23 de fevereiro, de 2024 | 12:00

Opinião: Neoindustrialização e a nova política industrial

Gino Paulucci Jr.*

“O país necessita de uma política de desenvolvimento industrial integrada com as políticas de inovação e de comércio exterior, bem como com a política macroeconômica. Essas políticas devem coexistir, de forma estratégica e objetiva, para que possam contribuir na transformação da estrutura industrial, intensivas em tecnologia, para aumentar a produtividade, a competitividade e o desenvolvimento de produtos diferenciados e de maior valor agregado, extensivo a serviços junto a novos modelos de negócios….”

Essa frase foi publicada em 6 de outubro de 2022 no Poder 360 e era o início de um artigo publicado pelo nosso presidente executivo José Velloso, com o título BRASIL PRECISA DE POLÍTICA INDUSTRIAL MODERNA E EFETIVA e o subtítulo – Estabilidade macroeconômica, equilíbrio fiscal e melhoria da produtividade devem constar nos objetivos das medidas…

Esse é apenas um dos artigos publicados pela ABIMAQ ao longo dos últimos 20 anos, uma vez que faz muito tempo que nos dedicamos a estudos e reuniões com os poderes estabelecidos, para criação de uma Política industrial articulada, capaz de promover a transformação da estrutura industrial, com a melhoria na formação bruta de capital fixo, o avanço da digitalização e da transformação nos modelos de negócios das empresas para que resulte num forte aumento da produtividade da economia e consequentemente em crescimento.

Com uma indústria mais produtiva e competitiva, com equilíbrio fiscal, ganha o Brasil e a sociedade. Apoiamos a implementação das ações propostas com responsabilidade, metas claras preestabelecidas e transparência, de forma que o Brasil avance com uma nova estrutura produtiva que possa contribuir para a resolução de nossos graves problemas econômicos, sociais e ambientais.

“Com uma indústria mais produtiva e competitiva,
com equilíbrio fiscal, ganha o Brasil e a sociedade”


Sabemos que a grande maioria dos países desenvolvidos acordou para a importância da indústria de transformação, para um crescimento sustentável com inovação, produtividade e competitividade e, por isso, tem lançado mão de Políticas industriais. Assim, e por todo o nosso histórico acreditamos que o governo brasileiro desenvolveu uma atitude de acerto em priorizar a indústria.

Consideramos necessário que haja uma economia ajustada e em rota de crescimento. A agenda de combate aos itens que compõem o chamado “Custo Brasil” deve continuar a ser enfrentada, bem como a ABIMAQ acredita na necessidade de continuar persistindo na agenda das “reformas estruturantes”, de forma a remover os entraves à competitividade.

Acerta o governo e o MDIC em apresentar o projeto do CNDI – Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, a Política Industrial Brasileira – Nova Indústria Brasil – Forte, Sustentável e Transformadora que tem como alicerce o “Plano Mais Produção – P+P”, onde o foco é a melhoria da Produtividade, a transformação digital, com mais valor agregado e sustentabilidade.

Com uma indústria mais produtiva e competitiva, com equilíbrio fiscal, ganha o Brasil e a sociedade. Apoiamos a implementação das ações propostas com responsabilidade, metas claras preestabelecidas e transparência, de forma que o Brasil avance com uma nova estrutura produtiva que possa contribuir para a resolução de nossos graves problemas econômicos, sociais e ambientais.

A ABIMAQ apoia a aprovação pelo Congresso Nacional dos projetos que fazem parte da nova Política Industrial, entre eles a “Depreciação Acelerada” e a criação da “LCD – Letra de Crédito do Desenvolvimento”. Também apoiamos a política de financiamentos para o programa “Indústria Exportadora” – BNDES Exim Bank, com linhas de financiamento voltadas ao apoio à exportação, incluindo “exportação de serviços”. Por fim, apoiamos medidas que simplificam e reduzem os custos de exportação das empresas.

* Engenheiro, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

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