22 de outubro, de 2023 | 06:00
Igreja Católica completa 100 anos de presença formal no Vale do Aço
Acervo Museu Municipal José Avelino Barbosa
Igreja Matriz de São Sebastião foi instalada em 15 de agosto de 1948, antes do término de sua construção
Silvia Miranda - Repórter Diário do Aço 
O ano de 2023 marca o centenário de importantes movimentos para o desenvolvimento de Coronel Fabriciano e consequentemente da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA). Neste mês de outubro é celebrado 100 anos de presença formal da Igreja Católica na região, com trabalhos iniciados no município fabricianense.
Consta nos registros da Paróquia São Sebastião que o primeiro religioso a atuar regularmente em Fabriciano foi o padre Francisco Dias Fonseca, o padre Chico. Como vigário de Jaguaraçu, visitou os povoados do Calado (atual região do Centro de Fabriciano) e Santo Antônio de Piracicaba (atual Melo Viana) mensalmente a partir de 1923.
Segundo o historiador Amir José de Melo, estima-se que nessa época a população do atual território do município somava em torno de mil habitantes. Apesar da população local professar o catolicismo, até então a igreja não atuava formalmente no lugar. Assim, o religioso passou a oferecer completo atendimento aos moradores com: celebração de missas, batizados, casamentos, unção de enfermos e confissões”, explica.
Ainda conforme Amir, o religioso também foi responsável pela construção da primeira igreja, inaugurada em 1929. O templo ficava onde atualmente funciona o Salão Paroquial Dom Lelis Lara, atual centro comercial do município.
Consta nos registros da paróquia São Sebastião que o comerciante Rotildino Avelino encomendou do Rio de Janeiro uma imagem do mártir, mais tarde entronada no altar-mor, dando origem às primeiras comemorações em homenagem ao orago.
E teria sido o próprio Rotildino Avelino quem influenciou o padre Francisco Dias a escolher São Sebastião como padroeiro. Na época, as atividades e celebrações estavam subordinadas à Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, sediada em Antônio Dias.
Desabamento
Mas a singela capelinha desabou em 10 de janeiro de 1949, depois de uma forte chuva, informação confirmada pelo historiador Amir de Melo. Os registros históricos afirmam que a imagem de São Sebastião que estava no templo foi resgatada intacta pelo próprio Rotildino Avelino, o qual tinha doado em 1929, permanecendo preservada pela família desde então. Uma segunda imagem foi doada por Rotildino para a nova igreja, inaugurada em agosto de 1949, a então Igreja Matriz de São Sebastião.
Sacerdotes
O primeiro sacerdote a fixar residência no Calado foi o cônego Domingos Martins. Chegou em 1938, como capelão do Hospital da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, atual Hospital Dr. José Maria Morais. Em 1942, o cônego Domingos foi substituído pelo padre Alípio Martins Pinheiro, que manteve os mesmos serviços religiosos, celebrando na Capela do Hospital e na igrejinha de São Sebastião.
Comemorações
Neste domingo (22), será realizada uma missa festiva em alusão ao centenário da igreja no município. A celebração será às 15h30 no Santuário Diocesano Nossa Senhora da Piedade, no bairro Córrego Alto em Coronel Fabriciano.
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Tinho Mortadela
22 de outubro, 2023 | 23:55A fé tem se evaporado e morrido na vida de milhares de pessoas, pelos surtos e abusos de muitos líderes religiosos que transformaram o nome de Jesus numa marca e a igreja numa empresa da fé.”