
23 de janeiro, de 2024 | 07:00
Lei que fortalece atenção psicossocial nas escolas pode ajudar comunidade regional
Integração e união das áreas de educação e saúde com ações de promoção, prevenção e atenção psicossocial no âmbito escolar, além da manutenção do bem-estar social de todos os integrantes da comunidade que compõem as escolas. Essa é a estratégia aplicada na Lei nº 14.819/2024, que institui a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares.
Após a sanção da lei que ocorreu na semana passada , estudantes, pais ou responsáveis, professores e demais profissionais que atuam nas escolas da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) poderão ser beneficiados com um maior número de atividades de atenção psicossocial. A execução dessa política será articulada com o Programa Saúde na Escola (PSE).
A psicopedagoga que atua na Escola Estadual Professora Ana Letro Staacks, no bairro Quitandinha, em Timóteo, Marcela Araújo, afirma que essa implementação é crucial no contexto que estamos vivendo. A desestrutura familiar, o isolamento social e o uso excessivo de telas têm impactado muito na vida das crianças e adolescentes. Com isso, temas como depressão, ansiedade, distúrbios de sono, dificuldade de concentração, bullying, cyberbullying e baixo desempenho vem sendo constante em nosso meio educacional”, disse.
Marcela também salienta que os profissionais que atuam nas escolas precisam estar atentos às necessidades emocionais e sociais dos alunos. Essa atenção ocorre por meio de observação, conversas e ferramentas de avaliação. Por isso, faz-se necessário integrar práticas psicossociais ao currículo escolar, seja por meio de aulas específicas, projetos extracurriculares ou atividades que promovam habilidades socioemocionais”, ressalta.
A psicopedagoga ainda salienta que a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais conta com o Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), composto por assistentes sociais e psicólogos, o que já ajuda a deixar o ambiente educacional mais saudável.
Geralmente, recebemos em nossa escola o psicólogo e a assistente social duas vezes por mês. Os alunos, pais e até mesmo professores e funcionários pedem para ter o atendimento, que não é contínuo, mas é individualizado com orientações precisas que auxiliam as famílias e os estudantes. A atenção psicossocial não se limita à intervenção em crises, mas também engloba a prevenção de problemas de saúde mental”, conclui.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]