24 de setembro, de 2023 | 05:58

Onda de calor: bombeiros alertam população para risco de afogamento

Já foram registradas, desde 2022, quase 500 mortes por afogamento no estado

Stéphanie Lisboa - Repórter Diário do Aço
Com os dias mais quentes, a população procura, principalmente aos fins de semana, locais para se banhar. Lagoas, piscinas, rios e cachoeiras, podem ser algumas opções encontradas dentro do estado. Mas, para que a diversão não se torne um episódio traumatizante e, até mesmo com consequências mais graves, é preciso seguir algumas recomendações.

Atento à chegada da onda de calor, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) alerta a população mineira para o risco de afogamento e se prepara, pois sabe que pode haver um aumento no número de afogamentos no estado.

Para se ter uma dimensão da gravidade do número de casos registrados, a corporação divulgou um dado a nível estadual. Os anos de 2022 e 2023 já somam quase 500 mortes por afogamento atendidas pelo Corpo de Bombeiros de Minas.

Caso recente no Vale do Aço
No começo da semana que passou, a reportagem do Diário do Aço, noticiou a morte de Renilson Pereira da Silva, de 36 anos. O homem morreu afogado na frente da família, ao entrar no rio Doce, em Córrego Novo, no Colar Metropolitano do Vale do Aço. A vítima tinha se afogado no domingo, dia 17 de setembro, e seu corpo foi localizado e retirado da água no dia 19 de setembro. Segundo testemunhas, a vítima entrou na água para nadar, quando a poucos metros de um banco de areia começou a se afogar.

Perfil das vítimas
Em Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros utiliza dados disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG). “O CBMMG monitora os afogamentos no estado adotando medidas preventivas, utilizando como base o perfil sociodemográfico das vítimas”, informou.

O setor técnico da corporação calcula a taxa de mortes por afogamento de cada município e de cada área de atuação das unidades operacionais, que ajudam os militares a traçarem estratégias de ação. “A partir desses dados, a unidade consegue atuar preventivamente iniciando o atendimento pelo local mais crítico”.

No estado, a grande maioria das vítimas de afogamento é do sexo masculino. Quando o item analisado é a faixa etária, o destaque vai para pessoas entre 20 a 29 anos (19,61%), 30 a 39 anos (16,55%) e 40 a 49 anos (14,71%). Ainda conforme os bombeiros, 28,25% das vítimas são turistas e 59,56% são solteiras.

Dicas para evitar afogamentos

Não se pode generalizar, mas alguns registros de afogamentos, muitas vezes são provocados pela imprudência do banhista. Por isso, mesmo para aqueles que se sentem confiantes com suas habilidades de natação, é preciso adotar alguns cuidados e não se arriscar. Os bombeiros orientam:

- Observe a placa de sinalização e evite nadar em locais desconhecidos;

- Nunca salte de locais elevados para dentro da água, sobretudo em piscinas nas quais não é possível ver a profundidade real;

- Não deixe as crianças nadarem sozinhas, seja qual for o local;

- Não tente, sem o devido treinamento, salvar pessoas que estejam se afogando;

- Evite nadar se tiver feito uso de bebida alcoólica;

- Evite brincadeiras como 'caldos'.

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