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08 de outubro, de 2023 | 06:00

Todo cuidado

Fernando Rocha

O Atlético joga às 18h30, na Arena MRV, contra o Coritiba, na condição de franco favorito por ser o seu adversário atual lanterna ou o pior time do Brasileirão.

Diz um ditado popular, muito conhecido aqui nos nossos grotões: “porco magro é o que suja a água”. Por isso, todo cuidado é pouco com o “Côxa Branca”, que venceu na última rodada o clássico local contra seu maior rival, Athletico-PR, ganhou um gás a mais para tentar escapar do rebaixamento, algo quase impossível de acontecer.

O Galo vem de três vitórias seguidas, não perde há cinco rodadas. Com isso, subiu para a 7ª posição, com 40 pontos ganhos, encostou na zona de classificação para a Libertadores/2024, que é o seu maior objetivo e o que lhe resta nesta temporada.

O time comandado por Felipão não mostra um futebol bonito de se ver, mas é sólido defensivamente e conta no ataque com a dupla Paulinho/Hulk para fazer gols e decidir os jogos a seu favor.

O que se espera hoje, na Arena MRV mais uma vez lotada, é que os jogadores alvinegros deixem o “oba-oba” do favoritismo para a torcida, joguem com garra, raça, e sejam competentes para vencer.

Pesadelo azul
O Cruzeiro entrou, nesta 26ª rodada, a apenas 4 pontos de distância do Vasco da Gama, 17º colocado e primeiro time da zona de rebaixamento.

O time celeste só joga no próximo sábado, dia 14, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal, já sabendo de todos os resultados dos adversários e, certamente, precisando vencer para se descolar da parte de baixo da tabela.

Lamentável que a esta altura da competição o fantasma do rebaixamento volte a assombrar, apesar da diretoria ter dito, desde o início desta temporada, que este seria um ano difícil, com o objetivo apenas de se manter na Série A.

O time vem de cinco derrotas nos últimos 12 jogos e faz este mês uma sequência que poderá definir o seu futuro: Cuiabá (fora), Flamengo (Mineirão), Atlético (fora) e Bahia (casa).

A realidade é que o Cruzeiro já tropeçou o que podia e a gordura acumulada no início da competição acabou. Caso não consiga reagir já e aumente essa série negativa, irá perder todo o trabalho já realizado e transformar o que seria um ano de reconstrução, depois de amargar três anos consecutivos na segunda divisão, em um grande pesadelo.

FIM DE PAPO

O torcedor cruzeirense sabe das dificuldades encontradas e dos méritos na organização das finanças do clube pela gestão Ronaldo Fenômeno. Mas, dentro de campo, o time montado pela SAF não está correspondendo e, para cumprir à risca o prometido, o desempenho precisa melhorar muito nos 39 pontos restantes a serem disputados.

A cobrança da torcida para cima do time tem tudo a ver com o medo de passar, novamente, pela humilhação de cair para a Série B. A sua parte ela tem feito, pois, mesmo agora nesta fase ruim, o número de sócios-torcedores ultrapassa os 50 mil, que pagam em dia as mensalidades. Nos jogos, os estádios estão sempre cheios, e os jogadores recebem incentivo do início ao fim. O problema é que os resultados dentro de campo são pífios e a bola parece queimar no pé de alguns jogadores, sobretudo do ataque que não faz gols.

Estou curioso para ver hoje as condições do gramado da Arena MRV. Depois de uma semana sem jogos, a expectativa é que tenha melhorado no aspecto visual, sem as manchas ocasionadas pelo pisoteio de milhares de pessoas nos dois shows musicais realizados no local. Continuo acreditando que a diretoria do Galo errou na avaliação que definiu pela grama natural na sua casa, pois, se quiser sediar shows em quantidade para faturar mais, a única solução é ter o piso artificial. Futebol e shows artísticos em gramados esportivos de alto rendimento são duas atividades que não combinam.

O único senão da arbitragem na eliminação do Palmeiras da Libertadores foi não ter dado um acréscimo maior no 2º tempo, além dos 5 minutos que, de fato, foram pouco pela quantidade de paralisações, principalmente pela catimba dos argentinos. Agora, nada tira a patetice do arrogante e prepotente técnico português Abel Ferreira que, na entrevista coletiva após o jogo, expôs toda a sua habitual falta de educação, com sua mania de querer pautar o que os jornalistas devem perguntar, além de sempre tentar depreciar a imprensa nacional ao colocar todos no mesmo pote. Errou feio na escalação inicial que não funcionou e, ainda, tentou desmerecer o trabalho e a classificação do Boca Juniors, como se o gigante argentino fosse apenas o goleiro Romero. “Cavalo não desce escada”. Ibrahim Sued. (Fecha o pano!)

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