27 de janeiro, de 2024 | 12:00

Opinião: A evolução de investimentos do setor de educação científica no país

Ana Calçado *

O atual cenário da educação científica no Brasil é dinâmico e passa por transformações significativas, como a integração entre academia e empresas, expansão de programas de bolsas e financiamento, envolvimento de entidades sem fins lucrativos, aumento de startups educacionais, entre outros fatores que fomentam esse aumento na busca por inovação a partir da ciência.

No que diz respeito ao investimento em educação científica, infelizmente, se comparado a outros países, o valor investido pelo Brasil é bem baixo, o que torna a infraestrutura para desenvolvimento científico um grande desafio. Porém, apesar disso, acredito que estamos seguindo uma evolução, dado que o Governo Federal anunciou em 2023 um investimento de R$ 45 bilhões para educação, ciência e tecnologia, sendo R$ 10,2 bilhões destinados à pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico.

Além do investimento público, o apoio e incentivo à educação científica vêm de outras formas, como por meio de empresas privadas, desde a concessão de bolsas de pesquisa até investimentos em infraestrutura. Podemos observar também o crescimento de startups de base científica e tecnológica, e os aportes voltados a elas, pois entende-se que elas têm um papel muito importante na transformação de descobertas científicas em soluções para a população.

Organizações sem fins lucrativos também têm participação importante no desenvolvimento científico do país. Muitas delas oferecem suporte financeiro e estratégico para iniciativas da área, por meio de bolsas, programas de capacitação e outras formas de contribuição. Um de nossos papéis é, além de viabilizar a inovação de base científica e mobilizar esse ecossistema, conectar as deep techs de impacto a investidores, estimulando o desenvolvimento científico e tecnológico.

“Vale a pena ficarmos de olho no que
as deep techs têm a nos oferecer em 2024”


Ao meu ver, acredito que o caminho a ser percorrido em termos de investimento em educação científica no Brasil é muito longo, porém rico de oportunidades. O crescente apoio de diferentes setores para um bem maior tem refletido o reconhecimento da importância da ciência e inovação para o crescimento do país e sinalizam um compromisso com o desenvolvimento, inovação e o fortalecimento da comunidade científica.

Vale a pena ficarmos de olho no que as deep techs têm a nos oferecer em 2024. O cenário é promissor e estamos ansiosos para acompanhar a evolução desse segmento em constante evolução.

* CEO e presidente da Wylinka, organização sem fins lucrativos que transforma o conhecimento científico em soluções e negócios que melhoram o dia a dia das pessoas e fomentam o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Brasil

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Comentários

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Javé do Outro Lado do Mundo

27 de janeiro, 2024 | 19:33

“Bom texto, o caminho correto seria criar fundos de tecnologia através de financiamento do governo federal a grupos pequenos de empresas iniciantes, tendo como apoio o capital do BNDES, daí seguiria o mesmo caminho que fez Israel, que hoje é uma grande potência na área tecnológica. Rs.”

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