
29 de fevereiro, de 2024 | 17:00
Sepultura inicia turnê heavy metal de despedida
A banda mineira e brasileira mais famosa no heavy metal internacional, Sepultura, inicia nesta sexta-feira (1/3) a sua turnê de despedida Celebrating Life Trough Death” (celebrando a vida através da morte”, em tradução livre), que marca também os 40 anos de sua trajetória no rocknroll. O primeiro show vai ser no Arena Hall, em Belo Horizonte, cidade onde toda a história da banda começou liderada pelos irmãos adolescentes Max e Igor Cavalera.Na sequência, as cidades brasileiras contempladas na programação são: Juiz de Fora (2/3), Brasília (9/3), Uberlândia (15/3), Porto Alegre (21/3), Curitiba (22/3), Florianópolis (23/3) e São Paulo (6/9). Toda a turnê será gravada para dar origem a um disco com 40 músicas registradas nos shows que irão ocorrer em 40 cidades diferentes.
Nas vésperas da estreia das apresentações derradeiras, a banda anunciou de forma surpreendente a troca do baterista Eloy Casagrande pelo espetacular” Greyson Nekrutman, jovem norte-americado de 22 anos incompletos e que mostra habilidades técnicas e conhecimento de jazz, rock, heavy metal e música latina, segundo especialistas. Casagrande, considerado um talento prodígio das baquetas, estava no Sepultura desde 2011, quando substituiu a Jean Dolabella, que havia entrado no lugar de um dos fundadores da banda, Igor Cavalera.
Depois de anunciado, Greyson foi às mídias sociais e declarou todo o seu contentamento. Hoje expresso minha sincera gratidão pela incrível oportunidade de me juntar aos lendários integrantes do Sepultura em sua turnê de despedida. Contribuir para esse legado é um privilégio que me enche de honra e entusiasmo”, postou.
Um pouco da história
As partidas e chegadas sempre fizeram parte da trajetória da banda mineira, que ao surgir já foi conquistando um mundo de fãs do rock na capital mineira sob a influência de Black Sabbath, Van Halen, Iron Maiden, Motörhead, AC/DC e outras da época. Depois é que vieram os contatos na Woodstock Discos, de São Paulo, e eles mudaram o rumo. Com a sua sonoridade peculiar que mistura death metal e thrash metal e, em alto e bom tom, introduzindo batidas e musicalidades indígenas, tribais, africanas, japonesas e latinas, o Sepultura foi logo alcançando destaque e respeito no cenário internacional, com uma trajetória consistente, de shows marcantes e repletos de sucessos de público e de crítica.
Na década de 1990, especialmente com os álbuns Arise” (1991), Chaos a.D” (1993) e Roots” (1996), a banda ganhou fama, vendeu milhões de discos e se apresentou em praticamente todo o mundo, liderando paradas de sucesso na França, nos Estados Unidos, na Austrália e no Brasil. Além disso, tornou-se influência para diversos artistas que até hoje reconhecem o seu legado no rock underground, como Slipknot, Godsmack, System of a Down e até Bjork e integrantes do Radiohead, entre outros.
Em sua trajetória até aqui, o Sepultura deixa o total de 15 discos gravados entre 1986 (Morbid Vision”) a 2020 (Quadra”) e três álbuns ao vivo, incluindo um em São Paulo (2005) e outro no Rock in Rio de 2014, além de uma série de EPs e coletâneas premiadas que alcançaram reconhecimento nos principais sites especializados. A banda conquistou discos de ouro nos Estados Unidos e no Reino Unido e a mais recente série de shows terminou em dezembro de 2023, na Austrália.

Na apresentação do novo integrante, bem nas vésperas da turnê especial, os remanescentes fazem questão de frisar o compromisso esperado com o público e os fãs da Sepulnation”, nessa turnê que celebra a vida da música por intermédio da morte simbólica de um som original. Para colocar um ponto final na carreira em ótima forma e deixar gravado na memória do rock mundial.
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