
03 de janeiro, de 2024 | 08:24
Customização de BMW pode ter provocado a morte de quatro jovens
Divulgação
Perícia apura se falha na saída de gases do motor, depois de alteração mecânica, permitiu vazamento de CO2 para o interior do veículo

A Polícia Científica de Santa Catarina investiga indícios de que uma alteração no sistema de escapamento de um BMW foi a causa do vazamento de monóxido de carbono para o interior do veículo, fato que levou à morte quatro jovens mineiros em Balneário Camboriú, Santa Catarina, no dia primeiro de janeiro.
Os corpos das quatro vítimas, sem sinais de violência, foram encontrados dentro de um BMW 320I M ano 2022, com placas de Paracatu-MG, no estacionamento da rodoviária de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina. Depois da comemoração do Reveillon, eles foram à rodoviária buscar a namorada de um deles. Quando ela chegou, encontrou os quatro reclamando de mal-estar. Eles então decidiram permanecer no carro.
Thiago de Lima Ribeiro (21 anos), Karla Aparecida dos Santos (19 anos), Gustavo Pereira Silveira Elias (24 anos) e o adolescente Nicolas Kovaleski (16 anos) foram encontrados em parada cardiorrespiratória, quando a equipe do Samu chegou.
Reprodução
Gustavo, Thiago, Nicolas e Karla foram encontrados mortos em um BMW 320i em Balneário Camboriú (SC)

A quinta pessoa era a namorada dos jovens que chegou de viagem que entrou no carro, que estava fechado e com o ar condicionado ligado. Ela sobreviveu porque quando viu os demais piorar o estado de saúde, saiu e pediu socorro. Os jovens eram da cidade de Paracatu, em Minas Gerais, mas atualmente moravam em Florianópolis. Tinham ido a Camboriú passar a virada do ano.
Conforme a Polícia Civil, até o momento, a principal suspeita é que as mortes tenham sido causadas por intoxicação de monóxido de carbono, gás altamente tóxico gerado pela combustão do motor e expelido pelo escapamento dos veículos automotivos.
Os policiais já identificaram uma trinca em um duto que estaria permitindo o vazamento do gás na área do motor e esse gás foi parar no interior do veículo. A família confirmou que o carro tinha passado, recentemente, por uma customização mecânica para fazer mais barulho.
O delegado da Polícia Civil, Bruno Effori, estava de plantão no dia da ocorrência e informou, em entrevistas à imprensa, que os jovens começaram a sentir enjoo e mal-estar, e decidiram permanecer dentro do veículo, com o ar-condicionado ligado, sem saber de um possível vazamento do monóxido de carbono. O relato foi feito pela sobrevivente.
O gás é incolor e inodoro, mas altamente letal se inalado em grande quantidade ou por longos períodos em locais fechados. O órgão da perícia oficial do estado ainda informou que os exames periciais no carro e a análise do exame dos corpos deverão ser concluídos e apresentados nos próximos dias.
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Illuminati .:.
03 de janeiro, 2024 | 11:57As pessoas querem visibilidade a qualquer preço. Rebaixam os carros até raspar no asfalto, alteram o sistema de escapamento pra perturbar os ouvidos dos outros e chamar a atenção pra si, empinam motos pelas ruas, disputam rachas pelas avenidas...Mais cedo ou tarde dá ruim...e pra ser sincero, não sinto nem pena de quem vive pra perturbar os outros e no fim se ferra...”
Jns
03 de janeiro, 2024 | 11:21a morte
não vem num estrondo,
mas no último suspiro”
Marcelo Costa G
03 de janeiro, 2024 | 08:42Respeito a dor da família desses jovens. Que tenham o bom descanso. Entretanto, não posso me omitir. Ontem, vindo de BH, estava à minha frente um caminhão de pequeno porte, da Mercedes Benz, tinha sido "customizado" e estava com a carroceria baú levantada uns 2 metros, que nem gato quando passa a mão nas costas. Nas curvas eu via a hora em que ele tombava. Como uma coisa dessas pode ser autorizada e ser legal? Um engenheiro da Mercedes Benz (ou da BMW) deve ter passado a vida toda dentro de uma universidade para ter capacidade e desenvolver um projeto. E ainda assim o que ele projeta é submetido a testes exaustivos. Aí vem um "mecânico de esquina" e atende aos playboys, levantando o carro, alterando o escapamento para fazer mais barulho, etc. O resultado não poderia ser outro: tragédia anunciada.”