24 de janeiro, de 2024 | 18:18
Evento com presença de Romeu Zema marca retomada do alto-forno 3 da Usiminas
Matheus Valadares - Repórter Diário do AçoNo início da tarde desta quarta-feira (24), o presidente da Usiminas, Marcelo Chara, concedeu entrevista coletiva de imprensa na planta de Ipatinga para informar sobre o processo de retomada do alto-forno 3.
O CEO da empresa reforçou que, com a reforma, o equipamento aumentará a capacidade de produção de ferro gusa para aproximadamente 3,6 milhões de toneladas/ano, e garantiu que a Usiminas tem o que há de mais tecnológico no mercado aplicado no alto-forno 3.
Temos tecnologias, sistemas de autoaprendizagem, temos algumas partes robotizadas, incorporamos a tecnologia de Inglaterra 4.0. Toda essa incorporação ajuda a melhorar a eficiência energética, ajuda, sensivelmente, no processo de descarbonização, na emissão de CO2”, afirmou.
Outras reformas
O alto-forno 3 recebeu um investimento em torno de R$ 2,7 bilhões. Inaugurado em 1975, essa é a quarta reforma que o equipamento recebeu. A primeira foi em 1981, a segunda em 1987, e a penúltima em 1999, garantindo 23 anos de campanha na produção do ferro-gusa.
Com a reforma concluída agora, o alto-forno está preparado para operar por mais 20 anos, quando deverá haver outra revitalização.
Operação
Apesar da capacidade de uma alta produção, isso não significa, pelo menos no atual momento, que o equipamento irá atingir sua capacidade máxima. O motivo seria a alta importação do aço chinês subsidiado pelo governo asiático.
As condições do mercado são muito ruins. As importações do aço chinês estão gerando uma concorrência desleal, com preços subsidiados que estão gerando um impacto enorme na indústria. Abafamos o alto-forno 1 e no alto-forno 3 regularemos a produção na medida que possamos continuar a fornecer no nosso mercado”, informou Chara.
Não podemos operar com os três fornos a plena carga, com o nível superior que estamos operando, porque esse aço não pode ser colocado no mercado, é impossível”.
Trabalho
Marcelo Chara afirmou ainda que, com o abafamento do alto-forno 1, no mês de dezembro, houve cerca de 100 demissões na planta de Ipatinga, e o cenário, caso o governo federal não retorne com a taxação do aço chinês a 25%, gera preocupação ao executivo. Não vamos criar postos de trabalho, e digo mais, estou preocupado com a possibilidade que possamos perder outros postos de trabalho. Com essa concorrência, você não consegue”, respondeu categoricamente.
Sustentabilidade
No funcionamento, o alto-forno 3 irá produzir energia que será distribuída pela planta de Ipatinga, permitindo poupar combustíveis e a emissão de CO2.
Em primeiro lugar, é importante o aumento da eficiência energética. O forno incorporou tecnologia que permite operar com variáveis operacionais muito mais estáveis, que dá uma autonomia importante, tem ferramentas que iremos desenvolver nos próximos meses, e com isso tenho um desempenho mais sustentável. Não tem as oscilações que geram impactos sonoros e visuais”, concluiu o presidente da Usiminas.
Autoridades presentes
Na solenidade de reinauguração do equipamento, estiveram presentes o deputado federal, Hercílio Diniz (MDB), o deputado estadual Celinho do Sintrocel (PCdoB), dentre outros parlamentares, os prefeitos de Ipatinga e Santana do Paraíso, Gustavo Nunes e Bruno Morato (Avante), respectivamente; o governador Romeu Zema (Novo) e outros representantes do poder Legislativo e Judiciário mineiro, além de executivos ligado à indústria do aço.
O governador salientou a importância da Usiminas para o estado, enfatizou que Minas Gerais é líder na produção de aço e afirmou que se sensibiliza com os problemas repassados pelo Chara. Durante sua fala, ele ainda destacou que não se pode criminalizar quem produz empregos”, e que os empresários e empresas que sonegam impostos e poluem o meio ambiente são minorias.
