29 de janeiro, de 2024 | 17:00

Uma data para valorizar artistas e fãs das histórias em quadrinho

Reprodução / www.quadrinho.com
Reprodução da edição de estreia dos HQs no BrasilReprodução da edição de estreia dos HQs no Brasil
Nesta terça-feira, 30 de janeiro, penúltimo dia do primeiro mês do ano, comemora-se o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos o Dia do Quadrinho Nacional. Também conhecidas como HQs, as histórias em quadrinhos são um modelo de comunicação e de leitura que mistura elementos textuais e visuais, por meio de desenhos, colagens e montagens, criando o sequenciamento das cenas para contar determinadas situações do cotidiano ou ficções. Entre os artistas praticantes e os colecionadores e fãs, especialmente, é uma forma de valorização das artes gráficas, do humor e da cultura do país.

A escolha da data para celebrar as HQs nacionais está no fato de ter sido em 30 de janeiro de 1869 a publicação da primeira história de quadrinho brasileira, de autoria do cartunista Angelo Agostini: “As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte”, publicado no jornal “Vida Fluminense”, no Rio de Janeiro.

Premiação nacional
A partir de 1984, por iniciativa da Associação dos Quadrinhistas e Cartunistas do Estado de São Paulo (AQC), na data de 30 de janeiro passou a ser comemorado o Dia do Quadrinho Nacional. Desde então, anualmente, exceto no período da pandemia de covid-19, a entidade organiza o Prêmio Angelo Agostini, que tem o propósito de prestigiar os talentosos profissionais brasileiros que atuam na produção de histórias em quadrinhos.

Arquivo pessoal Bira Dantas
Traços marcantes de Bira Dantas nas lutas sociaisTraços marcantes de Bira Dantas nas lutas sociais
Entre esses artistas talentosos de atuação intensa no meio, está Bira Dantas, que atualmente reside em Vitória (ES). Bira é quadrinhista desde 1979, cartunista sindical desde 1982 e membro da AQC desde 1985. “Nos anos 2000 voltei a encontrar o pessoal na premiação que acontecia perto do dia 30 de janeiro. A premiação foi mantida basicamente por Worney, Luigi Rocco, Prof. Cagnin, Salles e mais uns poucos apoiadores. Em 2005 comecei a ajudar a organizar o troféu que teve o prêmio especial Hermes Tadeu (colorista assassinado no ano anterior”, detalha.

A partir de 2006, a AQC passou a receber votos por e-mail e, posteriormente, criou a premiação Web Quadrinho, que foi considerado “um avanço para um prêmio que era só para gente que publicasse em papel”, menciona Bira Dantas. “Com o apoio do jornalista Gonçalo Jr, o Troféu AA foi pro Memorial da América Latina, em 2013, se tornou mais expressivo, inclusivo e importante do que nunca. Hoje continuo fazendo parte da AQC e vou continuar a apoiar a nossa luta é em defesa do quadrinho nacional, para que seja uma luta que priorize a categoria de quadrinhistas e caricaturistas, operários do traço, da qual faço parte desde 1979”, completa o artista, que participou da exposição “Ziraldo Cara a Cara”, ocorrida no ano passado, dentro do 14º Salão do Livro. Também, nesta terça-feira (30), haverá live de celebração pelo Dia do Quadrinho Nacional, a partir das 19h, no canal da entidade AQC no YouTube: https://youtube.com/@aqc1958.

Popularização
Além disso, a data de 30 de janeiro homenageia um gênero literário que é em boa parte responsável por apresentar e incentivar as crianças ao mundo da literatura. No Brasil, as histórias em quadrinhos surgiram em meados do século XIX, mas apenas se popularizou com o lançamento de clássicos como “A Turma da Mônica”, “O Menino Maluquinho”, “A Turma do Pererê” e o “Tico-Tico”, que é considerada a primeira revista em quadrinhos lançada no Brasil, em 11 de outubro de 1905.

Reprodução-Arquivo pessoal Jorge Inácio
Tirinha do personagem Zé Chapinha, por Jorge InácioTirinha do personagem Zé Chapinha, por Jorge Inácio
O caricaturista Jorge Inácio, que morou em Ipatinga até a década passada e continua desenhando no Espírito Santo, mesmo sendo especialista em caricaturas, também já se aventurou e conquistou fãs com as suas “tirinhas de HQ” publicadas em jornais institucionais de empresas da região, no início dos anos 2000, a exemplo do personagem “Zé Chapinha”. “Muitas pessoas ficavam alegres com essas historinhas e me diziam isso”, revela Jorginho, que arremata o ponto final da história com um riso. “Sem os quadrinhos, o mundo fica quadrado”.
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