17 de novembro, de 2023 | 07:00

Onda de calor: veja os cuidados necessários com animais de estimação

Arquivo pessoal
Vanessa de Sousa Cruz, médica veterinária, revela os riscos que os pets correm e os cuidados que os tutores devem terVanessa de Sousa Cruz, médica veterinária, revela os riscos que os pets correm e os cuidados que os tutores devem ter

A onda de calor que atinge o Vale do Aço, Minas Gerais e outras regiões do Brasil oferece riscos à saúde humana, mas não somente. Os animais também podem sofrer impactos. Durante essa semana, a temperatura em Ipatinga chegou a superar os 40º C, e a sensação térmica, devido à baixa umidade, fica ainda maior.

A médica veterinária, professora do Unileste, doutora em cirurgia, patologia animal e clínica médica, Vanessa de Sousa Cruz, explicou que os animis de estimação têm características que dificultam o controle térmico do corpo.

“Os animais de estimação correm diversos riscos durante a fase de calor extremo, principalmente com relação aos fatores que podem desencadear processos de desidratação. Outra questão importante é o fato de possuírem um número menor de glândulas sudoríparas, dificultando o controle da temperatura corporal e propiciando casos de hipertermia”, afirmou.

A especialista ainda disse que a “incidência do câncer de pele também pode aumentar nesse período”. A temperatura do asfalto e calçada também podem influenciar, podendo promover queimaduras nas “almofadas da região das patas”.

O clima quente também é propício para que pulgas, carrapatos, mosquitos e outros insetos proliferem com mais facilidade no calor. Diante disso, Vanessa salienta que é importante estabelecer o controle, por meio da utilização de dispositivos repelentes contra ectoparasitas e higienização frequente do ambiente onde o animal vive.

Para ajudar os animais domésticos a sentirem menos o efeito dessa onda de calor, a médica veterinária pontua alguns cuidados essenciais. 

“Os tutores precisam ter alguns cuidados importantes, como manter os animais em lugar que possua conforto térmico, na sombra e com circulação de ar; fornecer água limpa, trocar a água diversas vezes durante o dia, manter a água e alimentos na sombra; usar alimentos úmidos; estimular o aumento do consumo de líquidos; evitar passeios e atividades físicas nos horários mais quentes; fornecer água durante os passeios; não deixar os animais fechados em ambientes pequenos, como carros e caixas de transporte; e usar protetor solar durante a exposição ao sol”, explica.

Outro fato que os tutores devem estar atentos é a idade e questões relativas à saúde dos pets. De acordo com a especialista, animais idosos, obesos e com qualquer alteração de saúde precisam de cuidados maiores.

“Ao observar qualquer alteração, como respiração muito ofegante, cansaço, fraqueza, salivação excessiva, vômito, diarreia e falta de apetite, procurar atendimento veterinário o mais rápido possível”, orienta Vanessa.
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