24 de agosto, de 2023 | 07:50

Maioria dos inadimplentes mineiros tem entre 41 e 60 anos, revela pesquisa

Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
A maior parte das dívidas em Minas Gerais está concentrada nos bancos e cartões (29,96%)A maior parte das dívidas em Minas Gerais está concentrada nos bancos e cartões (29,96%)

O endividamento e a inadimplência continuam sendo problemas na vida dos brasileiros. Mas qual é o perfil do público que está enrolado com as dívidas? O Mapa da Inadimplência da Serasa, levantamento mensal que apresenta o cenário de endividamento no Brasil, revelou que mais de 6,6 milhões de mineiros estão inadimplentes e somam dívidas que chegam a R$ 30,9 bilhões.

Segundo a pesquisa, a maior parte das dívidas dos mineiros está concentrada em três setores: bancos e cartões (29,96%); despesas básicas (22,64%), que são contas de gás, água e luz; e financeiras (13,97%). Entre as faixas etárias, os maiores inadimplentes têm entre 41 e 60 anos (34,5%), seguidos pela população entre 26 e 40 anos (33,7%) e por pessoas com mais de 60 anos (20,2%).

Como sair da inadimplência?
De acordo com o educador financeiro Matheus Machado, o primeiro passo para sair da condição de inadimplente é compreender a própria situação financeira atual: como tem utilizado o dinheiro e quanto ganha. “É preciso entender o motivo que o fez entrar na inadimplência. A maioria das pessoas pode pensar que entrou porque não tinha dinheiro suficiente, mas na verdade é que boa parte dos brasileiros que caem na dívida, caem pela falta de organização financeira, falta de autoconhecimento”, observou.

A próxima etapa é cortar despesas. “Você vai olhar para onde vai diminuir despesa porque não existe fórmula mágica”. Além desse caminho da redução de gastos, há uma outra opção: a renda extra. “Fazer um bico aqui, um extra ali”, sugeriu. Por fim, é preciso fazer uma mudança real e permanente nas práticas diárias. “É realmente mudar os hábitos para não cair na dívida novamente”, salientou Matheus.
Álbum pessoal
Educador financeiro Matheus Machado falou sobre mudanças de hábito para sair do quadro da inadimplência Educador financeiro Matheus Machado falou sobre mudanças de hábito para sair do quadro da inadimplência

Cartão é ferramenta
É comum relacionar o cartão de crédito a um vilão. A pesquisa, inclusive, mostra que o cartão é um dos principais motivos das dívidas dos mineiros, mas o educador financeiro tem uma visão diferente sobre o “dinheiro de plástico”. Segundo Matheus Machado, o cartão não pode ser considerado o vilão.

“O cartão é só uma ferramenta, um instrumento. Comparo com uma cadeira. Você pode pegar uma cadeira, se sentar na cadeira e se for uma cadeira mais confortável até se acostar, quase deitar, mas eu posso pegar essa cadeira e quebrar na cabeça de alguém. O dinheiro é a mesma coisa e o cartão também. O cartão só é um instrumento que se bem utilizado pode dar uma boa tranquilidade para o fluxo de caixa da pessoa”, disse. De acordo com Matheus, o vilão nessa história é o mau hábito. “Vilão é o mau comportamento de quem tem. Então, na verdade, o vilão está em nós”, finalizou.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Mak Solutions Mak 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Joao Batista de Souza

24 de agosto, 2023 | 14:13

“Eu não acho que esta geração está errada não! eles tem correrem atráz para conseguir um futuro melhor e não somente para pagar as contas como pessoas da minha época. Trabalhavam e pagavam contas somente .”

Tinho Mortadela

24 de agosto, 2023 | 11:35

“Infelizmente sim. Os jovens não querem trabalhar, ser independentes e caminhar com as próprias pernas. Aí são esses cidadãos desta idade que tem que suar a camisa para tratar destes inservíveis.
Só vejo placa de oferta de emprego e nenhuma fila. Na minha época chegava a dar volta nos quarteirões as filas de emprego.
Que geração inútil e perdida esta atual.”

Envie seu Comentário