
08 de outubro, de 2023 | 07:05
Ipatinga é o 10º município mineiro em abertura de MEs e EPPs em 2023
Alex Ferreira/Arquivo DA
Número resulta do levantamento do Observatório das Metropolizações Vale do Aço/IFMG Ipatinga, por ocasião do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa

Por ocasião do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, comemorado em 5 de outubro, o Observatório das Metropolizações Vale do Aço/IFMG Ipatinga realizou o levantamento Abertura de Microempresas e de Empresas de Pequeno Porte nos municípios de Minas Gerais”, com números extraídos da base estatística da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (JUCEMG).
O levantamento, coordenado pelo geógrafo William Passos e obtido com exclusividade pelo Diário do Aço, concluiu que Ipatinga é o 10º município mineiro em abertura de microempresas (MEs) e de Empresas de Pequeno Porte (EPPs), no ano de 2023. No total, a principal economia municipal do Vale do Aço em tamanho do Produto do Interno Bruto (PIB) formalizou a abertura de 809 novas empresas, entre 1/1/2023 e 1/10/2023.
À frente de Ipatinga, encontram-se Governador Valadares (868 novas MEs e EPPs abertas no ano de 2023), Divinópolis (895 novas MEs e EPPs), Betim (1.005 novas MEs e EPPs), Uberaba (1.291 novas MEs e EPPs), Montes Claros (1.383 novas MEs e EPPs), Juiz de Fora (1.647 novas MEs e EPPs), Contagem (2.197 novas MEs e EPPs), Uberlândia (3.588 novas MEs e EPPs) e a capital do estado, Belo Horizonte, que formalizou a abertura de 15.284 novas firmas de porte pequeno e médio.
Atividade e mão de obra
A definição jurídica e contábil de ME e de EPP é a de atividade empresarial formal com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano. Segundo as estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e do Emprego, as MEs e EPPs são responsáveis, no Brasil, por cerca de 70% dos empregos gerados com carteira assinada, embora a grande maioria destas unidades empresariais detenha até cinco funcionários.
O grande impacto das MEs e das EPPs na criação e na manutenção de vagas no mercado de trabalho formal pode ser explicado pelo maior peso do investimento das empresas de médio porte (EMPs) e das grandes empresas (GEs) na modernização de seus processos de produção, em busca da maior competitividade de seus negócios.
Um estudo do Sebrae, publicado em julho, já havia constatado que enquanto as EMPs e as GEs tendem a ser poupadoras de mão de obra no longo prazo, as MEs e as EPPs tendem a ser mais intensivas em força de trabalho, razão pela qual, nos momentos de crise, as MEs e as EPPs são exatamente as últimas a demitirem e, ao mesmo tempo, nos momentos de recuperação da economia, são também as primeiras a contratarem e a gerarem o maior volume de contratos trabalhistas formais.
Importância para o interior
Para o coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório das Metropolizações, o geógrafo William Passos, que também integra a Rede de Observatórios do Mercado de Trabalho, do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, além das maiores geradoras de empregos formais, as MEs e as EPPs são também as principais impulsionadoras do emprego endógeno nos municípios, sendo particularmente importantes para os municípios do interior do Brasil. Este motivo justifica o apoio das prefeituras, do governo estadual e do governo federal na oferta de crédito, suporte técnico e desburocratização.
Estas empresas, importante destacar, são também as principais impulsionadoras do emprego endógeno nos municípios, aqueles que empregam a mão de obra local, que reside perto do trabalho”, explicou o especialista.
Em muitos casos, são também as empresas que vendem para uma clientela localizada nas proximidades do endereço da firma, fazendo com que a renda gerada pela própria empresa circule endogenamente, muitas vezes na escala geográfica do próprio bairro. Por isso, as MEs e as EPPs são particularmente importantes para os municípios do interior. Nesse contexto, na medida do possível, é muito importante que os pequenos e médios empresários sejam apoiados pelas prefeituras, pelo governo estadual e pelo governo federal, com a oportunização de crédito com juros barato, oferta de suporte técnico de consultoria empresarial e desburocratização no processo de abertura e fechamento”, concluiu.
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