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18 de novembro, de 2023 | 07:20

PIB de Minas Gerais cresceu 5,7% em 2021, aponta Observatório

Os números confirmam a importância da Indústria para a economia mineira, a principal responsável pelo crescimento do estado

Divulgação
Impulsionado pela Indústria, estado registrou o 11º maior crescimento do país, à frente de São de Paulo e do Rio de JaneiroImpulsionado pela Indústria, estado registrou o 11º maior crescimento do país, à frente de São de Paulo e do Rio de Janeiro


O Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Minas Gerais cresceu 5,7% em 2021, alcançando R$ 857,6 bilhões. A participação do estado no PIB nacional também aumentou, passando de 9%, em 2020, para 9,5%, em 2021. De acordo com o Observatório das Metropolizações Vale do Aço, do IFMG Ipatinga, a evolução do PIB mineiro foi puxada pela Indústria, que registrou expansão de 9,1% entre os dois anos de referência. Considerado o principal termômetro da economia, o PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa unidade geográfica. Os resultados são do Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021, divulgados nesta sexta-feira (17) pelo IBGE.

Com um crescimento de 5,6%, o setor de Serviços foi o segundo principal motor da economia mineira. A agropecuária, por outro lado, registrou retração de 8,6% no volume da produção registrada entre os anos de 2020 e 2021. Para o Observatório das Metropolizações, os números confirmam a importância da Indústria para a economia mineira, a principal responsável pelo crescimento do estado.

“Em 2002, a economia de Minas Gerais registrava participação de 8,3% no PIB nacional, valor que subiu para 9,5% em 2021. O estado mantém a posição de terceira economia do país, somente atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro. Entre 2002 e 2021, a economia mineira acumulou um crescimento de 41,7%, o que corresponde a uma taxa de 1,9% ao ano. O que explicam esses números? A força da Indústria do estado”, apontou o coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório, o geógrafo William Passos, que tem especialização doutoral em estatística pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), do IBGE.

Ainda conforme o profissional, “o Sistema de Contas Regionais do IBGE, que coordena o cálculo do PIB, apontou a Indústria como o principal motor da economia do estado, seguido pelo setor de Serviços. A agropecuária também desempenha um papel importante, mas registrou forte retração na passagem de 2020 para 2021. Caso não houvesse essa retração, o crescimento da economia mineira seria ainda maior”.

O estudioso ainda destacou que “os anos 2020 e 2021 foram exatamente aqueles impactados pela pandemia da covid-19. Portanto, trata-se de números de um período de exceção, de fortíssimo choque internacional, que provocou a paralisação temporária ou, pelo menos, uma desaceleração brusca, de vários e importantes setores econômicos, cuja atividade contribui para o cálculo do PIB”, explicou William.

PIB dos municípios ainda não foi divulgado
Com previsão para publicação no dia 15 de dezembro, o Observatório das Metropolizações Vale do Aço lembra que o PIB de 2021 dos municípios brasileiros ainda não foi divulgado pelo IBGE. Somente quando houver esta divulgação, que costuma ser separada da divulgação nacional e das unidades federativas, será possível avaliar o crescimento econômico dos municípios e das regiões de Minas Gerais. Entretanto, também lembra o Observatório, o crescimento da maioria dos municípios costuma ter grande aproximação com o crescimento de seus respectivos estados, que acaba servindo de parâmetro de referência de comparação.

Por isso, a divulgação desta sexta-feira (17) concentrou-se apenas no PIB nacional e das 27 unidades federativas do país. No Brasil, o crescimento do PIB entre os anos de 2020 e de 2021, quando o país ainda sentia os efeitos da pandemia, mas já havia atravessado sua pior fase, foi de 4,8%, atingindo, em volume, o total de cerca de R$ 9 trilhões.

Do conjunto dos 26 estados mais o Distrito Federal, 14 unidades da federação apresentaram variações médias do PIB superiores à do Brasil. Rio Grande do Sul, com 9,3%, foi o estado que registrou o maior crescimento. “Entretanto, 13 unidades federativas registraram variações abaixo da média nacional, tendo o menor resultado sido contabilizado pelo estado de Mato Grosso, que no período analisado apresentou crescimento de apenas 0,2% de sua atividade econômica”, concluiu o Observatório.
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