09 de setembro, de 2023 | 00:01

“Fábrica de Alegria” distribui brinquedos feitos por detentos

Unidades da região participam da iniciativa de ressocialização

Fotos: Sejusp/Divulgação
Todos os itens fabricados são destinados à doação e confeccionados em madeira, linhas de crochê e tecidosTodos os itens fabricados são destinados à doação e confeccionados em madeira, linhas de crochê e tecidos
Uma iniciativa da Polícia Penal de Minas Gerais tem arrancado sorrisos e enchido os corações de esperança de inúmeras crianças. Detentos do sistema prisional mineiro, inseridos no projeto “Fábrica da Alegria”, estão produzindo brinquedos a partir de madeira, linhas de crochê e tecidos. Todos os itens fabricados são destinados à doação.

Em 2022, os detentos fabricaram um total de 8.645 brinquedos e somente no primeiro semestre deste ano já foram produzidos 6.670 itens. Toda a produção acontece em sete fábricas instaladas no interior de unidades prisionais do Estado, onde 63 custodiados trabalham para fabricar sonhos e levar alegria para a criançada.

Os itens variam de carrinhos e jogos de encaixe a maquetes de pista, quebra-cabeças, amigurumis e casinhas de boneca. Além disso, são produzidos objetos lúdicos e outros brinquedos pedagógicos para distribuição em escolas, creches e brinquedotecas instaladas em Núcleos de Assistência à Família (NAF) e entidades assistenciais que atendem crianças em situação de vulnerabilidade social.

Mais de 6 mil brinquedos produzidos por detentos este ano já divertem crianças em diversas regiões de MinasMais de 6 mil brinquedos produzidos por detentos este ano já divertem crianças em diversas regiões de Minas
Segundo o diretor de Trabalho e Produção do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), Paulo Duarte, o projeto Fábrica da Alegria é uma das ações de ressocialização por meio do trabalho mais eficazes no sistema prisional. “Esse projeto, além da remição de pena e da ressocialização dos internos, conta com um viés social de transformar itens que seriam descartados em brinquedos lúdicos e pedagógicos. Dessa forma, a Polícia Penal cumpre o seu papel central de ressocializar, custodiar e fomentar o trabalho para garantir a segurança e o bem-estar da população”, afirma o diretor.

As fábricas estão localizadas na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho (Ipaba), no Presídio de Lavras, no Presídio de São Joaquim de Bicas II, no Presídio de Coronel Fabriciano, na Penitenciária Agostinho de Oliveira Junior (Unaí), na Penitenciária de Três Corações e na Penitenciária Nelson Hungria (Contagem).

Os detentos têm remição de pena com o trabalho realizadoOs detentos têm remição de pena com o trabalho realizado
“Essa ação é muito importante e gratificante para nós, presos, pois, além de fazer a alegria das crianças, temos a oportunidade de nos profissionalizar, ressocializar e trabalhar em favor da sociedade, fazendo o bem”, afirma o reeducando Denis Alves da Silva, recluso no Presídio de Lavras, no Sul de Minas. Para ele, essa iniciativa é uma oportunidade dos custodiados se reinserirem na sociedade, por meio trabalho, e ajudar a quem precisa.

Produção
Os materiais utilizados para a confecção dos brinquedos são advindos de doações de instituições parceiras e de apreensões de madeiras realizadas pelo Poder Judiciário e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que foram extraídas de forma ilegal por criminosos. Além da produção dos objetos, os custodiados são responsáveis pelas etapas de pintura, acabamento e embalagem dos itens. Pelo trabalho realizado nos objetivos do projeto, os detentos recebem remição de pena, quando a cada três dias trabalhados é reduzido um dia na sentença.
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