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10 de outubro, de 2023 | 06:00

Filme repetido

Fernando Rocha

O velho e surrado ditado popular aqui dos nossos grotões acabou se confirmando: “porco magro é que suja a água”.

O time do Atlético foi apático, nada agressivo, respeitou demais um dos piores times da competição e tomou a virada no placar, diante de quase 40 mil torcedores, na sua Arena MRV, perdendo de 2 x 1.

A soberba, a arrogância do time se acresce à incompetência do treinador Felipão que, além de escalar mal e mexer mal, não tem pronta uma estratégia diferente da sua maneira reativa de jogar.

O Galo de Felipão é sempre o mais do mesmo, além de desfigurado na sua essência de time ofensivo, não possui um esquema alternativo que o torne mais agressivo, contundente, ao se deparar com adversários inferiores tecnicamente, como é o caso do Coritiba.

É preciso, também, reconhecer os méritos do modesto time “Côxa Branca”, que, com esta segunda vitória consecutiva, passou a lanterna ao América, que também levou uma virada, 3 x 2, para o Fortaleza, na Arena Castelão, mas nada justifica o péssimo futebol e a derrota sofrida pelo Galo.

Sob pressão
A 26ª rodada do Campeonato Brasileiro ainda não acabou, mas, diante dos resultados registrados no último fim de semana, o Cruzeiro ficou sob forte pressão para o jogo de encerramento dessa fase que fará, no próximo sábado, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal.

Afinal de contas, as vitórias de Internacional e Santos nos clássicos locais contra Grêmio e Palmeiras, respectivamente, por 3 a 1 e 2 a 1, além do empate do Corinthians contra o Flamengo (1 a 1), fizeram com que o Cruzeiro caísse da 12ª para a 15ª posição, duas acima do Z-4, e a apenas três pontos de distância para o Vasco, o primeiro dentro da zona da degola (30 a 27).

Mas o Cruzeiro depende só dele para sair do sufoco e melhorar a sua situação na tabela de classificação, o que passa pela vitória sobre o Cuiabá.

Se isto acontecer, dará um salto de quatro posições, deixando o 15º para chegar ao 11º, na zona de classificação para Sul-Americana, ultrapassando Santos, Corinthians, Internacional e o próprio Cuiabá.

O primeiro critério de desempate é o número de vitórias, e o saldo de gols é o seguinte, o que beneficia o Cruzeiro por ser o único time do meio da tabela para baixo com saldo positivo de gols.

Só resta, então, uma saída, se não quiser se complicar ainda mais e colocar em risco a sua permanência na Série A este ano: vencer o Cuiabá no próximo sábado.

FIM DE PAPO

O Galo se tornou uma espécie de Robin Hood dos grandes clubes. Em 26 rodadas disputadas, o time comandado por Felipão já entregou de bandeja 13 pontos para times que estão no Z-4. Ao todo, perdeu 6 pontos em confrontos contra o Vasco da Gama, 3 para o Coritiba, 2 para Goiás e 2 para o América. Caso não tivesse tropeçado nesses adversários mais fracos e de pior campanha, o Galo estaria com 53 pontos ocupando a vice-liderança.

Fazer com que o Atlético se imponha como mandante na Arena MRV contra qualquer adversário, mas, sobretudo, os mais fracos tecnicamente, é uma das principais tarefas do técnico Felipão. Não pode continuar sendo um time de uma nota só, um só esquema, que fica esperando o adversário no seu campo, para contra-atacar e ficar torcendo que um lampejo individual de um dos seus jogadores de frente, principalmente, a dupla Hulk-Paulinho, resolva e lhe dê a vitória. A torcida do Atlético não se empolga com times senão aqueles que atacam mais do que se defendem.

O fantasma do rebaixamento voltou a assombrar os torcedores da Raposa. Pensando em vitórias como primeiro critério de desempate, a situação atual é a seguinte: o Cruzeiro tem sete e perde neste quesito para vários adversários diretos, como Santos e Internacional que têm 8 vitórias, além do Cuiabá com 9. O time celeste empata em numero de vitórias, 7, com Corinthians, Bahia e Vasco, ganhando do Goiás que tem 6 vitórias. A sequência de jogos do Cruzeiro este mês é complicada: Cuiabá fora, Flamengo em casa, Galo fora e Bahia no Mineirão.

A vitória merecida de 2 x 0 sobre o time principal do Fluminense trouxe tranquilidade novamente ao Botafogo, agora sob o comando de Lúcio Flávio, funcionário do clube que, sem a arrogância, a prepotência e a soberba do técnico anterior, o português Buno Lage, sabe como o time da estrela solitária deve jogar. Beneficiado pela derrota do vice-líder Bragantino para o Athletico-PR, o Fogão voltou a ter uma distância confortável de 9 pontos na tabela. Não há jogos fáceis no Brasileirão, mas a expectativa é que, se mantiver a mesma toada, o Botafogo conquiste o título com, no mínimo, três rodadas para o fim da disputa. (Fecha o ano!)

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