
12 de outubro, de 2023 | 18:00
Estado sanciona lei que veda instalação de tomadas e pontos de energia em unidades prisionais
Tiago Ciccarini/Sejusp
Departamento Penitenciário já atua para se adequar à nova legislação; obras, reformas e ajustes já são realidade nos presídios e penitenciárias do estado

Nesta quarta-feira semana, o Governo de Minas sancionou o Projeto de Lei (PL) 735/2019, de autoria do deputado estadual Bruno Engler (PSL), que proíbe a instalação de tomadas de energia elétrica nas áreas dos estabelecimentos prisionais de Minas Gerais às quais os detentos têm acesso. Estes locais incluem celas, corredores e demais áreas, que são acessados por custodiados sem a necessidade de escolta.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Grego, e o deputado Bruno Engler assinaram conjunta e simbolicamente a sanção do Projeto de Lei. O texto agora será assinado digitalmente pelo governador Romeu Zema que, em razão de agenda fora da capital, não pôde estar presente. A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou o texto final na primeira quinzena de setembro, em plenário e em segundo turno. Agora, o Departamento Penitenciário tem prazo de até 360 dias, prorrogável uma única vez por igual período, a partir da publicação da lei, para a retirada, o isolamento ou a interrupção de energia nos pontos e tomadas existentes.
A proibição das tomadas não se aplica às áreas em que os custodiados exerçam atividades de trabalho e de instrução, bem como locais internos de assistência médica, de assistência religiosa e de prestação de assistência jurídica, colônias agrícolas, industriais ou similares - para o sentenciado em regime semiaberto - além de casas de albergado e Associações de Proteção e Assistência ao Condenado (Apacs).
Para o secretário Rogério Greco, a nova lei é um passo extremamente importante para combater os delitos e a atuação de organizações que usam majoritariamente os celulares para seguir orquestrando crimes de dentro das prisões. Por mais que façamos um esforço enorme diariamente para evitar a entrada de materiais ilícitos nas nossas unidades prisionais, o criminoso utiliza inúmeras formas para burlar a segurança como a utilização de drones para entregar drogas e aparelhos. A lei é fundamental para reforçar o que já vínhamos fazendo e reduzir a atuação dos criminosos. Sem poder carregar os aparelhos, a dificuldade será cada vez maior. Vamos seguir fechando o cerco para que a criminalidade não encontre mais espaço em Minas Gerais”.
O deputado Bruno Engler, enfatizou a satisfação em ver o seu projeto sancionado. Estou feliz com a sanção por parte do governador Romeu Zema. Os criminosos fazem uso de energia para carregar celulares, comandar o crime e aplicar golpes contra o cidadão de bem. Parabenizo o governador pela sanção deste importante projeto”, disse Engler.
Unidades de Minas Gerais
O Departamento Penitenciário administra 172 unidades prisionais. As novas unidades em construção, que estão sendo acompanhadas pela Subsecretaria de Gestão Administrativa, Logística e Tecnologia, já são desenhadas com o novo formato sem pontos de tomada e de energia nas áreas de acesso de custodiados. São elas: Presídio de Frutal, Presídio de Itaúna, Presídio de Ubá e Presídio de Iturama. Muitas outras unidades já passam por obras ou já concluíram reformas em que não há mais pontos de energia em celas e corredores, como é o caso do novo pavilhão do Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) Gameleira, anexos dos presídios de Itajubá e Divinópolis e pavilhões de Carmo do Paranaíba e Jason Soares Albergaria.
Em processo de retirada dos pontos de energia estão, entre outras, as seguintes unidades: Presídio de Teófilo Otoni, Penitenciária de Teófilo Otoni, Ceresp de Betim, Ceresp de Juiz de Fora, Presídio de Vespasiano, Presídio de João Monlevade e Penitenciária José Maria Alkimin.
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Valdecir
14 de outubro, 2023 | 13:06Adréa de Jesus deve ter até chorado”
Roberto
13 de outubro, 2023 | 11:27Tem que deixar umas tomadas de isca, tipo no corredor, pátio etc, e com monitoramento de energia, assim que visse que foi usado , dá pra ter certeza que tem um celular no presídio e assim fazer as buscas e apreensão e medidas cabíveis!”
Justo
13 de outubro, 2023 | 09:27Demorou, já era pra ser proibido antes de construir o presídio”
Geraldo
13 de outubro, 2023 | 09:18Nossa !
Quer dizer que nas celas era fornecido aos presos tomadas elétricas para carregar o celular ?
É assim que querem cometer a criminalidade ?
Qual é a finalidade de ter uma tomada elétrica em uma cela ?
É um absurdo isto!
É lamentável saber que os que mais lucram com o crime são aqueles responsáveis por combate-lo .
Como estes celulares chegam até os detentos ?
Com toda certeza que é com auxílio e/ou conivência daqueles responsáveis por combater o crime e fazer cumprir a lei .Muitas vezes por advogados e agentes penitenciários ( constantemente a mídia divulga esta pratica)
É um absurdo isto .”