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20 de março, de 2024 | 16:00

Semana do Artesão Mineiro retoma homenagens ao padroeiro São José

O Dia do Artesão foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em todo o mundo na data de 19 de março, que também é consagrada a São José, considerado o padroeiro do ofício. Este ano, a 7ª Semana do Artesão Mineiro reúne atividades totalmente gratuitas em Belo Horizonte, Sacramento, no Triângulo Mineiro, e Resende Costa, no Campo das Vertentes, até esta sexta-feira (22). A programação simultânea com oficinas, palestras e entregas de carteiras é organizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG) em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e o Sebrae Minas.

Arquivo pessoal-Joana Lobato
A artesã de Lagoa da Prata participa da exposição em BHA artesã de Lagoa da Prata participa da exposição em BH
A projeção dos organizadores é ampliar o reconhecimento do artesanato produzido em Minas e impulsionar uma atividade econômica fundamental para mais de 300 mil cidadãos no estado. Um dos destaques da programação é a exposição “São José - o Artesão”, sediada no Palácio da Liberdade, em BH, que reúne peças em homenagem ao santo padroeiro do ofício. A exposição pode ser conferida pelo público até o dia 31/3.

Origens
A iniciativa em comemoração ao Dia do Artesão ocorre desde 2004, mas a partir de 2017 a programação passou a envolver outros municípios mineiros, além da capital, na Semana do Artesão. Retomando as origens, o tema da exposição deste ano é uma reedição do evento que foi sucesso em 2005. Na oportunidade, a curadoria foi feita pelo saudoso escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queiroz.

Agora, Joana Lobato, artesã de Lagoa da Prata, reencontra a exposição que possibilitou o seu primeiro contato com as ações governamentais para apoiar o artesanato mineiro. “Em 2005, fui convidada para participar da exposição ‘São José - o Artesão’ e, agora, 19 anos depois, volto a ser convidada, mas de uma forma mais especial. O meu trabalho vai ficar exposto no Palácio da Liberdade, que é um lugar que sempre admirei, mas nunca nem entrei”, relatou.

Outro artesão mineiro que, quase 20 anos depois, novamente integra a exposição em homenagem a São José é Detimar Ferreira. Devoto de São José, o belorizontino ficou alegre ao saber de mais essa oportunidade que abre um espaço privilegiado para que as pessoas tenham acesso à arte. “Por meio do meu trabalho, ao longo dos anos, pude ajudar toda a minha família, e isso é muito gratificante”, contou o artesão.

Além deles, mais de 50 artesãos de 32 municípios em diversas regiões do estado também foram selecionados, totalizando 70 obras na exposição. Como explica o diretor de Artesanato Mineiro da Sede-MG, Thiago Tomaz, neste ano, a seleção foi feita por meio de um questionário virtual, permitindo o amplo acesso a todos os artesãos mineiros. A mostra “São José - o Artesão” integra a agenda do Minas Santa, ação da Secult-MG para promover as atividades da Semana Santa no estado.

Divulgação/Ceart-MG
O artista belorizontino é devoto de São José: gratificanteO artista belorizontino é devoto de São José: gratificante

Expansão e promoção
Por meio da Diretoria de Artesanato Mineiro, a Sede-MG atua em diversas frentes para expandir a competitividade do artesanato mineiro no país e promover o seu reconhecimento no mercado internacional. Além do evento que está na 7ª edição, destaca-se a promoção de feiras, capacitações, workshops e exposições visando expandir o acesso do artesanato mineiro a novos públicos, favorecendo o escoamento da produção e a inserção em feiras regionais, nacionais e internacionais. Para se ter uma ideia, apenas em 2023, houve a inserção de mais de 3,1 mil artesãos mineiros em 26 eventos, gerando o montante de, aproximadamente, R$ 3,4 milhões em peças comercializadas.

Outra iniciativa é a emissão da Carteira Nacional do Artesão, gratuita e criada em 2012, instrumento fundamental para fornecer informações e implantar políticas públicas. Atualmente, são 11 mil carteiras emitidas para artesãos de 481 municípios, contemplando mais de 56% do estado. A partir dos dados cadastrados, verifica-se que a atividade corresponde a quase 30% da fonte de renda familiar dos artesãos. Assim, por meio desses registros, é possível oferecer oportunidades de renda e promover a qualidade na produção artesanal, mantendo os artesãos competitivos no mercado.

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