02 de novembro, de 2023 | 11:25

Finados reúne religiosos, familiares e voluntários em Coronel Fabriciano

Silvia Miranda - Repórter Diário do Aço
O cemitério Senhor do Bonfim, no bairro Giovannini em Coronel Fabriciano, reuniu centenas de populares que foram prestar uma homenagem a familiares falecidos nesta quinta-feira (2). A primeira missa celebrada a partir das 8h estava lotada, e para aqueles que chegaram por último, foi difícil arranjar um bom lugar para assistir à celebração.

A família do frentista Sávio Batista de Abreu se reúne todos os anos no dia de Finados, para participar da missa no cemitério municipal. A sogro faleceu há menos de dois anos e a sogra há dez anos. É o próprio Sávio que vai ao cemitério toda semana, para cuidar pessoalmente da manutenção do túmulo dos sogros. “É um ensinamento que nós aprendemos com os antigos de vir ao cemitério neste dia, para recordar e homenagear aqueles que já partiram. E a missa é um momento pra refletirmos sobre a morte”.

Sávio Batista conta que no jazigo da família também está enterrada a avó de sua esposa, que faleceu no mesmo dia, apenas dez minutos após a morte da sogra de Sávio, por não suportar a emoção de perder a filha.

Jovens distribuem livros
E para levar uma mensagem de esperança às famílias presentes no cemitério neste feriado de Finados, o grupo de adolescentes “Desbravadores”, liderado por membros da Igreja Adventista Central de Coronel Fabriciano, distribuía centenas de exemplares de livros religiosos. A coordenadora do grupo, Daniela Aprelino Teixeira Bahia, explica sobre o trabalho: “Hoje nós estamos aqui com 400 livros de ‘O Grande Conflito’, para ser entregue gratuitamente e assim trazer um pouco de esperança para as pessoas. Para que elas saibam que na volta de Jesus os mortos ressuscitarão, então queremos compartilhar essa mensagem”.

Venda de coroas
A aposentada Irandir Moreira da Silva, 81 anos, há várias décadas comercializa coroas de flores artificias no dia 2 de novembro, sempre no mesmo lugar, próximo à entrada do Cemitério Senhor do Bonfim. Ela conta que por 12 anos fabricou coroas para funerárias do Vale do Aço e o ofício virou uma tradição deste feriado. “É um prazer que as pessoas têm em visitar os túmulos, o local onde é fim da vida, e levar essa homenagem aos entes queridos, como se fosse um aniversário, o aniversário dos mortos. E eu também tenho esse prazer em poder contribuir com essa homenagem”, destaca.