14 de novembro, de 2023 | 06:00
Perdeu o rumo
Fernando Rocha
Fica mais do que provado que o tão propalado profissionalismo e seriedade, por parte da SAF do Cruzeiro comandada por Ronaldo Fenômeno, não passa de conversa mole pra boi dormir”.Estão fazendo tudo igualzinho ao que se via antes, quando o clube era comandado por torcedores amadores, que enfiaram os pés pelas mãos e deixaram o clube em situação de falência.
A lista de erros cometidos pela atual diretoria da SAF/Cruzeiro é extensa, sendo o último ato a demissão do treinador Zé Ricardo, que não deveria nem ter sido contratado, após 10 jogos à frente do time com rendimento pífio de 3 vitórias, 2 empates e 5 derrotas.
Fala-se no nome de Vanderlei Luxemburgo para substituí-lo, mas este logo no início da SAF foi demitido, dando a entender que seria ultrapassado e não servia para o projeto do Cruzeiro.
Numa demonstração de total incoerência, agora a SAF vai atrás do Luxa para tentar salvar o clube de outro rebaixamento, ou seja, o que era atraso, retrocesso, passou a ser tábua de salvação para uma diretoria totalmente perdida, atônita, que não sabe o que fazer diante da grave crise.
Não vacilou
O Atlético não fez uma grande partida, mas o dever de casa e venceu o Goiás, 2 x 1, na Arena MRV, com cerca de 30 mil torcedores presentes.
Desta vez, os jogadores não vacilaram contra um time na parte de baixo da tabela, competiram com vontade, disposição, disputando a bola em cada palmo do gramado, do princípio ao fim, do jeito que sua torcida gosta e como deveria ser sempre contra qualquer adversário.
Para não passar sem drama, aos 9 minutos do 2º tempo, Zaracho devolveu uma bola na fogueira para Igor Rabelo, que se atrapalhou e foi expulso ao cometer falta no atacante goiano. Paulinho saiu para a entrada de Jemerson e tome pressão do Goiás até o fim.
Arana ainda aproveitou um vacilo da zaga goiana, fez 2 x 0. No finzinho da partida o Goiás diminuiu e foi, desesperadamente, em busca do empate, mas sem alcançar sucesso.
A vitória foi muito importante para o Atlético, pois garantiu a 5ª posição com 57 pontos, à frente do Flamengo nos critérios técnicos, agora com tranquilidade e tempo para se preparar visando ao próximo jogo contra o Grêmio, 3º colocado, 59 pontos, na Arena MRV, no próximo dia 26.
FIM DE PAPO
O técnico Felipão nunca foi de tratar a imprensa com educação nas entrevistas, principalmente, quando questionado sobre táticas e detalhes de substituições no jogo. Mas agora tem exagerado e se irritado com muito mais frequência, até porque a imprensa, aqui dos nossos grotões, sempre foi bem cordial com os treinadores dos nossos principais clubes. Uma boa dose de maracugina todos os dias faria bem a ele, que completou 75 anos na semana passada.
A invasão do gramado na Vila Capanema, pelas torcidas, durante o jogo entre Coritiba e Cruzeiro, só demonstra o quanto é desorganizado o nosso futebol e o tamanho do grau de impunidade que reina por parte da Justiça. A quase tragédia foi anunciada na véspera do jogo, quando, em nota oficial publicada em suas redes sociais, a maior torcida organizada do Cruzeiro ameaçou retaliar jogadores e seus familiares caso o time não vencesse a partida. No entanto, nenhuma providência ou nada foi feito pela direção do Cruzeiro, que deveria ter acionado a polícia e tomado medidas preventivas.
Outro aspecto é a falta de organização do futebol brasileiro, que admite a realização de partidas oficiais das mais importantes competições em estádios como a Vila Capanema, em Curitiba, que não dispõe de infraestrutura suficiente para evitar a ocorrência de invasões e atos vandalismo, como se viu no último sábado. A impunidade, também, impera na arcaica Justiça Desportiva, que aplica e depois relaxa as penas, fazendo com que clubes e jogadores saiam impunes.
Na rodada do último fim de semana, outro acontecimento registrado no jogo Gremio 0 x 1 Corinthians, na capital gaúcha, dá uma ideia da balbúrdia instalada no futebol brasileiro e o nível dos nossos dirigentes. Pouco depois da expulsão de um jogador do Corinthians, o diretor Alessandro Nunes, acompanhado de seguranças, de forma abrupta e violenta, tentou invadir uma sala na Arena do Grêmio, onde na sua cabeça estariam os integrantes do VAR. Não obteve êxito pela pronta intervenção de funcionários do Grêmio e pagou um enorme mico, pois na sala só estavam os técnicos com os equipamentos. Desde o início do Campeonato Brasileiro, alegando motivos econômicos, a CBF passou a concentrar os integrantes do VAR em uma sala na sede da entidade no Rio de Janeiro. (Fecha o pano!)
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