04 de novembro, de 2023 | 14:00
Proteger a Democracia: O Urgente Chamado para Regulamentar a IA no Uso Eleitoral
Marcelo Senise *
É com grande entusiasmo que escrevo este artigo para destacar um marco significativo na área da Comunicação Política e Institucional (Compol) em Minas Gerais. Este evento, que se tornou referência na discussão sobre estratégias de marketing político e comunicação institucional, ganha uma nova dimensão ao ser sediado em terras mineiras. Isso só foi possível graças ao incansável trabalho de uma grande equipe liderada por profissionais exemplares, Fred Perillo e Marcello Natale, cujo comprometimento e dedicação merecem nosso mais profundo reconhecimento, por promover a troca de conhecimento e experiências entre profissionais do campo político e da comunicação institucional.No entanto, aproveitando a importância deste evento, quero chamar a atenção de meus colegas e especialmente de nossos parlamentares para uma questão crucial que está em pauta no cenário político atual: a regulamentação da inteligência artificial (IA), inserindo-se nessa discussão, o seu uso no processo eleitoral.
A IA já desempenha um papel significativo nas campanhas
eleitorais, nas estratégias de marketing político
e na interação com os eleitores”
A IA já desempenha um papel significativo nas campanhas eleitorais, nas estratégias de marketing político e na interação com os eleitores. No entanto, posso afirmar que a ausência de regulamentação nesse campo representa um risco real para a integridade de nossa democracia.
A IA oferece inúmeras possibilidades e vantagens, como a personalização de mensagens, análise de dados em grande escala e automação de tarefas complexas. No entanto, sem uma estrutura regulatória adequada, ela também pode ser explorada de maneira antiética e prejudicar a equidade das eleições. A proliferação de notícias falsas, a manipulação de informações e o direcionamento de campanhas de desinformação são preocupações sérias que precisam ser enfrentadas de maneira eficaz.
É hora de nossos legisladores se debruçarem sobre esse tema com a urgência que ele merece. A regulamentação da IA no contexto eleitoral não deve ser vista como uma restrição à liberdade de expressão ou à inovação, mas como um mecanismo de proteção de nossas instituições democráticas. A transparência e a ética no uso da IA são essenciais para garantir eleições justas e livres de influências prejudiciais.
Portanto, conclamo nossos parlamentares a considerar seriamente a necessidade de regulamentar a IA no uso eleitoral. A ausência de regulamentação ameaça comprometer os frágeis alicerces de nossa democracia e minar a confiança do eleitorado nas instituições políticas. O COMPOL em Minas Gerais nos oferece uma oportunidade única para iniciar essa discussão de forma séria e responsável, buscando soluções que protejam nossa democracia e garantam a integridade de nossas eleições.
Posso afirmar que a ausência de regulamentação nesse
campo representa um risco real para a integridade
de nossa democracia.
A urgência da regulamentação da inteligência artificial no contexto eleitoral é uma responsabilidade que não pode ser ignorada por nenhuma força viva da nossa sociedade. O futuro de nossa democracia está em jogo, e é nosso dever agir com determinação e sabedoria. A proteção da integridade das eleições e o fortalecimento da confiança dos cidadãos em nossas instituições políticas dependem de ações imediatas e responsáveis.
Unamo-nos em prol dessa causa, pois somente através da cooperação entre todos os setores da sociedade poderemos garantir um futuro eleitoral justo, ético e verdadeiramente democrático. O Compol em Minas Gerais nos oferece o ponto de partida, e cabe a nós seguir em frente com coragem e determinação. O tempo para agir é agora.
* Sócio Fundador da Comunica 360º, Sociólogo e Marketeiro, atua a 34 anos na área política e eleitoral, especialista em comportamento humano, em informação e contrainformação, precursor do sistema de analise em sistemas emergentes, Big Data e Inteligência Artificial
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
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Gildázio Garcia Vitor
04 de novembro, 2023 | 16:30Continuo acreditando que o principal problema não é a IA, mas a BH (Burrice Humana). Basta analisar os golpes quase que diários aplicados em nosso Vale do Aço.”
Tião Aranha
04 de novembro, 2023 | 16:13A IA vai estar sempre presa a grupo seleto de pessoas, cf Musk, mesmo porque a alta tecnologia tem um alto custo de manutenção. A Polícia federal tem todos os instrumentos pra poder fiscalizar. O negócio é criar leis adequadas que atendam as reivindicações da classe trabalhadora. O trabalho da Justiça eleitoral tb deveria ter mais eficácia e autonomia no que tange a fiscalização, pois o excesso de partidos políticos só atrapalha. Bem faz a China que só tem um partido político. E lá é discutido tudo, até a troca de embaixador. Risos.”