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08 de outubro, de 2023 | 13:00

Opinião: Contato visual é fundamental para a criança portadora de autismo

Erika Moura (*)

No dia a dia, o contato visual é usado como linguagem não verbal para transmitir emoções, interesse e atenção. Porém, crianças portadoras de autismo podem ter dificuldade no contato visual por diferentes razões. Algumas são hipersensíveis aos estímulos visuais, achando desconfortável olhar diretamente nos olhos. Outras têm dificuldade em processar as informações visuais e preferem direcionar sua atenção para outros estímulos.

De acordo com o estudo feito pelos pesquisadores de Yale, “Neural correlates of eye contact and social function in autism spectrum disorder”, publicado pela revista PLOS ONE , existe uma região específica do cérebro que está ligada ao contato visual reduzido em crianças e adultos com autismo. Por isso, é importante o acompanhamento de profissionais para estabelecer táticas para o bem-estar da criança autista.


“A paciência, o afeto e o
acolhimento também são essenciais”


Porém, há estratégias que podem ajudar as crianças com autismo a desenvolver o contato visual de forma gradual e confortável. Estabeleça um ambiente calmo, sem distrações excessivas que possam causar desconforto visual. Use objetos visuais atraentes: brinquedos que despertem o interesse da criança para encorajar o olhar na sua direção. Reforce positivamente, ou seja, elogie e recompense sempre que ela fizer contato visual, incentivando o comportamento desejado.

A paciência, o afeto e o acolhimento também são essenciais. Respeite o tempo da criança e não a pressione para fazer contato visual se ela se sentir desconfortável. Aumente gradualmente o tempo de contato visual conforme ela se sentir mais segura.

Portanto, é importante ressaltar que não são todos os autistas que evitam esse tipo de contato, mas sim, que essa é uma das características marcantes do diagnóstico, por isso, a importância do acompanhamento especializado sempre. E, acima de tudo, é importante promovermos a inclusão e respeitar os limites de cada criança.

(*) Psicopedagoga


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