CADERNO IPATINGA 2024

27 de dezembro, de 2023 | 08:00

Macrorregião do Vale do Aço soma mais de 20 mil casos confirmados de dengue em 2023

Divulgação Fiocruz
O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, ataca principalmente durante o dia O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, ataca principalmente durante o dia

Ao longo deste ano, a macrorregião do Vale do Aço, composta por 35 municípios, registrou mais de 20 mil casos confirmados de dengue. Os dados são do Painel de Monitoramento de Casos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados em 2023.

Os dados do Painel de Monitoramento apontam que na macrorregião do Vale do Aço foram registrados, desde o início do ano até o momento, 23.069 casos confirmados de dengue e três óbitos. Já na Região Metropolitana do Vale do Aço (Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso) foram 19.238 casos confirmados de dengue e dois óbitos neste ano.

Conforme o Painel de Monitoramento, em 2023, Ipatinga somou 11.092 casos confirmados de dengue e um óbito. Em Coronel Fabriciano foram 1.409 casos confirmados e nenhum óbito. Em Timóteo teve 4.625 casos confirmados e nenhum óbito. Em Santana do Paraíso foram 2.112 casos confirmados e um óbito.

Maior número de casos
O Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados em 2023, de acordo com a OMS. Os casos são mais da metade dos 5 milhões registrados mundialmente. A organização chamou atenção, na sexta-feira (22), para a doença que tem se espalhado para países onde historicamente a doença não circulava.

Entre as razões para o aumento está a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria. O fenômeno El Niño de 2023 também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas.

Em todo o mundo, a OMS relatou mais de 5 milhões de infecções por dengue e 5 mil mortes pela doença. A maior parte, 80% desses casos, o equivalente a 4,1 milhões, foram notificados nas Américas, seguidas pelo Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. Nas Américas, o Brasil concentra o maior número de casos, seguido por Peru e México. Os dados são referentes ao período de 1º de janeiro e 11 de dezembro.

Brasil
Do total de casos constatados no Brasil, 1.474, ou 0,05% do total, são casos de dengue grave, também chamada de dengue hemorrágica. O país é o segundo na região com o maior número de casos mais graves, atrás apenas da Colômbia, com 1.504 casos.

Transmissão autóctone
Países anteriormente livres de dengue, como França, Itália e Espanha, reportaram casos de infecções originadas no país – a chamada transmissão autóctone – e não no estrangeiro. O mosquito Aedes aegypti é amplamente distribuído na Europa, onde é mais conhecido como mosquito tigre.

Sintomas
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas. Medidas de proteção contra picadas também podem ajudar especialmente nas áreas de transmissão. O Aedes aegypti ataca principalmente durante o dia.

Vacina
No dia 21, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.

Conhecida como Qdenga, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento, mas será focada em público e regiões prioritárias. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).

Ministério da Saúde
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que está alerta e monitora constantemente o cenário da dengue no Brasil. Para apoiar estados e municípios nas ações de controle da dengue, a pasta repassou R$ 256 milhões para todo o país para reforçar o enfretamento da doença.

A pasta informa que instalou uma Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente para o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e zika para preparar o Brasil em uma eventual alta de casos nos próximos meses. Com a medida, será possível direcionar melhor as ações de vigilância.
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Comentários

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Welisson

28 de dezembro, 2023 | 10:06

“Eu tenho certeza que o número é bem maior. Na minha rua foram 28 casos.
Nem todos vão a postos de saúde e outros como eu e minha família fomos a hospital particular. Somos 5 pessoas aqui em casa e todos tivemos Dengue e Chikungunya simultaneamente.
É dolorido, os sintomas e sequelas da Chikungunya duram meses. Já se vão 60 dias que tive a doença e ainda sinto as dores nas articulações.”

Jota

27 de dezembro, 2023 | 10:09

“Seria interessante se fosse possível divulgar em redes sociais e até em jornais, o endereço de imóveis com focos do mosquito Aedes Aegypti. Tenho certeza de que haveria um cuidado de excelência em relação a esse assunto.
Pessoas "porcas" ficariam com medo de terem suas residências anunciadas como criadores do mosquito.”

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