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29 de fevereiro, de 2024 | 17:00

Sepultura inicia turnê heavy metal de despedida

@MarcosHermes/Divulgação
A banda encerrou 2023 com série de shows na AustráliaA banda encerrou 2023 com série de shows na Austrália
A banda mineira e brasileira mais famosa no heavy metal internacional, Sepultura, inicia nesta sexta-feira (1/3) a sua turnê de despedida “Celebrating Life Trough Death” (“celebrando a vida através da morte”, em tradução livre), que marca também os 40 anos de sua trajetória no rock’n’roll. O primeiro show vai ser no Arena Hall, em Belo Horizonte, cidade onde toda a história da banda começou liderada pelos irmãos adolescentes Max e Igor Cavalera.

Na sequência, as cidades brasileiras contempladas na programação são: Juiz de Fora (2/3), Brasília (9/3), Uberlândia (15/3), Porto Alegre (21/3), Curitiba (22/3), Florianópolis (23/3) e São Paulo (6/9). Toda a turnê será gravada para dar origem a um disco com 40 músicas registradas nos shows que irão ocorrer em 40 cidades diferentes.

Nas vésperas da estreia das apresentações derradeiras, a banda anunciou de forma surpreendente a troca do baterista Eloy Casagrande pelo “espetacular” Greyson Nekrutman, jovem norte-americado de 22 anos incompletos e que mostra habilidades técnicas e conhecimento de jazz, rock, heavy metal e música latina, segundo especialistas. Casagrande, considerado um talento prodígio das baquetas, estava no Sepultura desde 2011, quando substituiu a Jean Dolabella, que havia entrado no lugar de um dos fundadores da banda, Igor Cavalera.

Acervo Sepultura
A formação com os irmãos Cavalera no início: rock originalA formação com os irmãos Cavalera no início: rock original
Depois de anunciado, Greyson foi às mídias sociais e declarou todo o seu contentamento. “Hoje expresso minha sincera gratidão pela incrível oportunidade de me juntar aos lendários integrantes do Sepultura em sua turnê de despedida. Contribuir para esse legado é um privilégio que me enche de honra e entusiasmo”, postou.

Um pouco da história
As partidas e chegadas sempre fizeram parte da trajetória da banda mineira, que ao surgir já foi conquistando um mundo de fãs do rock na capital mineira sob a influência de Black Sabbath, Van Halen, Iron Maiden, Motörhead, AC/DC e outras da época. Depois é que vieram os contatos na Woodstock Discos, de São Paulo, e eles mudaram o rumo. Com a sua sonoridade peculiar que mistura death metal e thrash metal e, em alto e bom tom, introduzindo batidas e musicalidades indígenas, tribais, africanas, japonesas e latinas, o Sepultura foi logo alcançando destaque e respeito no cenário internacional, com uma trajetória consistente, de shows marcantes e repletos de sucessos de público e de crítica.

Na década de 1990, especialmente com os álbuns “Arise” (1991), “Chaos a.D” (1993) e “Roots” (1996), a banda ganhou fama, vendeu milhões de discos e se apresentou em praticamente todo o mundo, liderando paradas de sucesso na França, nos Estados Unidos, na Austrália e no Brasil. Além disso, tornou-se influência para diversos artistas que até hoje reconhecem o seu legado no rock underground, como Slipknot, Godsmack, System of a Down e até Bjork e integrantes do Radiohead, entre outros.

Em sua trajetória até aqui, o Sepultura deixa o total de 15 discos gravados entre 1986 (“Morbid Vision”) a 2020 (“Quadra”) e três álbuns ao vivo, incluindo um em São Paulo (2005) e outro no Rock in Rio de 2014, além de uma série de EPs e coletâneas premiadas que alcançaram reconhecimento nos principais sites especializados. A banda conquistou discos de ouro nos Estados Unidos e no Reino Unido e a mais recente série de shows terminou em dezembro de 2023, na Austrália.

Paulo Jr. (2º à esquerda) é o único remanescente do grupo que surgiu em BH, transformou-se e deixa legado na história do rock'n'rollPaulo Jr. (2º à esquerda) é o único remanescente do grupo que surgiu em BH, transformou-se e deixa legado na história do rock'n'roll
Da formação inicial, lá de 1984, os irmãos roqueiros Cavalera deixaram a banda em 1996 (Max) e 2006 (Igor), o primeiro vocalista Wagner Lamounier saiu logo no início e o baixista Paulo Jr. permanece no grupo até hoje. Ainda em 1987, Jairo Guedes se afastou e Andreas Kisser assumiu a guitarra, e dez anos depois, em 1997, Derrick Green tomou conta dos vocais. Na bateria da banda ocorreram as maiores mudanças após a saída de Igor: Jean Dolabella (2006-2011), Eloy Casagrande (2011-2024) e, para finalizar a existência do Sepultura, Greyson Nekrutman.
Na apresentação do novo integrante, bem nas vésperas da turnê especial, os remanescentes fazem questão de frisar o compromisso esperado com o público e os fãs da “Sepulnation”, nessa turnê que celebra a vida da música por intermédio da morte simbólica de um som original. Para colocar um ponto final na carreira em ótima forma e deixar gravado na memória do rock mundial.
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