14 de março, de 2024 | 08:30
Colaboradores do Enem ainda reclamam do atraso no pagamento
Passados quatro meses, pessoas que atuaram na aplicação das provas do Enem ainda esperam seus pagamentos
Quatro meses depois da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), colaboradores que participaram da realização da prova sob a supervisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foram contratados pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoções de Eventos (Cebraspe) ainda reclamam sobre atraso no pagamento.
A primeira reportagem publicada pelo jornal Diário do Aço a respeito do não recebimento de colaboradores do Brasil inteiro, inclusive, do Vale do Aço, foi em 24 de dezembro do ano que passou. Atualmente, leitores continuam informando que não receberam pelos dias trabalhados.
Procurado pela reportagem, o Cebraspe alegou que os pagamentos dos colaboradores que atuaram no Enem 2023 já foram realizados. Colaboradores que alegam ainda não terem recebido, devem entrar em contato por meio do canal de colaboradores, disponível no link www.cebraspe.org.br/fale-conosco/”, afirmou.
No entanto, uma leitora do jornal e moradora de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Patrícia Deolla, foi chefe de sala e informou que ainda não recebeu, mesmo com diversas tentativas de retorno. Trabalhei os dois dias debaixo de chuva, sem passagem para ir. Numa distância da minha casa, de mais ou menos uns 20 Km para ir até o local da prova, e uns 20 Km para voltar. Foi servido um sanduíche e uma pitchulinha de guaraná quente. Só isso para comer o dia todo. O combinado era chegar lá às 9h da manhã por causa das organizações. Oito e meia eu estava lá”, ressaltou.
Patrícia Deolla também alegou que fez trabalhos que não eram destinados à sua função. No momento das primeiras orientações, nós (chefes de sala) recebemos todos os materiais e organizamos a sala, o que não era a nossa obrigação. Separarmos as mesas e as classes. Quando era cerca de 19h, estava chovendo bastante e um segurança do local disse para mim e para uma outra menina que estava me ajudando você tem que deixar a sala como vocês acharam, porque amanhã de manhã tem aula. Era um domingo”, enfatizou.
Tentativas de contato
Patrícia Deolla ainda informou à reportagem do Diário do Aço que realizou várias tentativas de ligação para o Cebraspe, mas não obteve sucesso, visto que os telefones apareciam como inexistentes ou fora de área. Apenas quando liguei para um número e solicitei a opção de contratação que me atenderam e me trataram muito bem. Quando falei a respeito do pagamento, disseram para ligar para os números inexistentes e fora de área”, alegou.
Dedicação
A mulher também afirmou que já foi chefe de sala em diversos outros concursos e reconhece o esforço de seu trabalho. Eu sempre tive uma postura muito forte, sou pedagoga, técnica de enfermagem e esteticista formada. Nesses momentos eu faço bico. Eu sou mãe solteira, qualquer coisa que ajuda e tudo que vem para mim é lucro. Mas eu conto com as datas de recebimento. Eu tenho filho, tenho que pagar água, luz e aluguel. Então tenho que me virar. Não me importo de trabalhar sábado, domingo e feriado. Sou uma pessoa muito responsável”, reiterou.
Eu saí do local debaixo de chuva, peguei um resfriado, minha rinite atacou. Fiquei mais de uma hora no ônibus. Cheguei em casa às 22h. Por isso, acho um total desrespeito. Quatro meses para receber 300 reais é uma vergonha”, concluiu.
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Darlan
14 de março, 2024 | 15:23Ta pagando bem,se tive vaga eu quero para trabalhar este ano.”