23 de setembro, de 2023 | 15:00

Mulher perde mais de R$ 8 mil em Ipatinga com o golpe do emprego via internet

Moradora da rua Johann Mendel, no bairro Cidade Nobre, uma mulher de 59 anos informou que recebeu via WhatsApp uma mensagem enviada por uma mulher, oferecendo uma vaga de emprego. O contato orientou a vítima a entrar no canal do YouTube, na internet, fazer uma captura de tela e enviar para um determinado endereço eletrônico. Inicialmente, conforme apurado pela reportagem do Diário do Aço, a mulher foi direcionada para um grupo de trabalho no aplicativo de mensagens Telegram e convencida a pagar seguidos valores entre R$ 15 e R$ 20.

A vítima também foi cadastrada em uma conta de criptomoedas, quando foi solicitado que a mulher pagasse R$ 1.826 para “dar continuidade ao trabalho”. A transferência foi feita em nome de um indivíduo para uma conta aberta no banco Itaú. A vítima ainda foi convencida a fazer outra transferência, via Pix, no valor de R$ 5.000,18, para uma conta aberta em nome de um homem, no Banco do Brasil.

Por fim, antes de desconfiar que tinha caído em um golpe, a vítima ainda fez uma última transferência, no valor de R$ 600, para conta também no Banco do Brasil.

Quando desconfiou que tinha entrado numa trama de golpe, a mulher já tinha perdido uma quantia expressiva. O rombo passa de R$ 8 mil. Ao procurar a sua agência bancária, foi orientada a fazer o registro da ocorrência policial.

Quantas horas são em Angola?

Recentemente, golpistas tentaram aplicar o golpe do emprego e acabaram por enviar um convite para trabalhar em casa, ao número corporativo do Jornal Diário do Aço. Como sempre fazem para convencer as vítimas, os criminosos digitais usam nomes de empresas renomadas, dentre elas, Shein e Shopee.

Sem saber que tratavam com um jornalista os golpistas indicaram o passo a passo da “indicação de emprego”. A exemplo do caso relatado pela vítima de 58 anos, na notícia acima, os marginais que agem na internet orientaram o jornalista a entrar em canais de investimentos, prometendo retorno imediato de valores investidos. Foram feitos diversos cadastros em que foram pedidos dados pessoais, dentre eles, endereço residencial e número de CPF.

Qualquer informação digitada nos formulários passa, inclusive, números inexistentes de documentos e endereços fictícios são aceitos normalmente, afinal, o objetivo não é cadastro, mas sim, simular coisa séria para extorquir dinheiro dos incautos.

Na conversa com os estelionatários, o jornalista descobriu que era usado um telefone com número de telefone cujo prefixo internacional era de Angola, na África. O golpista afirmava o tempo todo que estava no Brasil. A conversa foi encerrada quando o jornalista perguntou: “Quantas horas são em Angola?”.

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