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17 de outubro, de 2023 | 17:50

Relatora pede indiciamento de Bolsonaro e mais 60 golpistas

Documento ainda será apreciado e votado pela CPMI

© Lula Marques/ Agência Brasil

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do 8 de janeiro de 2023, Eliziane Gama (PSD-MA), anunciou nesta terça-feira (17), em Brasília, os nomes dos primeiros indicados para serem indiciados pela tentativa de golpe de estado ocorrida quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes.

Entre eles, estão o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro; os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira, Marco Antonio Freire Gomes, Ridauto Lúcio Fernandes, Carlos Feitosa Rodrigues e Carlos José Penteado; o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos; o tenente-coronel Mauro Cid; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.

Crimes
A maior parte destes e de outros indicados para indiciamento, caso o relatório seja aprovado pela comissão, é acusada dos crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de Estado.

O relatório pede que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja indiciado pelos crimes de associação criminosa; tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito; tentativa de depor governo legitimamente constituído; e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos.

Fazem também da lista apresentada pela relatora a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP); o coronel Marcelo Costa Câmara e o sargento Luis Marcos dos Reis, que integravam a equipe do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

Eliziane Gama incluiu, também, o nome de diversos outros militares, policiais rodoviários federais e integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, além de diversos suspeitos de terem financiado ou influenciado a tentativa de golpe de Estado, durante os atos do 8 de janeiro.

A relatora argumentou que o nome de Bolsonaro foi citado por pessoas próximas a ele e que os golpes modernos não usam soldados, cabo ou tanques, mas ocorrem por "disseminação de mentiras e propagação de ódio", especialmente em ambiente digital, usando, inclusive, símbolos nacionais.

Golpe
"A bandeira nacional foi usada como insígnias e símbolos nacionais uniformizaram os que se diziam patriotas", disse a relatora ao afirmar que tentativas de golpe se instrumentalizam por meio da formação de "forças paramililitares que preparam, arregimentam e armam forças milicianas", de forma a fazer com que o golpe não pareça golpe. "Por isso atacaram tanto as instituições democráticas", acrescentou.

Sobre a participação de Bolsonaro na tentativa de golpe, Eliziane Gama disse que, desde o primeiro dia de governo, o ex-presidente "atentou contra as instituições democráticas", mas que, antes mesmo de ser eleito, "alimentou a violência dos brasileiros contra qualquer um que discordasse minimamente dos ideais bolsonaristas".

"Bolsonaro proferiu, ao longo da carreira, discursos no qual dizia que, pelo voto, nada se mudaria no país, e que seria necessário uma guerra civil com pelo menos 30 mil mortes no país. Além disso, questionou a urna eletrônica, dizendo que ela seria sujeita a fraude, sem apresentar qualquer embasamento fático ou concreto", complementou.

A lista dos citados inclui, ainda, George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza – todos condenados por envolvimento na tentativa de explodir um caminhão de combustíveis nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.

Entre os 61 indicados pelo relatório estão também os integrantes do chamado gabinete do ódio - Tércio Arnaud, que foi assessor especial de Bolsonaro; Fernando Nascimento Pessoa e José Matheus Sales Gomes.

Parlamentares bolsonaristas apresentaram dois relatórios paralelos, nos quais apresentam votos em separado focados em um uma suposta omissão do governo federal, no 8 de janeiro. Eles discordam do documento apresentado pela relatora no que diz respeito à acusação de golpe articulado pelo ex-presidente.

A íntegra do relatório da senadora Eliziane Gama já foi disponibilizada no site do Senado Federal.
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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

18 de outubro, 2023 | 14:06

“? Cidadão, eu já votei e continuo votando. Espero que em 2026 possa votar mais uma vez no "Luladrão", que roubou meu coração.”

Justo Ii

18 de outubro, 2023 | 13:57

“Sr. Justo I, o governo brasileiro enviou ontem um dos aviões da Presidência com ajuda humanitária, contendo medicamentos e kits para filtrarem água.
Espero que saiba que os isrelenses não necessitam de "ajuda". Nem militar! São poderosíssimos, têm inclusive armas nucleares.”

Cidadao

18 de outubro, 2023 | 11:58

“E quem nunca votou em presidiário está pertinho de ter votado!”

Vanderson e Sa

18 de outubro, 2023 | 10:44

“golpistas ? nossa imprensa parcial heim, chamar de golpe pessoas que estavam la sem armas sem apoio de qualqeur instituiçao armada, e principalmente em nenhum momento BOLSONARO nao disse absolutamente nada.”

Justo

18 de outubro, 2023 | 09:07

“Ao invés destes incompetentes trabalhar eles ficam e atrasando o país,na catástrofe de Brumadinho Israel mandou uma equipe pra ajudar os brasileiros e até agora esses bandos de inúteis não mandaram ajuda humanitária pra auxiliar o povo do oriente médio.”

Walquer

17 de outubro, 2023 | 22:33

“Engraçado que os que precisam ser presos, até hoje nada. Visto que está aí pra ajudar a caçar Bolsonaro e seus apoiadores.”

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