06 de abril, de 2024 | 17:00

Livro aborda a relação entre culinária e cinema

Divulgação
''Estômago'' (2007) é um dos filmes de comer com os olhos''Estômago'' (2007) é um dos filmes de comer com os olhos
Baião de dois, bode guisado, goiabada com queijo, mangas frescas, tamales, carne de porco “em puas” e folhas de goiaba, cabritos, xinxim de galinha, arroz de coco, farofa de dendê, coxinhas, pastéis. Esses são alguns dos alimentos que recheiam o livro “Comer com os olhos: comida, cultura e cinema”, lançado recentemente pela Editora Autêntica, disponível para compra no site da editora.

Por meio da análise de filmes como “Estômago” (2007), “A história da eternidade” (2014), “Viajo porque preciso, volto porque te amo” (2009), “A flor do meu segredo” (1995), “Tudo sobre minha mãe” (1999), “Volver” (2006), “O raio verde” (1986), “Xica da Silva” (1976), pesquisadores do grupo multidisciplinar Sobre Alimentos e Literaturas (SAL) destrincham a relação cinema-culinária. Criado em 2015, na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o grupo tem como uma de suas atividades o CineSAL, que realiza mensalmente, desde 2021, debates com especialistas sobre estudos sensoriais e da alimentação. As falas nestes encontros resultaram na coletânea de textos que compõem o livro.

Da escassez à fartura
“Ao abrir o cardápio/sumário deste livro, o leitor vai se deparar com uma sorte de iguarias (...), mas também será arremessado para o avesso do banquete ao constatar como uma quantidade expressiva de filmes apresentam a escassez, a indigestão, como contraponto à fartura, e propõem a fome como estética e como política”, informa o material de divulgação.

Reprodução
Detalhe da capa do livro: comida, cultura e cinemaDetalhe da capa do livro: comida, cultura e cinema
Os organizadores, professores Sabrina Sedlmayer, da UFMG, Rafael Climent-Espino, da Baylor University, e Luiz Eduardo Andrade, da Universidade Federal de Alagoas, fazem o comentário de apresentação. “Por meio de 11 textos oferecidos e postos à mesa, conhecemos culturas visuais específicas - asiáticas, europeias, latino-americanas, norte-americanas -, assim como reflexões sobre a forte imersão do cinema gastronômico nas últimas décadas e as inúmeras nuances que a comida fornece nesses filmes e em determinadas séries lançadas no contemporâneo formato de streaming”, enumeram.

Os textos do livro ressaltam a importância do estudo do comer e beber em seus mais diversos aspectos e conotações. Como o homem é o único animal que cozinha, segundo observa o diretor de cinema brasileiro Marcos Jorge, muitos outros comportamentos unicamente humanos surgem desse ato. Transformar o cru em cozido, comer junto, fazer poesia e roteiros em lugares públicos, como cafés, são costumes explorados por “Comer com os olhos” que pretende, acima de tudo, “tirar a fome intelectual que muitos leitores têm do assunto para melhor entender os múltiplos papéis da comida no cinema”. (Colaboração de texto: Beatriz Tito Borges/UFMG)

SERVIÇO
Livro: “Comer com os olhos: comida, cultura e cinema”
Editora: Editora Autêntica
200 páginas | R$ 39,80 (e-book)
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Comentários

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Douglas

07 de abril, 2024 | 07:19

“Filme Estômago é um clássico brasileiro,quem tiver a oportunidade de assistir não vai ser arrepender pois é muito bom !”

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