"O presidente me passou os problemas que tem enfrentado no Brasil e aquilo que estiver ao nosso alcance nós estaremos fazendo, porque o setor produtivo é a solução do Brasil e não o problema. O setor público é que precisa mudar, é que precisa se aperfeiçoar. E aqui em Minas nós estamos mostrando o que é possível", afirmou Zema durante coletiva.
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Oliveira
26 de janeiro, 2024 | 06:57Fora Zema!”
Rodrigo
25 de janeiro, 2024 | 20:17Esse empresário travestido de governador, Roel Zema,esperou quase dois mandatos (azar de quem votou nele), para aparecer diante das câmeras , para o religamento do alto forno da Usiminas.
Se ele abandonasse os incentivos que ele( governador, empresário) concede a algumas empresas, principalmente a de aluguel de veículos, talvez ele estivesse inaugurando mais obras,pois o nosso estado está carente e endividado até o pescoço.”
João
25 de janeiro, 2024 | 09:53Melhor que a matéria do jornal, são os comentários dos nobres economistas que pelo conteúdo são formados no exterior.”
Bioma Rocha
25 de janeiro, 2024 | 08:43O BNDS está aí com um aporte substancial para a indústria brasileira, com certeza o aço USIMINAS ajudará à retomada da indústria brasileira. Veremos em breve! Parabéns à USIMINAS pela retomada de produção do AF3.”
Patrícia
25 de janeiro, 2024 | 07:38Excelente matéria. Um investimento de tal magnitude deixa qualquer brasileiro orgulhoso de ter um empreendimento preparado para produzir em pleno vapor com tecnologia e menor emissão de carbono. Ha muito a gestao publica vem "patinando" e não tem avançado no que lhe é de direito para melhorar esse cenário do Aço Chinês . Certamente não é simples e nem fácil costurar todos os interesses, inclusive internacionais. Mas se queremos sobreviver e ter produtividade com desenvolvimento socioeconômico, a solução não pode demorar tanto mais.
É sempre bom ter o governador do estado visitando nossa região. Somos uma região próspera e representativa e precisamos de um olhar atento para nossas necessidades tbm.”
Márcio
25 de janeiro, 2024 | 07:03Existe um erro a ser corrigido aí na matéria, primeiro que nunca houve uma taxação do aço chinês em 25%, ou seja, não se pode falar em "retomar" se não tinha essa alíquota.
E depois, é necessário informar para os leitores que o governo anterior é que havia zerado as alíquotas de importação do aço chinês, em maio de 2022, e que o governo atual encerrou essa redução das alíquotas em setembro do ano passado.
E por último, existe sempre essa ameaça de desemprego, ninguém aguenta mais isso, pois sabemos que não estão verdadeiramente preocupados e que sempre há segundas intenções nesse discurso, é só saber interpretar.”
Magno
25 de janeiro, 2024 | 06:33Falta de visão da gestão executiva da Usiminas, se tem problemas com a politica de mercado de aço do governo federal, tem que convidar o ministros do governo federal, e não um incompetente governador, para inauguração, e aproximar de Brasília...”
Magno
25 de janeiro, 2024 | 06:32Falta de visão da gestão executiva da Usiminas, se tem problemas com a politica de mercado de aço do governo federal, tem que convidar o ministros do governo federal, e não um incompetente governador, para inauguração, e aproximar de Brasília...”
Tião Marreta
24 de janeiro, 2024 | 21:35Não faz sentido produzir e consolidar sem ter mercado interno.”
Javé do Outro Lado do Mundo
24 de janeiro, 2024 | 21:21Bom texto, a política do governo federal deveria ser voltada somente no sentido de valorizar unicamente as empresas nacionais. Empresários só pensam em aumentar a produção. Rs.”
Stop
24 de janeiro, 2024 | 18:30Sem obras vem inaugurar obra de empresa privada kkkkk”