21 de outubro, de 2023 | 15:00

Opinião: Faltam menos de 12 meses para eleição de prefeitos, vices e vereadores

Gregório José (*)

Em outubro do próximo ano será hora de 156 milhões 454 mil eleitores irem às urnas escolherem 5.472 prefeitos e vices, sabendo que alguns deles sequer chegarão a tomar posse devido a problemas enfrentados na Justiça, compra de votos, uso da máquina em benefício e tantos outros deslizes tão comuns em pleitos eleitorais. Os eleitores irão às urnas para eleger 58.208 vereadores.

De mesmo modo, alguns sequer chegarão a assumir suas vagas, uma vez que também enfrentarão as barras da Justiça, seja por improbidade, erros na prestação de contas e “mutreta” no repasse na cota feminina ou, simplesmente, por inflarem seus partidos com nomes “emprestados” para completar a lista. Outros assumirão e depois cederão as vagas para os verdadeiros detentores por direito daquelas cadeiras.

Há ainda alguns, principalmente nas capitais, que assumirão vagas de secretários nos governos municipais e deixarão os suplentes dependentes dos prefeitos para garantir maioria na hora das votações.

O verdadeiro poder político é o poder legislativo dos governos locais, mas são os menos organizados em termos de coesão e coesão. Achamos que o nosso papel na sociedade é limitado, mas somos mais importantes do que pensamos. Atuamos em sub-regiões, municípios, mas os nossos interesses políticos são muito saudáveis para o país.

Muitos vereadores entendem, acreditam e batem o pé que dependem dos prefeitos para trabalhar. Deixam de fiscalizar o Executivo, fazem vistas grossas aos desmandos e às falcatruas que acabam acontecendo e ainda defendem, de peito aberto, os mandatários em muitas cidades.

“Haja dinheiro de impostos e repasses
para sustentar este paquiderme municipal”


Já os administradores, ou gestores, como alguns gostam de ser chamados, que fazem o certinho, evitam propinas, demitem os que tentam levar vantagens pessoais, acabam fadados a um mandato apenas. Logo são substituídos pelos espertalhões, que sabem bem como “manipular” a máquina dos contratos.

O brasileiro hoje tem as redes sociais para comentar, emitir opinião e falar mal de quem quer que seja. No entanto, alguns falam, falam, falam e não dizem nada. Isso porque temem ser prejudicados por quatro anos seguintes.

Infelizmente, o medo da máquina administrativa e das perseguições acontecem e, na época em que emprego que paga bem está difícil e garantia de salário certo no final do mês é escassa, vale tudo para tentar arrumar uma “boquinha” no Poder Executivo municipal.

Então, mais do que 5.472 vagas de prefeitos está em jogo, mas dobre isso com os vices e acrescente aí os secretários, adjuntos, assessores, “aspones e chepones”. Haja dinheiro de impostos e repasses para sustentar este paquiderme municipal.


(*) Jornalista, radialista, filósofo, pós-graduado em Gestão Escolar e em Ciências Políticas, MBA em Gestão Pública.

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Comentários

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Flávio Barony

21 de outubro, 2023 | 18:15

“Vereadores, na sua maioria, tornaram-se "subsecretários de obras", pegando carona em Emendas Parlamentares oriundas do Congresso Nacional ou via Orçamento Impositivo implantado também em muitas câmaras municipais! Os representantes do povo (vereadores, deputados estaduais e federais) agora representam quem "paga mais emenda..."”

Tião Aranha

21 de outubro, 2023 | 16:37

“Bom texto, não é fácil essa vida de escritor político. O gargalo é que neste país, a Política se profissionalizou, mas não é levada a sério por ninguém. Eu só vou trabalhar na Política se me pagarem adiantado um bom dinheiro. Na minha cidade já tem cinco candidatos a prefeito, mas se ajuntar os cinco, não dá meio. Risos.”

Bim Laden

21 de outubro, 2023 | 04:36

“FABRI É CHICO 13, TIMÓTEO VINÍCIUS BIM, IPATINGA CECÍLIA.O POVO FELIZ DE NOVO.”

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