
27 de novembro, de 2023 | 16:33
Jacaré do papo amarelo resgatado em ambiente urbano será devolvido à natureza
Igor Reis/Divulgação
O jacaré, espécie típica da América do Sul, enfrenta ameaças como a destruição de seu habitat e a caça ilegal

Um jacaré do papo amarelo (Caiman latirostris) foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, no fim de semana, em ambiente urbano, mais especificamente dentro de uma manilha, em Coronel Fabriciano. O réptil, cientificamente conhecido por sua coloração amarelada na região ventral, foi acolhido, está sendo tratado e em breve devolvido à vida livre em uma ação coordenada pelos técnicos do Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus), informou a assessoria de imprensa da associação.
A presença do jacaré em ambiente urbano pode ser atribuída à dependência desses répteis de fontes externas de calor para a regulação da temperatura corpórea, conforme conta Lélio Costa e Silva, médico veterinário e coordenador técnico do Cebus. Durante esta época do ano, eles se tornam mais ativos, e as alterações bruscas do clima, queimadas, incêndios e temporais podem fazê-los buscar ambientes mais seguros", contou.
Agora, o jacaré passará por exames clínicos e sexagem antes de ser encaminhado para a soltura. "Nosso compromisso é acolher, tratar e devolver os animais à natureza, contribuindo para a manutenção do equilíbrio ambiental", enfatiza Lélio sobre o papel do Cebus.
A soltura do jacaré será realizada em uma área definida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), garantindo que seja um local longe da população urbana. Essa medida visa assegurar a segurança do animal e o respeito ao seu habitat natural.
Caiman latirostris
O jacaré do papo amarelo, espécie típica da América do Sul, enfrenta ameaças como a destruição de seu habitat e a caça ilegal, sendo classificado como vulnerável. Com um focinho largo e curto, o réptil é semiaquático, alimentando-se principalmente de peixes, crustáceos e pequenos vertebrados, com uma longevidade média de cerca de 50 anos.
Durante a primavera-verão, o jacaré entra em seu período reprodutivo, caracterizado pela construção de ninhos feitos de material orgânico, como folhas, gravetos e terra. As fêmeas depositam, em média, de 20 a 35 ovos nesses ninhos, desempenhando um papel vital na preservação da espécie.
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