31 de janeiro, de 2024 | 07:20

Região tem média de 197 casos de dengue ou chikungunya por dia

Há duas mortes de cada doença sob investigação na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte

Divulgação
Municípios estão realizando ações para tentar conter o avanço das arboviroses no Vale do Aço Municípios estão realizando ações para tentar conter o avanço das arboviroses no Vale do Aço
Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Com 1.342 casos confirmados de dengue e 4.593 de chikungunya, o Vale do Aço e o Colar Metropolitano apresentam uma média de 197,83 casos das doenças por dia. Há ainda 3.255 casos prováveis de dengue e outros 5.599 de chikungunya.Até o momento, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), não há óbitos confirmados na região neste início de ano, no entanto, existem duas mortes de cada doença sob investigação da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.

De acordo com o governo de Minas, “os óbitos com suspeita de arboviroses têm 60 dias, a partir da data de notificação, para serem investigados e encerrados”.

O governo acrescenta que o estado vivenciou cinco epidemias de dengue, nos anos de 2010, 2013, 2016, 2019 e 2023. Comparado ao mês de janeiro do ano passado, 2024 contabiliza 41,56% casos a mais da doença.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no dia 23 deste mês, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, citou o Vale do Aço como uma das regiões que já tem registrado um cenário preocupante de incidências das arboviroses neste início de ano.

“Teremos um ano epidêmico difícil. Região Central de Minas, Leste, Vale do Aço, Vale do Rio Doce estão com incidência elevada. Já temos 600 municípios com casos e 156 com incidência alta. Além disso, temos casos de dengue tipo 3. Isso preocupa porque a maior parte da população que já teve a doença foi contaminada pelo tipo 1 e 2. A circulação do tipo 3 pode fazer com que pessoas que sejam reincidentes desenvolvam casos graves, como a dengue hemorrágica”, pontuou.

De acordo com o boletim da pasta, há casos do sorotipo DENV-1 na região de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano neste início de ano. Os tipos DENV-2 e DENV-3 ainda não foram registrados. Há ainda casos em que o sorotipo não foi detectado.

Unidades de saúde em lotação
Na última sexta-feira (26), o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, comunicou que a capacidade de atendimento atingiu níveis críticos, operando em seu limite máximo, devido ao surto de dengue e chikungunya (arboviroses causadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti).

“Sendo assim, o HMC solicita a colaboração de toda a comunidade, para que busque o atendimento de urgência e emergência no pronto-socorro do hospital apenas em casos de extrema necessidade”.

Dias antes, a administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Primavera, e do Hospital e Maternidade de Timóteo, no Timirim, também informou que estão com superlotação e atuando em sua capacidade máxima de atendimento.

Vacinação
O Ministério da Saúde informou na última quinta-feira (25) que 521 municípios foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de fevereiro. Entre estas cidades estão Timóteo (população de 81.579 pessoas) e Coronel Fabriciano (104.736) estão na lista das cidades contempladas, além de Pingo-d'Água (4.706), Antônio Dias (9.219), Marliéria (4.592) e Dionísio (6.847).

As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Porém, dos seis municípios selecionados no Vale do Aço, apenas Fabriciano tem mais de 100 mil habitantes.
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Comentários

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Carlos

31 de janeiro, 2024 | 23:41

“O escritório do IMA aqui no Iguaçu está lotado de água parada!”

Jns

31 de janeiro, 2024 | 11:17

“O Método dos Braços Cruzados

Recebi vídeo mostrando a situação caótica da borracharia localizada próxima do viaduto do Veneza.

Pneus usados por caminhões estão amontoados em imóvel localizado na avenida JK no bairro Jardim Panorama, em Ipatinga.

Além das imagens, o áudio do vídeo mostra o revoltado do autor do registrando a água acumulada em todos os pneus atirados ao relento no centro da cidade abandonada.

Está claro que as autoridades cruzaram os braços num gesto contrito de oração para resolver esta questão.

Como dizia FHC:
Assim não dá, assim não pode.”

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