Gaza, garantir a libertação dos reféns detidos pelo grupo islâmico Hamas e prevenir uma deterioração da situação na Cisjordânia.
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Reunião de emergência
Para a sessão de emergência foram convidados os representantes do Irã, Israel e Síria.Ao convocar a reunião, o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, disse que o Irã representa grave perigo para a segurança de todo o mundo e que este é o momento para deter as perigosas ambições” iranianas.
O diplomata pediu ainda que o Conselho condene veementemente o ataque e avance com medidas contra o Irã, incluindo a designação do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica como organização terrorista, e imponha sanções. O Irã lançou, na noite de sábado e madrugada de domingo, um ataque contra Israel, utilizando mais de 200 drones, mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria interceptados, segundo o Exército israelense.
O ataque ocorreu depois de um bombardeio ao consulado iraniano em Damasco, em 1º de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, aumentando as tensões entre Teerã e Tel Aviv, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.*É proibida a reprodução deste conteúdo. (Com informações da Agência Lusa)
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