04 de fevereiro, de 2024 | 07:00

Crise econômica do Vale do Aço tende a influenciar empreendedorismo

Divulgação
O empreendedorismo pode ser uma forma de resistência da população que quer continuar vivendo na regiãoO empreendedorismo pode ser uma forma de resistência da população que quer continuar vivendo na região

A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), que compreende os municípios de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso, fechou o ano de 2023 com 1.888 aberturas de novas empresas, do tipo jurídico Cooperativa, Eireli, Empresário Individual (MEI), S.A. e Sociedade Empresária LTDA, nos formatos, Empresa de Pequeno Porte (EPP), Microempresa (ME) e Empresa Normal. As informações foram repassadas à reportagem do Diário do Aço pelo coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, geógrafo William Passos, conforme análise da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG).

No município de Ipatinga houve 1.130 aberturas, o maior número da região. Coronel Fabriciano totalizou 423, enquanto Timóteo terminou o ano com 229. Já, em Santana do Paraíso, houve a abertura de 106 empresas.

Quanto a quantidade de Microempreendedor Individual, referente ao período de janeiro a dezembro do ano que passou, foram totalizados 6.620. Em Ipatinga, houve 3.842 novas MEI’s, enquanto em Fabriciano houve 1.526. No município de Timóteo, o total foi de 1.252.

Já o ano de 2024 começou com 59 aberturas de novas empresas. Ipatinga liderou com 41 novas aberturas, ficando na frente de Fabriciano (10) e Timóteo (8). Em janeiro, também houve 327 novos MEI’s, sendo Ipatinga o município com o maior número de registros (194). Em Fabriciano, houve 86 registros, enquanto Santana do Paraíso totalizou 47.

Conta própria
O geógrafo William Passos destaca que, embora o Vale do Aço tenha tido aberturas de novas empresas e novos registros de MEI’s, não houve um crescimento significativo se comparado há dez anos. “Trata-se de uma região que está em crise, o que acaba empurrando as pessoas para o trabalho por conta própria, que funciona como uma forma de resistência da população que quer continuar vivendo na região”, afirmou à reportagem do Diário do Aço.

Um exemplo
A empreendedora e moradora do município de Timóteo, Neila Costa, conta que começou a empreender em 2014 de forma despretensiosa. “Para mim, fazer biscoitos era uma renda extra, um hobby ou para presentear amigos.

Há dez anos atrás, com a dificuldade de encontrar alguém para cuidar de meus dois filhos, que precisavam da minha presença constante, larguei a carteira assinada e registrei minha empresa para me resguardar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No entanto, não tinha compromisso de venda, porque até então tinha o salário do meu marido. Até que me divorciei, e vi minha renda extra se transformar em minha única fonte de renda, e o meu hobby se transformar em minha profissão”, ressalta.

Além disso, Neila destaca que atualmente, o empreendedorismo também é uma forma de benefício à sua saúde mental. “Os biscoitos para mim significam força e superação. Sempre incentivo quem quer empreender. Isso com certeza foi um divisor de águas em minha vida, saí de uma vida sem renda para empreender no que amo”, detalha.
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Comentários

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Wagner

05 de fevereiro, 2024 | 15:24

“A neila Costa è uma guerreira uma profissional nos biscoitos artesanal mais gostoso do vale do aço parabéns para essa excelentíssima profissional..”

Erica

04 de fevereiro, 2024 | 16:53

“Os biscoitos mais gostosos do Vale do Aço! Neila é uma profissional fantástica, e uma pessoa maravilhosa!”

Ricardo Beltrão

04 de fevereiro, 2024 | 07:45

“O Setor de prestação de serviços e comércio, e a tábua de salvação de muitos , e só se sustentam aqueles que têm 1% de inspiração e 99% transpiração, ser dono próprio negócio, infelizmente não é pra qualquer um, conheço excelentes profissionais mas que não tem perfil de administrador, é uma pena.”

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