
07 de setembro, de 2023 | 12:15
Ipatinga concentrou neste 7 de Setembro de 2023 a 29ª edição do Grito dos Excluídos
Alex Ferreira
Concentração dos participantes do grito na entrada do bairro Ferroviários, na manhã de 7 de Setembro

O Dia 7 de Setembro em Ipatinga foi marcado, também, pelo Grito dos Excluídos, que trouxe o tema: Vida em primeiro lugar", sob o lema "Você tem fome e sede de quê?". Depois de se reunirem na entrada do bairro Ferroviários, os participantes, carregando faixas e cartazes, seguiram em caminhada pela avenida José Júlio da Costa e foram até a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no bairro Iguaçu, para uma celebração religiosa. O ato também foi realizado simultaneamente em todo o país, com destaque para a Basílica/Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.
Essa foi a 29ª edição do evento, que faz um contraponto ao dia de comemoração da independência do Brasil em relação a Portugal. Ao fazer uso da palavra, para abrir o começo da caminhada, o bispo da Diocese Itabira/Coronel Fabriciano, Marco Aurélio Gubiotti, enfatizou o sentido do grito este ano: "Nós cremos no Deus da vida e, por isso, gritamos: 'A vida em primeiro lugar', sem nenhum tipo de exceção, sem discriminação”.
Dom Marco Aurélio acrescentou que o Papa Francisco tem, repetidas vezes, falado o refrão: Todos!, Todos!, Todos!. O amor de Deus é para todos”. O respeito à vida é à vida de todos. O nosso compromisso de comunhão, de solidariedade, é com todos. Em primeiro lugar defendemos a vida daqueles que estão nos últimos lugares, para que ninguém fique de fora, pois reconhecemos o amor de Deus e a presença do amor de Deus na vida, na caminhada de todos. Sem discriminação religiosa, sem discriminação econômica, social ou sexual. Não existe possibilidade de não reconhecer em alguém um irmão nosso", afirmou.
O bispo também explicou que esse ano o grito presta um serviço à sociedade ao colocar em questão que nós somos seres pensantes, inteligentes, que temos dignidade e, por isso temos fome de pão. "E tem gente passando muita fome. Não temos fome só de pão, temos fome de muitas outras coisas. Queremos gritar em favor daqueles que têm a sua fome, seus desejos e necessidades não reconhecidos ou não respeitados, excluídos do direito à vida. Fazemos isso num dia simbólico, em que se comemora a Pátria, a independência do Brasil. Queremos mostrar que temos amor cívico. Queremos gritar que a bandeira e os demais símbolos nacionais não são propriedade de nenhum pequeno grupo, deste ou daquele lado. Nossa bandeira é o símbolo de todo o povo. A bandeira é nossa e gritar contra a exclusão é uma das formas válidas de amor cívico", enfatizou.
Alex Ferreira
Marco Aurélio Gubiotti: ''A vida em primeiro lugar, sem nenhum tipo de exceção, sem discriminação''

Origem
O Grito dos Excluídos nasceu a partir da Semana Social Brasileira de 1994 e teve sua primeira edição em 1995, cujo tema foi Vida em primeiro lugar” e se repetiu ao longo de quase três décadas. O lema de 2023: Você tem fome e sede de quê?”, mais uma vez dialoga com a temática da Campanha da Fraternidade que conclamou Dai-lhes vós mesmo de comer!”.
É realizado sempre no dia 7 de Setembro, questionando a Independência do Brasil e contrastando com os desfiles cívicos do Dia da Pátria. Dentre as perguntas feitas pelos manifestantes, nas placas carregadas por eles, estão: Afinal vivemos em um Brasil independente? Independência para quem?”, "Mãos dadas!. A pergunta é: Com quem? #naoàmunicipalização", outra placa alertava: "Educação não é mercadoria! Não à municipalização das escolas públicas mineiras!".
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Guima
08 de setembro, 2023 | 10:03A causa deste pessoal é nobre e justa . O triste é que são usados como massa de manobra.”
Trânsito
07 de setembro, 2023 | 16:11Perfeitamente possível a petição desde que minha liberdade não seja tirada, pelo menos do ASSAI HIPERMECCADO ATE O TREVO DA VONSUL IDEAL, sem retorno possível o jeito foi submeter ao meu encarceramento.”
Tinho Mortadela
07 de setembro, 2023 | 13:51Neste 7 de Setembro, precisamos lembrar de todos os que lutaram pela independência do Brasil. Queremos um país cada vez mais justo!”