12 de dezembro, de 2023 | 06:00
Bola parada
Fernando Rocha
A bola para, mas os bastidores esquentam com notícias verdadeiras, outras falsas, plantadas por empresários no intuito de valorizar seus “pés de obras” visando às possíveis futuras transações.
O que predomina, no geral, são as especulações sobre quem fica, os que vão, deixando ou não saudades para trás, outros chegam cheio de expectativas, sem distinção do tamanho dos clubes.
Ah! Enfim, as férias. Mas, depois de uma overdose de jogos, devido ao nosso calendário maluco, confesso que já sinto saudades de assistir os nossos times em campo.
Nesse período são escolhidas, também, as seleções do ano, que não teve a festa oficial da CBF, uma vez que o seu presidente foi cassado pela Justiça carioca.
Prevaleceu a seleção do “Troféu Bola de Prata”, uma antiga promoção da extinta revista “Placar”, assumida pela ESPN/Brasil, onde apenas Hulk apareceu na lista entre os atletas de times mineiros.
Único reparo que faço aos nomes escolhidos é sobre a ausência de Paulinho, que, por conta de ter sido o artilheiro do Campeonato Brasileiro, recebeu um troféu de consolação.
Outro golpe
Na história política recente do Brasil, tivemos vários golpes amparados por argumentos jurídicos, portanto, este que cassou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, é mais um deles.
O ato teria sido deflagrado com a interferência nos bastidores de dois “zumbis” do nosso futebol, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, afastados sob a acusação de corrupção na entidade.
Não importa se Ednaldo Rodrigues foi vampirizado pelos abjetos presidentes de Federações, devido ao seu estilo centralizador, ou se sua queda se deu por incompetência mesmo.
Fato é que arranjaram um bom argumento jurídico para isso: o Tribunal de Justiça alega que o Ministério Público não tinha competência para ajuizar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), acordado em 2022, que resultou na sua eleição.
FIM DE PAPO
Mas, agora, como fica a CBF? Ednaldo já está em campanha para voltar ao cargo, recorrendo da decisão decisão ou vencendo as novas eleições previstas para o próximo mês. Na outra ponta, surge o nome de outro candidato Castellar Neto, ex-presidente da Federação Mineira, que, a se confirmar, teria o apoio dos dois “zumbis”, Teixeira e Del Nero, pondo fim ao racha entre os dois que resultou na eleição do baiano Ednaldo. E segue o baile, no ritmo da música mais famosa do saudoso sambista, Bezerra da Silva.
Faço coro aos que não acreditam em punição alguma da Fifa ao futebol brasileiro, a ponto de excluí-la da próxima Copa do Mundo, pois cachorro que late não morde. Mas, numa eventual queda definitiva do baiano Ednaldo Rodrigues, como ficaria a situação da escolha do treinador definitivo da seleção visando à Copa do Mundo/2026? Carlo Ancelotti seria mesmo o treinador ou o novo mandatário escolheria outro, afinado também com o que pensam os dois “zumbis”?
A primeira atração da temporada de 2024 será o Campeonato Mineiro, cujo início está previsto para quarta-feira, 24 de janeiro, com a final disputada em 6 de abril. A fórmula de disputa modificada e piorada do ano passado foi mantida. A novidade é o Itabirito, atual campeão da segunda divisão, que pela primeira vez figura na elite do estadual. O Ipatinga já treina para a disputa e fala em chegar à semifinal, sem sofrer ameaça de rebaixamento como foi neste ano. Há uma boa expectativa do Tigre na próxima temporada, pois vai voltar a disputar uma competição nacional, a Série D do Campeonato Brasileiro, algo que não acontece desde 2014.
A coluna também entra em recesso, pois este cronista também merece um período “far niente” para recarregar as baterias. Quero agradecer a vocês, leitores, por nos prestigiar em mais um ano aqui no “Diário do Aço”. Meu abraço fraterno de agradecimento aos diretores, Waldecy Castro e Valter Oliveira, pela confiança e pelo incentivo ao nosso trabalho. Aos colegas da redação, meu salve, desejando a todos um feliz Natal e ano-novo de muita luz, saúde e paz. Estarei de volta, se Deus quiser, dias antes do início do Campeonato Mineiro, em 21 de janeiro de 2024. (Fecha o pano!)
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