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02 de fevereiro, de 2024 | 07:30

Vale do Aço fecha 2023 com saldo negativo na geração de empregos

Matheus Valadares
Indústria demitiu mais de 1.000 empregados e impactou o resultado anualIndústria demitiu mais de 1.000 empregados e impactou o resultado anual
Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) encerrou o ano de 2023 com um saldo negativo de -346 empregos formais gerados, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (30/1) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O déficit na geração de vagas com carteira assinada foi puxado pelo setor industrial, que teve o saldo negativo de -1.413. Os demais setores fecharam com saldo positivo: agropecuária (16), construção (80), comércio (248) e serviços (773).

O geógrafo e coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço/IFMG Ipatinga, William Passos, aponta que dados mostram a perda de dinamismo da economia da região.

“Minas Gerais, por sua vez, gerou quase 141 mil novos empregos, com a indústria gerando mais de 15 mil novas vagas. No ano passado, a Gerdau, a ArcelorMittal e a Usiminas demitiram em torno de 3.000 trabalhadores, reduzindo a produção em diferentes unidades e suspendendo os planos de investimentos até 2027. No caso da Usiminas, a opção foi pelo ajuste na unidade de Cubatão, em São Paulo, mas a unidade e a economia de Ipatinga também sentiram os impactos e os efeitos agora estão comprovados pelos números do Caged”, afirma.

Desempenho por cidades
Ipatinga foi o único município da região que apresentou saldo negativo. Apenas os setores de serviços (303) e comércio (31) performaram bem. O restante teve baixas na empregabilidade formal: agropecuária (-4), construção (-290), resultando na perda total de 1.717 cargos.

Coronel Fabriciano foi a que mais empregou, com o setor de construção sendo o destaque (501), seguido por serviços (179), indústria (24) e comércio (3). A agropecuária foi a única que teve saldo negativo (-3), totalizando 705 novos empregos formais.

Em Timóteo foram 529 empregos com carteira assinada com os seguintes resultados por setores: comércio (257), serviços (242), indústria (99), agropecuária (26) e construção (-95).

Santana do Paraíso também apresentou uma performance positiva com 137 novos postos de trabalho, com o setor industrial (171) puxando a fila, seguido por serviços (49). As demais áreas tiveram resultados negativos: comércio (-43), construção (-36) e agropecuária (-4).

Desempenho por unidades federativas
Nas 27 unidades federativas ocorreram saldos positivos, com destaque para São Paulo (390.719 postos, +3%), Rio de Janeiro (160.570 postos, +4,7%) e Minas Gerais (140.836 postos, +3,2%). Nas regiões, as maiores gerações ocorreram no Sudeste, (726.327), Nordeste (298.188) e Sul (197.659). O maior crescimento foi verificado no Nordeste, 5,2%, com geração de 106.375 postos no ano.

A maioria das vagas criadas em 2023 foram preenchidas por homens (840.740). Mulheres ocuparam 642.892 novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 1.158.532 postos.

Média salarial no Vale do Aço
Conforme já divulgado pelo Diário do Aço, a média salarial na RMVA é de R$ 2.755,09. Os dados constam em um levantamento enviado pelo geógrafo William Passos. As informações são referentes ao mês de novembro de 2023.

Considerando os quatro municípios que compõem a Região Metropolitana, Timóteo é o que tem a maior média salarial: R$ 3.136,15. Logo após está Ipatinga, que apresenta uma média de R$ 3.119,45. Em Santana do Paraíso, a média é de R$ 2.693,45, enquanto a de Coronel Fabriciano é de R$ 2.452,36. O balanço considera tanto os trabalhadores com carteira assinada quanto os servidores públicos estatutários.

Quando se trata da média salarial da indústria metalúrgica, Ipatinga lidera com R$ 5.082,71, enquanto Timóteo apresenta uma média de R$ 4.520,85. Por sua vez, a média salarial de Santana do Paraíso é de R$ 3.448,75. Coronel Fabriciano aponta números mais baixos, sendo de R$ 2.374,32.
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Comentários

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Cleber Sousa

03 de fevereiro, 2024 | 19:54

“Ser pastor é profissão ou devoção? Acho que quando a pessoa dedica a vida a igreja até entendo ter uma renda para viver.... Agora um pastor além da obtém salário dos fiéis e ainda assim tem outra profissão... Casamento e filhos.e vida independente da igreja... E isso mesmo Arnaldo?”

Farias

03 de fevereiro, 2024 | 11:21

“Em Timóteo, a empresa que eu trabalho não consegue ficar um mês com efetivo completo. O RH não consegue achar pessoas pra trabalhar.”

Joseph

02 de fevereiro, 2024 | 13:24

“Está faltando emprego pra homem sim, em todos setores as mulheres tomaram conta, não estou desmerecendo as mulheres não, mas antigamente as mulheres ficavam em casa e o homem saia pra trabalhar, hoje é diferente, elas não querem ser mais mais donas de casa, mas continuam mandando em casa.”

Emerson

02 de fevereiro, 2024 | 11:19

“Aqui em Ipatinga tem emprego pro Brasil todo... Na área industrial quem foi demitidos foram os que trabalham em Paradas e não servem pra fazer estatísticas NENHUMA.... Aqui no vale do aço tem muito Emprego e sobrando na área de Supermercados Lojas entre outros... O povo e que não quer trabalhar...”

Lu Magalhães.

02 de fevereiro, 2024 | 08:06

“Kkkkk é sério isso?...como se supermercados, construção civil e outros segmentos estão pegando a laço,e outros prestadores de serviços nao estão dando conta de atenderem o mercado ,, ISSO é brincanagem.....truco....seis..rato.kkkk”

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