06 de fevereiro, de 2024 | 06:00

Vitória justa

Fernando Rocha

No clássico com torcida única na Arena MRV, o Galo voltou a decepcionar a sua torcida, sendo derrotado pelo maior rival, Cruzeiro, por 2 x 0.

O técnico argentino Nico Larcamón, em início de trabalho e ainda em busca de formação ideal do time celeste, foi mais competente na estratégia de jogo e mereceu a vitória, superando o experiente Felipão, que está desde o ano passado no comando do Galo.

O jogo foi fraco tecnicamente, com poucas chances criadas dos dois lados e muitas faltas cometidas, agravado pela atuação do também ruim árbitro Paulo César Zanovelli.

A vitória levou ao delírio os torcedores da Raposa que tomaram conta das redes sociais fazendo gozações e memes para zoar os rivais.

Com um dos elencos mais caros do futebol brasileiro, a diretoria e o técnico do Galo - agora sem o diretor de futebol Rodrigo Caetano, que aceitou o convite para ser diretor de seleções da CBF - precisarão repensar as estratégias adotadas até agora, pois é inadmissível duas derrotas e apenas uma vitória em três rodadas do nosso fraquíssimo campeonato estadual.

Valeu a festa
“O medo de perder tira a vontade de ganhar”. Esta frase, atribuída a Vanderlei Luxemburgo, cai bem para definir o que foi a decisão da “Supercopa Rei” entre Palmeiras x São Paulo, no Mineirão.

Só pênalti mesmo para tirar o zero do placar. Nas cobranças, brilhou a estrela do goleiro são-paulino, o fabricianense Rafael, que pegou dois pênaltis e possibilitou ao tricolor paulista levantar a primeira taça da temporada.

Mas, se o jogo foi ruim e sonolento, as duas torcidas deram um show e fizeram muita festa no Mineirão, que não lotou, mas registrou um bom público sem nenhum registro de violência.

Muito bom para a rede hoteleira, os bares e restaurantes, os táxis que faturaram com a presença dos milhares de torcedores paulistas na nossa capital para acompanhar o time do coração nesta decisão.

FIM DE PAPO

O Ipatinga venceu pela primeira vez no Campeonato Mineiro, 1 x 0 sobre o Pouso Alegre, gol de pênalti marcado pelo atacante Luís Felipe. O jogo foi muito ruim e, mesmo com dois jogadores a mais durante em boa parte da partida, o Tigre não conseguiu uma vitória fácil. O mau futebol apresentado até agora - duas derrotas e apenas uma vitória em três rodadas - motivou a demissão do técnico Carlos Pimentel. A vitória ao menos serviu para deixar o Tigre respirar na competição e ainda sonhar com uma reação para buscar a classificação. Na próxima quarta-feira, o time vai encarar o Villa Nova, em Nova Lima, às 20h30.

Muita gente estranhou o fato do público pagante ter sido quase o mesmo, mas a renda no clássico da Arena MRV foi menor em mais de três vezes, em relação à decisão da Supercopa no Mineirão. Na Arena MRV: público recorde de 42.585 torcedores e renda de R$ 2.518.164,34; no Mineirão: público de 42.741 torcedores e renda de R$ 7.736.903,00. A explicação é simples: na decisão da Supercopa, o ticket médio oscilou entre R$ 298 a R$ 798. No clássico entre Atlético e Cruzeiro o ingresso mais barato para sócios do Galo, custou R$ 50,10. O mais caro custava R$ 350.

Estive presente na Arena MRV, pela primeira vez, no último domingo. Realmente, o estádio do Atlético é muito bonito, imponente, com instalações de qualidade para atendimento aos torcedores, tais como banheiros, bares, cadeiras confortáveis nas arquibancadas; gramado em excelente estado; sistema de iluminação dos mais modernos existentes; boa sinalização e funcionários gentis, educados, capacitados para orientar com informações corretas e úteis, já que tudo é novidade, principalmente, para quem é marinheiro de primeira viagem.

Faço restrições, e acho que com o tempo pode ser melhorado, quando ao fluxo de chegada e saída dos torcedores, que é muito tumultuado pela localização do estádio ser às margens da Via Expressa, uma das mais movimentadas da capital. Há também muitos pontos cegos, pois não é da nossa cultura assistir os jogos sentadinhos e comportados. Os preços cobrados dos ingressos são compatíveis, mas o estacionamento a R$ 100 é um verdadeiro “assalto”, assim como os preços de bebidas e comidas que estão bem acima do normal praticado em outras arenas do país. No mais, o torcedor do Galo tem motivos de sobra para se orgulhar da sua casa própria, sem poder dizer o mesmo sobre o time. (Fecha o pano!)

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