27 de fevereiro, de 2024 | 07:20

Indústria de alimentos e bebidas tem fraca geração de emprego na região

Alex Ferreira/Arquivo DA
A expectativa para este ano em relação a novas gerações de emprego nestes subsetores não é muito positiva A expectativa para este ano em relação a novas gerações de emprego nestes subsetores não é muito positiva

Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) encerrou 2023 com uma fraca geração de vagas de emprego na indústria de alimentos e bebidas. Ao todo, o número de trabalhadores com carteira assinada nestes subsetores industriais selecionados é 1.858. Deste total, apenas 34 fazem parte da indústria de bebidas e o restante (1.824) é decorrente da indústria de alimentos.

As informações foram repassadas à reportagem do Diário do Aço pelo coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, geógrafo William Passos, conforme análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Ministério do Trabalho e Emprego.

Ipatinga fechou o ano com 23 trabalhadores com carteira assinada no subsetor industrial de bebidas e 958 no de produtos alimentícios.

Enquanto isso, em Coronel Fabriciano, seis empregos formais foram mantidos para a indústria de bebidas e 372 para a de alimentos. Em Timóteo, a quantidade é ainda menor, sendo cinco para o de bebidas e 264 para o de produtos alimentícios.

No município de Santana do Paraíso, a geração de empregos nestas indústrias foi ainda mais fraca, visto que somente a indústria de alimentos apresentou novos trabalhadores com carteira assinada, sendo 230.

Saldo de empregos
No ano passado, o déficit na geração de vagas com carteira assinada no subsetor industrial de produtos alimentícios foi puxado pelo município de Ipatinga (-139) e de Timóteo (-38). Ao contrário, Coronel Fabriciano (10) e Santana do Paraíso (48) apresentaram saldo positivo.

Já o subsetor industrial de bebidas fechou o ano com saldo positivo nos municípios de Ipatinga (+11), Fabriciano (+2) e Timóteo (+1). Em Paraíso, não houve nenhuma contratação formal.

Expectativas para 2024
Para este ano, as expectativas para o mercado de trabalho no Vale do Aço não são muito positivas, conforme aponta o pesquisador William Passos.

“A região é muito dependente do comportamento da indústria brasileira do aço, que vem sofrendo com a concorrência do aço chinês. Consequentemente, a indústria do aço, no Vale do Aço e no Brasil como um todo, vem registrando um acentuado número de demissões. Por ser muito dependente dessa indústria, toda a economia da região sofre e com a fraca indústria de alimentos e bebidas não é diferente. Os empregos gerados não são muito significativos”, enfatiza.

O geógrafo também destaca que se trata de um setor que poderia “contribuir para a diversificação econômica, mas para isso seria necessário mais investimento”.

Comparação com o país
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) estima que o ano de 2023 foi encerrado com 70 mil novos postos de trabalho diretos e formais. A Abia também divulgou que com 280 mil postos indiretos foi possível alcançar 350 mil novos trabalhadores ao longo da cadeia produtiva. Além disso, o número de trabalhadores diretos atingiu 1,97 milhão.

Portanto, percebe-se que embora a indústria de alimentos se destaque como um dos principais empregadores do Brasil, a situação da região do Vale do Aço se distingue, enfatiza o geógrafo.
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Comentários

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Brasil

28 de fevereiro, 2024 | 01:15

“??A VIDA VALE MAIS QUE UM SALÁRIO!
Salario minimo é corrente! sobrenome esmola!
te prende, não realiza, esmaga seu sonho e agora?
Te restou o sim senhor! O não senhor! A cabeça baixa,
mais um trabalhador sabotado que do seu sonho se afasta.
Assim te fazem passar mais de 65 anos se matando a mingua
Te tornam um escravo por energia. internet,aluguel e comida
Aquele pai exausto, adoentado pelo trabalho diário
se esquece que tem vida,viva debaixo daquele esqueleto magro
Deixou de sonhar por achar que jamais serão realizados

Salário minimo malvado te prende nos talões atrasados
Construiu toda uma cidade mas só pode olhar por fora
tá chegando a hora de pagar o aluguel mensal e agora?
LIBERTE-SE! tenha coragem, afinal viver vai além de comida no prato!

A VIDA VALE MAIS QUE UM SALÁRIO! Acorda diretores da CDL empreiteiras da Usiminas e supermercado atacadista,, hospital Márcio cunha,, 1.500 reais não dá para vive com dignidade ou sustentar famílias ,,,igual Deus livre desta migalhas. Aqui vale do aço.”

Açores

27 de fevereiro, 2024 | 15:53

“Querem pagar um salário de fome. Aí da nisso, não acham ninguém pra trabalhar e a grande parte dos que trabalham são péssimos funcionário. Uma pena falta de educação do brasileiro médio não permitir a implantação serviços do tipo pague "você mesmo". Robôs também seriam bem vindos”

Xisto

27 de fevereiro, 2024 | 11:17

“A fatia do bolo tem que ser agradável, querem pagar micharia para o colaborador e ficar com os lucros exorbitantes. Querem pagar salário mínimo para o cidadão trabalhar de segunda a segunda no mínimo 12 horas por dia. Ou mudam a mentalidade ou vão sofrer com falta de mão de obra.”

Pablo

27 de fevereiro, 2024 | 08:59

“Concordo com o sr. João, mas o verdadeiro motivo por conta disso são os salários e condições trabalhistas defasadas.
Querem que o trabalhador ganhe menos de um salário mínimo pra condições sub-humanas...”

Joao Batista de Souza

27 de fevereiro, 2024 | 07:55

“A Indústria alimentícia está sofrendo muito para arranjar novos colaboradores, as pessoas entram ficam no máximo 2 meses e pedem demissão . Isso fato .”

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