21 de setembro, de 2023 | 09:13
Governo antecipa fim da redução da tarifa de importação de 12 produtos de aço
Gecex excluiu os itens da siderurgia de Resolução Gecex, de 2022, que reduziu 10% do imposto de importação; medida visa tornar o aço brasileiro mais competitivo no mercado interno
O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou, esta semana, a exclusão de 12 produtos siderúrgicos da Resolução GECEX 353, aprovada pelo comitê em 2022, que permitiu à época a redução do imposto de importação desses itens em 10%. A decisão a ser publicada no Diário Oficial da União e passará a valer a partir de 1º de outubro, quando a taxa de importação voltará a ser de 9,6% a 12,8%. A medida era reivindicada pelo setor siderúrgico, que amargou neste ano, queda de 8% no consumo de aço produzido no Brasil, conforme explica o economista consultor do Diário do Aço, Antônio Nahas Júnior.Arquivo DA
Na lista de produtos que tiveram o fim da redução da tarifa de importação estão bobinas de variados tipos de aços
Na lista de produtos que tiveram o fim da redução da tarifa de importação estão bobinas de variados tipos de açosPara o presidente interino e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, a decisão do Gecex reflete nosso compromisso de fortalecer a indústria nacional de aço. A exclusão desses 12 produtos siderúrgicos da redução da tarifa de importação vai garantir condições mais justas e competitivas para os fabricantes nacionais”.
A decisão foi tomada em resposta às preocupações da indústria nacional de aço, dado o aumento substancial das importações a preços muitas vezes objeto de práticas desleais nos últimos anos. Diversos países têm adotado políticas restritivas para barrar tais importações, o que leva na prática ao redirecionamento dessas importações para países como o Brasil.
A medida visa tornar o aço brasileiro mais competitivo no mercado interno, ajudando os fabricantes nacionais a enfrentar o surto de importações a preços desleais e, assim, manter a indústria local forte.
Na prática, o Gecex retira os 12 itens da lista, aprovada pelo comitê em 2022, que permitiu à época a diminuição do imposto de importação em 10%. Os 12 códigos de Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) do aço que voltam à Tarifa Externa Comum (TEC) são: 7208.37.00 (Bobinas Grossas); 7208.38.90 (Bobinas a Quente); 7208.39.10 (Bobinas a Quente); 7208.39.90 (Bobinas a Quente); 7209.16.00 (Bobina a Frio); 7209.17.00 (Bobina a Frio); 7210.49.10 (Chapas Galvanizadas); 7210.61.00 (Chapas Revestidas de Alumínio-Zinco); 7213.91.90 (Fios-máquina); 7222.20.00 (Barra Inox a Frio); 7304.19.00 (Tubos sem costura); e 7304.29.39 (Tubos sem costura). A resolução do Gecex aprovada no ano passado autorizava o desconto da alíquota de importação desses produtos até 31 de dezembro de 2023.
Para o secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, a decisão da Gecex deixa o aço brasileiro mais competitivo no mercado nacional. A decisão do Gecex é importante para o parque siderúrgico brasileiro, sobretudo para a manutenção de empregos gerados pelo setor no Brasil”, avaliou.
Fim do desconto da alíquota
O setor nacional do aço sentiu o impacto de recentes alterações de alíquotas do Imposto de Importação relacionadas a produtos siderúrgicos de outros países, como EUA e México. Desde 2018, os EUA elevaram as tarifas de importação sobre produtos de aço e alumínio. Já o governo mexicano aumentou, até julho de 2025, a tarifa de importação ao patamar de 25% para vários produtos, entre eles o ferro e aço.
Com isso, produtos do setor siderúrgico de países, como China, chegam ao mercado brasileiro com valores abaixo do mercado, prejudicando a compra de itens nacionais. No primeiro semestre deste ano, foram importados 1,5 milhão de toneladas desses produtos. Comparado com o primeiro semestre de 2022, o aumento dessas importações foi significativo, com variações de até 714%.
Diante desse cenário, o setor produtivo do aço pediu a elevação do imposto de importação de 18 códigos NCM. O Gecex aprovou a elevação tarifária para 12 códigos NCM com maior potencial de impacto econômico e de volume de importação, no curto prazo.
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Lista Covid
Durante a reunião do Gecex na terça-feira (19), o Ministério da Saúde levou ao Gecex o pleito para a exclusão de 221 produtos da Lista Covid. Criada no início da pandemia de COVID-19, decorrente da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), a lista estabelece a redução da alíquota de importação de 229 produtos da área da saúde. No último mês de março a Saúde anunciou a retirada sequencial de itens. São produtos que foram considerados críticos para o enfrentamento da pandemia.
O pleito do Ministério da Saúde requer a manutenção de apenas oito desses códigos NCM na lista, entre medicamentos e dispositivos médicos de importância para a saúde pública brasileira. O tema será analisado pelo Comitê de Alterações Tarifárias e, na sequência, será avaliado e deliberado na próxima reunião do Gecex, prevista para outubro. O Secretário Executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, destacou que o anúncio antecipado do pedido do MS confere publicidade ao tema e já sinaliza para o setor o que poderá vir a ser deliberado.
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Luciano
22 de setembro, 2023 | 10:44Na minha opinião se o governo estive minimamente preocupado em aumentar a competitividade da indústria nacional teria diminuído os impostos sobre os itens produzidos aqui. Mas, não é o que está acontecendo, em vez disso aumentam os impostos sobre importação. Ou seja, não haverá qualquer benefício a indústria nacional nem aos consumidores. O governo quer mesmo é que fo###-se indústria e consumidores nacionais o objetivo mais importante é aumentar a arrecadação.”
Tião Aranha
21 de setembro, 2023 | 21:39A China tb vem pra cá vender aço barato? Não precisa nem sair de lá. Compra o minério de ferro barato e ainda compete no nosso mercado com o aço. Risos.”
Tinho Mortadela
21 de setembro, 2023 | 16:29Tira casaca, bota casaca.”
Luiz Dias da Costa
21 de setembro, 2023 | 15:37lo ideal seria una subvención as los fabricantes nacionales para poder exporta sus productos nos mercados internacionales y tener mejores precios competitivos en los mercados y aumentar la producción generando mas empleo al pueblo brasileño, es min opinión.
suerte para todos.”
Edimir Rodrigues
21 de setembro, 2023 | 12:31O grande problema é que quando aumenta o imposto sobre a importação os produtores nacionais aumentam seus preços sempre. Más o ideal seria proteção total a indústria brasileira.”
Jose
21 de setembro, 2023 | 11:33Um reduziu impostos para beneficiar uma parte de empresários brasileiros, e a outra parte tomou prejuízo. O outro aumentou os impostos para beneficiar uma parte de empresários brasileiros e a outra parte tomou prejuízo.”