29 de agosto, de 2023 | 06:00

Vitória merecida

Fernando Rocha

No geral, quem conseguiu comprar ingresso e acessar a Arena MRV voltou feliz e realizado com a inauguração da nova casa, sobretudo, porque o time do Galo correspondeu dentro de campo e derrotou o Santos, por 2 x 0.

A dupla Hulk-Paulinho voltou a se entender muito bem e teve a grata surpresa de ver Pedrinho no time titular, jogando como autêntico camisa 10, controlando o meio-campo, o que facilitou muito o bom desempenho da dupla de atacantes.

A vitória do Galo foi valorizada pela boa atuação do Santos no 1º tempo, quando criou ao menos três chances claras de gol, desperdiçadas pelo artilheiro Marcos Leonardo, muito por conta do desespero diante da necessidade de pontuar para escapar da zona de rebaixamento.

No segundo tempo, o Galo foi amplamente superior, pois Felipão corrigiu no intervalo os erros de marcação do meio-campo, com a entrada de Alan Franco no lugar de Otávio, que jogava mal e ainda tomou cartão amarelo. Bataglia foi recuado para primeiro volante onde, além da boa marcação, se diferencia pela qualidade do passe.

Os dois gols foram de Paulinho com assistências de Hulk, aos 12 minutos do 1º tempo e aos 23 minutos do segundo; Hulk ainda mandou uma bola na trave e o VAR anulou um gol marcado de Bataglia acusando impedimento maroto de Jemerson.

O Galo chega aos 30 pontos, em 8º lugar, fica 5 pontos do G-6 e distante 6 do G-4. No próximo sábado, às 16h, vai a Curitiba enfrentar o Athletico/PR, pela 22ª rodada.

Noite terrível
O Cruzeiro teve uma noite terrível em Porto Alegre, no último domingo, com uma péssima atuação e a derrota merecida de 3 x 0 para o Grêmio, com destaque para o craque uruguaio Luiz Suárez que, mesmo tendo dificuldades físicas pelas dores crônicas nos joelhos, abriu o marcador com categoria e, de letra, colocou Carballo em condições de fazer o segundo. Pepê fez o terceiro e fechou o marcador para os gaúchos.

Se, no sábado, antes do embarque do time para Porto Alegre, torcedores da maior torcida organizada celeste foram à Toca II protestar, por causa do desempenho irregular do time, agora a pressão tende aumentar.

A preocupação da torcida azul não é somente quanto às atuações ruins da equipe comandada pelo técnico Pepa, que não vence a sete partidas na maior competição nacional (quatro empates e três derrotas), mas devido à proximidade da zona de rebaixamento.

A Raposa está distante apenas 4 pontos do Santos, o primeiro do Z-4. Se não reagir nas próximas rodadas, fatalmente, irá entrar na “zona da confusão”, ressuscitando o fantasma que assombrou a torcida durante nos últimos três anos quando disputou a Série B.

FIM DE PAPO

A última vitória do Cruzeiro foi no dia 8 de julho, fora de casa, quando bateu o Vasco, por 1 a 0. Pela segunda vez, desde que se tornou SAF, o time perdeu por um placar com 3 gols de diferença. No próximo domingo, recebe o RB/Bragantino, às 18h30, no Mineirão. No primeiro turno, venceu o confronto por 3 a 0, em Bragança, mas de lá para cá o Massa Bruta melhorou com a chegada do técnico português Pedro Caixinha, e ocupa agora o 6º lugar, com 35 pontos.

Os torcedores do Galo foram compreensivos em relação aos problemas registrados na inauguração da Arena MRV, que, no geral, recebeu aprovação da maioria. Os principais problemas foram com a internet do próprio estádio, além das operadoras de telefonia. Longas filas se formaram para comprar comidas, bebidas e artigos como copos e lembranças da inauguração, sendo que em muitos bares os estoques acabaram antes do jogo começar. Sem internet, muita gente ficou também sem poder comprar alimentos e bebidas, pois os pagamentos não eram validados. Apesar de ter colocado seguranças e avisos no setor destinado aos cadeirantes, informando que a área era de circulação e, por isso, proibido a permanência em pé, ainda teve torcedores que, sentados, perdiam a visão de alguma parte do gramado próximo às linhas de fundo ou laterais. O mesmo aconteceu com torcedores posicionados na primeira fila acima da área destinada a pessoas com deficiência.

O gramado ruim em um dos lados do campo, justificado pela falta de luz solar no local, foi o que mais repercutiu negativamente. Sobre isso, volto lembrar uma conversa que tive, no fim dos anos 90, com o saudoso jornalista Fernando Sasso, então presidente da ADEMG, autarquia que administrou o Mineirão até a privatização do estádio. Sasso defendia a ideia de que qualquer defeito ou mazela no estádio seria tolerado pela imprensa, pela torcida e pelos jogadores, menos o gramado ruim.

O que deu certo na inauguração, mas acabou ofuscado pelos muitos problemas registrados, foi o controle de trânsito no entorno e o estacionamento interno, que funcionaram bem. A imagem que fica é das arquibancadas onde houve muita festa. O torcedor atleticano viu a taça e celebrou a conquista do Torneio dos Campões de 1937, reconhecido pela CBF como título do Campeonato Brasileiro. Melhor ainda festejou o time, a vitória com os gols de Paulinho e as assistências de Hulk. Uma bela celebração que vai se repetir, a partir de agora, escrevendo uma nova página na história centenária do Clube Atlético Mineiro. (Fecha o pano!)
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